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“Cores da Paisagem – Nápoles-Rio no olhar de artistas italianos do século XIX” lança catálogo no Paço Imperial

Celebrando o sucesso de uma temporada com mais de 60 mil visitações, a exposição “Cores da Paisagem – Nápoles e Rio no olhar de artistas italianos do século XIX”, uma iniciativa do Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro, idealizada por Livia Raponi e curada por Paolo Knauss e Fernanda Capobianco, lança seu catálogo no dia 10 de fevereiro, das 15h às 17h, no Paço Imperial. A publicação, ricamente ilustrada, revela com sensibilidade e originalidade a múltipla trama das relações históricas, artísticas e culturais entre as duas cidades, particularmente intensas, na época do Brasil Império (1822-1889), no campo das Belas Artes.

Por ocasião do lançamento, será apresentada uma “Conversa na Galeria” conduzida por Livia Raponi e Paulo Knauss. A “conversa” contará com a presença e a participação de Carlos Martins, autor de vários trabalhos sobre a iconografia da paisagem carioca e do Brasil; Maria Pace Chiavari, autora de vários trabalhos sobre artistas e fotógrafos italianos no Brasil; Maurício Vicente Ferreira, diretor do Museu Imperial e curador da exposição sobre artistas germânicos no Brasil; e Joaquim Marçal, autor de diversos trabalhos sobre história da fotografia no Brasil e curador da exposição sobre fotógrafos italianos no Brasil. O Embaixador da Itália em Brasília, Francesco Azzarello, e o Cônsul da Itália no Rio de Janeiro, Massimiliano Iacchini, estarão presentes no evento.

Sobre a exposição

A exposição reúne quadros de vários pintores italianos estabelecidos no Brasil no século XIX, entre eles: Luigi Stallone, que veio de Nápoles para ser professor de pintura da imperatriz d. Teresa Cristina,  Edoardo de Martino, também napolitano que, depois de fazer carreira no Rio de Janeiro, se tornou pintor da corte britânica da Rainha Vitória e fez sucesso com suas vistas noturnas, Nicolau Facchinetti, autor das mais celebradas vistas da Baía de Guanabara (ele teve intensa atuação como professor de pintura, com alunos como Maria Fornero, uma das poucas e destacadas mulheres pintoras do Brasil no século XIX). Os quadros provenientes de museus italianos representam as duas vertentes da pintura de paisagem napolitana, de grande repercussão naquele tempo, incluindo telas de Giacinto Gigante, um dos mestres da Escola de Posillipo, e de Marco de Gregorio, um dos nomes de destaque da Escola de Resina. Os dois grupos de pintores identificados com localidades da região napolitana são conhecidos por renovarem a pintura de paisagem no século XIX, a partir de um olhar que valoriza a experiência sensorial, explorando as variações da luz e das cores ao longo do dia e da noite, conferindo caráter subjetivo ao ambiente.

Essa renovação do olhar sobre a paisagem é contemporânea da invenção da fotografia. Assim, a exposição propõe ainda o diálogo entre a criação fotográfica de Camillo Vedani, o fotógrafo paisagista italiano que se estabeleceu no Rio de Janeiro, em 1859, e as imagens de Giorgio Sommer, que na mesma época se tornou o fotógrafo mais conhecido de Nápoles.

“A exposição traz um número significativo de pinturas e fotografias italianas nunca antes apresentadas entre nós, estabelecendo um diálogo entre a pintura de paisagem no Brasil do século XIX com a criação artística italiana da região siciliana de Nápoles da mesma época. Esse diálogo é sempre mencionado pela crítica de arte, mas poucas vezes aprofundado por falta de acesso às imagens artísticas. Por outro lado, a exposição destaca a importância do casamento de D. Pedro II com D. Teresa Cristina para a história da arte no Brasil”, afirma o curador, Paulo Knauss. 

Para a diretora do Instituto Italiano de Cultura, Livia Raponi, idealizadora do projeto e responsável pela concepção geral junto com Knauss, “a importância e o caráter inovador desta exposição residem não só no dado puramente artístico, na excelência das obras pictóricas,  mas também na riqueza dos temas e linguagens abarcados, apresentando uma trama densa de relações culturais e antropológicas entre Nápoles e Rio, entre a Itália e o Brasil, que passa pela música, parte instigante do percurso expositivo, a arqueologia e a fotografia”.     

“Cores da Paisagem” é organizada em quatro módulos que exploram as cores da representação do dia e da noite, da terra e do mar, passando pelos matizes do preto e branco da fotografia, apresentando um conjunto com cerca de 50 pinturas italianas e brasileiras, datadas de 1844 a 1899, além de fotografias daquela época. Os quadros vêm dos acervos da Certosa e Museo di San Martino e do Museo di Capodimonte, ambos em Nápoles, Casa da Marquesa de Santos e Museu Antonio Parreiras (FUNARJ), Museu de Arte do Rio/MAR, Museu da República/Ibram, Museu Nacional de Belas Artes/Ibram, Casa Geyer/Museu Imperial/Ibram, Museu da Vida/Fiocruz, Museu Naval e Fundação Biblioteca Nacional. As fotografias pertencem à Coleção Speranza, acervo particular italiano, e à Coleção Gilberto Ferrez do Instituto Moreira Salles.

A exposição é uma realização do Instituto Italiano de Cultura em colaboração com o Paço Imperial/IPHAN e conta com o apoio do Consulado Geral da Itália no Rio de Janeiro e do Grupo Generali. Sob a curadoria de Paulo Knauss e com curadoria adjunta, para arte italiana, de Fernanda Capobianco, a produção é de Artepadilla. 

Saiba mais sobre Paulo Knauss

Doutor em História, professor do departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF), membro do Comitê Brasileiro se História da Arte (CBHA) e sócio titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), ex-diretor do Museu Histórico Nacional. Como pesquisador se dedica as relações de Arte, Imagem e Cultura Visual, sendo autor de diversos trabalhos publicados, além de atuar como curador de exposições.

Saiba mais sobre Livia Raponi

Diretora do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro, é Adida Cultural junto ao Ministério das Relações Exteriores da Itália.  É Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo (USP). É autora, junto com Joaquim M. Andrade, do livro “Italianos detrás da câmera. Trajetórias e olhares marcantes no florescer da fotografia no Brasil” (Ed. Unesp, 2022).  Possui ampla experiência de curadoria de exposições de arte e eventos interculturais, desenvolvida no âmbito do seu trabalho de promoção da língua e da cultura italiana.

Saiba mais sobre Fernanda Capobianco

Trabalhou por muitos anos como historiadora no Ministério da Cultura italiano, tendo sido curadora de várias exposições em Nápoles e no exterior e diretora do setor de Exportações de Nápoles, do Museo Diego Aragona Pignatelli Cortes e do Parco e Tomba di Virgilio. Publicou vários estudos sobre as coleções dos museus de Nápoles, a história da escultura napolitana e sobre a criaçao do pintor Giacinto Gigante. Foi curadora de várias exposições em Nápoles e no exterior sobre artistas napolitanos do século XIX, dentre os quais os escultores Vincenzo Gemito e Domenico Morelli.

Serviço:

“Cores da Paisagem – Nápoles-Rio no olhar de artistas italianos do século XIX” – lançamento do catálogo no dia 10 de fevereiro, sexta-feira, às 15h.
Curadoria de Paulo Knauss, com curadoria adjunta de Fernanda Capobianco
Visitação: até dia 12 de fevereiro de 2023
Entrada gratuita
Local: Paço Imperial
Endereço: Praça Quinze de Novembro, Centro – RJ
Funcionamento: de terça a domingo e feriados, das 12h às 18h
Assessoria de imprensa: BriefCom Assessoria de Comunicação
Realização: Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro e Artepadilla
Apoios institucionais: Embaixada da Itália e Consulado Geral da Itália no Rio de Janeiro

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Comentários 1
  1. Vi a exposição, achei bem ilustrativa , diálogo bem interessante entre o Rio e Nápoles , duas cidades com a força da moldura do mar . Quase que as águas se misturam . Gostaria de ter esse catálogo. Há algum local de venda ? Há pouco que fiquei sabendo do lançamento. Me interesso por Iconografia , viajantes e pinturas temáticas como essa do século XIX .

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