Aviso a todos, o que eu irei escrever abaixo pode vir a se tornar um filme, ou seja, tá lotado de spoilers para todos os lados, mas, sinceramente, é legal demais para se deixar passar.
Muitos aqui nunca sequer jogaram Halo em qualquer plataforma desde seu lançamento no primeiro Halo: Combat Evolved e sendo assim sequer sabem a história envolvida em todo seu universo fictício. O jogo começa com você em comando de Master Chief, o último dos guerreiros conhecidos como Spartan II.
Mas, o que muitos se perguntavam é: Quem era Master Chief e como ele havia se tornado o último Spartan II após a queda do planeta Reach? Por alguns anos essa pergunta apenas ficou na imaginação dos fãs, isso até o lançamento do livro Halo – The Fall of Reach do autor Eric Nylund.
Com base neste livro, têm-se a intenção de filmar a história dos Spartans II e as fantásticas batalhas de Halo. Como toda a história, vemos uma pequena mostra do que os Spartans II são capazes e após, entramos em um túnel do tempo, relembrando através dos olhos de diversas testemunhas a criação do programa Spartan II e o treinamento destes no planeta Reach.
O ano é 2517 e uma guerra entre humanos e a raça alienígena conhecida por Covenant está ocorrendo há alguns anos. A Dra. Halsey é a chefe do programa, visitando crianças geneticamente diferenciadas especialmente selecionadas por ela. Eles seriam os futuros Spartans II, mas agora, eram apenas crianças que foram arrancadas de seus pais durante a noite e estavam com medo, afinal, os homens e mulheres que os iriam treinar não seriam bonzinhos com eles.
Sobressaindo-se às demais, vemos um deles, John (agora denominado 117). O garoto, arrogante ao extremo, sofre nas mãos de seus treinadores todas as lições para entender que não adianta apenas a vitória individual, mas a do grupo todo. Eles passam fome, sede, são espancados e acabam criando uma cumplicidade entre eles, agora eles seriam uma família e morreriam juntos se fosse o caso.
A história prossegue mostrando o crescimento das crianças, que com menos de 14 anos de idade já eram jovens desenvolvidos, com tamanho proporcional ou maior do que de muitos adultos e eles seriam postos a prova seguidamente, cada uma das vezes, sobressaindo-se a seus treinadores e suas provas arriscadas.
Mas quando se trata de desafios, o maior ainda estaria por vir. Para proporcionar aos Spartans o diferencial, eles teriam de passar por cirurgias que aumentariam seus desempenhos físicos, mas poderiam lhes trazer sequelas para o resto da vida. Aquela batalha seria travada por cada um deles separadamente, e John 117, agora líder de esquadrão, não poderia fazer nada por seus comandados.
Seus ossos seriam reforçados, seus músculos ganhariam injeções para aumento de força, sua glândula tireóide sofreria alterações para providenciar crescimento diferenciado a eles, seus olhos ganhariam avanços e seus dendritos neurais seriam modificados para aumento dos reflexos de combate. Cada uma destas cirurgias poderia acarretar desde cegueira à morte do indivíduo.
Destas cirurgias, apenas 30 Spartans saíram ilesos. Outros 12 sofreram diversas alterações que fizeram deles inúteis ao programa e ainda haviam aqueles que pereceram no processo. John 117 olhava para os mortos vagando pelo espaço após o funeral e via que nem sempre vencer acarretaria em não perder algo e que, constantemente ele deveria fazer escolhas que trariam a vitória, mas que poderiam fazer com que ele tivesse de sacrificar um dos seus, ou até mesmo a si mesmo.
A primeira missão dos Spartans II seria invadir e encontrar uma base de rebeldes escondida em um campo de asteróides. Em uma cena digna de Metal Gear Solid, cinco Spartans invadem o local através de uma nave de carga, invadem as instalações e seqüestram o líder dos rebeldes, isso tudo causando bastante estrago em sua fuga.
Após essa missão, eles estariam prontos para a próxima fase do programa: a armadura Mjolnir Mark IV. No caminho para o planeta que elas estavam, a nave Commonwealth contendo os Spartans é seguida por outra desconhecida, uma nave dos Covenant. A Commonwealth é atacada, mas consegue retaliar e afastar os Covenant por um tempo. Tempo para os Spartans descerem ao planeta e pegarem suas armaduras Mjolnir.
De volta ao espaço, vendo que os Covenant voltaram, John 117 e os outros Spartans se lançam em uma missão suicida: Eles iriam voar contra a nave dos Covenant, e aproveitando as falhas em seus escudos de força, invadiriam esta e a explodiriam por dentro.
A vitória é obtida, mas Sam, um dos Spartans mais amigo de John 117 fica para trás e morre na explosão da nave.
Os anos vão se passando e uma série de batalhas espaciais envolvendo o Comandante Keys e sua nave, a Iroquois acontece perto do planeta Sigma Octanus IV. Uma onda de invasão Covenant chega ao sistema, mas a raça humana já havia organizado suas defesas. Uma enorme batalha espacial, digna de guerra nas estrelas acontece enquanto John 117 (agora, o Master Chief) descem ao planeta para tentar salvar a população de uma cidade que havia sido atacada.
Ao chegar no solo, eles se separam em três grupos, cada um com sua missão. A imagem abaixo não faz exatamente parte desta missão em específico, afinal, os Elites ainda iriam aparecer em outro momento do livro e não em Sigma Octanus IV.
Pode ser que o roteiro do filme venha a modificar isso, afinal, o Árbitro, um dos Elites, foi durante o dois primeiros episódios, o pior inimigo de Master Chief. Local melhor para fazer eles se encontrarem não tem. Para quem não sabe, os Elites são esses caras com lâminas prateadas nas mãos.
A batalha em Sigma Octanus IV vai bem e Master Chief encontra um grupo de Covenants mexendo em alguns artefatos e transmitindo dados a uma nave em órbita que é abatida pela Iroquois, que rouba os dados que estavam sendo transmitidos a ela.
Chief detona uma arma nuclear na cidade para matar todos os vestígios do inimigo, conforme suas ordens, e volta ao espaço. Lá, a batalha terminou com a vitória, por pouco, dos humanos.
De volta a Reach, os Spartans são equipados com a nova armadura Mjolnir Mark V, agora com escudos energéticos próprios e uma Inteligência Artificial própria, chamada Cortana. Enquanto isso, um plano é traçado para os Spartans. Eles iriam tentar sequestrar uma nave dos Covenant e a navegar até o planeta natal destes a fim de sequestrar um de seus líderes e negociar uma rendição.
A nave escolhida para fazer isso seria a Pillar of Autumn, velha, porém confiável. Só que antes de ter como pôr este plano em prática, os Covenant atacam o planeta Reach por espaço e terra. Os Spartans se separam, Chief e mais dois ficam no espaço para explodir um banco de dados de uma nave que foi avariada no combate e os demais desceriam ao planeta e o defenderiam.
Só que quase nada dá certo. Chief é o único sobrevivente de seu grupo e quando olha para as telas da Pillar of Autumn vê as naves dos Covenants vitrificando completamente a superfície do planeta, provavelmente matando todos seus companheiros de batalha. Ele agora era o último Spartan e a missão deveria prosseguir.
Fugindo de três naves dos Covenants, a Pillar of Autumn entra no hiperespaço com coordenadas dadas por Cortana, que havia decifrado os dados interceptados pela Iroquois e descoberto que eram coordenadas espaciais. Saindo do hiperespaço, eles vêem um enorme disco de metal flutando entre um planeta roxo e uma lua. A batalha entre o Pillar of Autumn e as naves inimigas faz com que a nave humana caia na estrutura gigantesca e aí começamos o primeiro Halo, com Master Chief invadindo o local enquanto luta contra os Covenants.
Eu sinceramente gostei muito deste livro, não por ser fã de Halo nem nada, mas porque ele cria toda uma atmosfera que dá vontade de ver por onde passou Master Chief e seus companheiros até os momentos fatídicos de Halo 3, em que humanos e Elites se unem por um bem maior.
O livro não é desprovido de falhas e lacunas, bem como não é original, mas a diversão que este proporciona, bem como a narrativa dinâmica, permite uma leitura fácil e ininterrupta deste, que com pouco mais de 300 página, pode ser lido em uma semana sem problema algum.
Para os fãs de Halo, é obrigatório. Para os que não são fãs, se gostarem de ficção científica, é um prato cheio, senão, vale apenas pela curiosidade mesmo.
J.R. Dib
Desconhecia muito dq foi dito.
Halo vai muito além de uma boa mira e de gráficos impecáveis.
Um filme seria uma ótima idéia ! =D
Ótima resenha !
Só pra constar “Covenant” não é uma raça, mas uma sociedade de várias raças alienígenas.
O livro já foi publicado aq no Brasil?
Só encontrei em inglês até agr.