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Future Quest e o retorno dos heróis da Hanna Barbera

Você sabe aquele pequeno detalhe que tornou sua infância maravilhosa? Aquelas imagens coloridas de toda manhã. O som das aberturas. As conversas com os amigos sobre aquele episódio. Os personagens, seja mocinhos ou bandidos. São pequenas coisas, talvez não teria dado importância em outro contexto, mas, eventualmente trazem o saudosismo na mais simples lembrança. Jonny Quest, Space Ghost, Os Herculóides, Homem-Pássaro, entre outros, eram alguns dos desenho animados que a Hanna Barbera produziu e que marcaram muito meus “(…)anos que não trazem mais”.

Quando a DC Comics anunciou que iria trazer esses personagens em séries de quadrinhos, já comecei a aguardar cada notícia, resenha ou entrevista sobre o assunto, e ao consegui um exemplar da primeira edição de Future Quest, a primeira revista que a editora publicou, devorei em poucos minutos. Bem, pode parecer coisa de fanático, mas vamos detalhar o que a DC fez. Colocou alguns dos seus principais talentos para liderar uma nova linha de HQs baseadas nas criações do célebre estúdio de animação, todos os personagens estariam reunidos em uma série, ou seja, essa nova série traria os Herculóides, Jonny Quest, Space Ghost, Homem-Pássaro, Frankenstein Jr, Os Impossíveis, o Galaxy Trio e Mightor. Fantástico! E a dupla criativa seria Jeff Parker e Evan “Doc” Shaner.

A narrativa trata de vórtices que surgem pelo planeta. Essas aberturas desequilibram o espaço-tempo. O fenômeno é estudado pelo Dr. Benton Quest junto com seu filho Johnny e companhia, que tentam descobrir o porquê daquelas aberturas temporais-espaciais.

Future Quest # 1 tem um detalhe que, na minha opinião, pode ser considerado um erro da editora norte-americana. Uma parte dos desenhos foram feitas por Steve Rude. Nada contra o cara, muito pelo contrário (eu acho um grande cartunista que traz muito valor aos quadrinhos), mas em uma série anunciada como o retorno da dupla criativa de Jeff Parker e Evan “Doc” Shaner, ficou a desejar devido a promoção feita com a série. Pois, foi anunciado com grande alarde que ele seria o artista exclusivo da cabeça e se pesquisarmos podemos ver diferentes imagens promocionais desenhadas por Shaner. Até seu twitter foi adaptado com amostras e sketches.

futuro-quest-inside-1Tirando isso, o desenho segue o estilo cartoon, delicioso aos olhos nostálgicos. A obra bem enquadrada, com vinhetas e a cor requintada de um Jordie Bellaire. Shaner abre elegante com a capa, captando o espírito da animação clássica Hanna-Barbera. O artista se encaixa  nesse molde, particularmente quando se trata de canalizar o elegante trabalho de linha do animador Alex Toth. O ritmo do desenho é suave e constante, ao longo desta edição, o desenhista é capaz de transitar do épico de ficção científica para o esquete de James Bond como para as aventuras de Jonny Quest sem perder uma batida. 

Não lamento que Shaner não tenha feito a edição inteira. Rude intervém para grande parte do final do livro. Não é que o estilo de Rude seja diferente do de Shaner. Segue uma linha bem diferente de trabalho, mas sua arte segue vibrando o estilo de aventuras, semelhante também ao clássico da Hanna-Barbera. 

futuro-quest-inside-2O roteiro escrito por Jeff Parker é, sem dúvida, ágil e divertida. E apresenta um universo compartilhado com os heróis dos desenhos animados da H-B. Apesar de lembrar algumas das recentes aventuras de Flash Gordon, e, apesar da necessidade da rápida apresentação de muitos personagens, a HQ é frenética e faz um bom ponto para continuar a ter o desejo por esses personagens. Não tem previsão para chegar ao Brasil, mas vale a procura.

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