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Crítica: “Os Pinguins de Madagascar” não passa de um spin off oportunista

 

Spin offs são a bola da vez quando o estúdio quer explorar ao máximo os rendimentos de uma franquia cinematográfica. A Disney sempre foi expert no assunto, lançando derivados de suas animações para home vídeo ou TV. Agora temos dois spin offs extraídos de animações de sucesso aportando: os Minions, auxiliares do Malvado Favorito Gru, chegam em breve aos cinemas e “Os Pinguins de Madagascar” (Penguins of Madagascar, EUA/2014), estreia do último fim de semana trazendo os pinguins que roubaram a cena no primeiro longa da franquia da Dreamworks (até ganharam sua série de TV) como protagonistas.

Logo após os acontecimentos de Madagascar 3, os Pinguins Capitão, Kowalski e Rico saem do circo para comemorar o aniversário de Recruta. No entanto, este começa a se sentir sem importância para a equipe. Enquanto Capitão é o líder e estrategista, Kowalski é o cérebro, e Rico o especialista em arsenal, o caçula é continuamente referido como sendo apenas um rosto bonito, mas sem nenhuma habilidade notável. No instante da comemoração, em uma máquina de guloseimas, os pinguins são repentinamente seqüestrados e levados para uma base de submarinos em Veneza. Lá, se deparam com Grande Dave, um polvo vilão que se disfarça como um ser humano sob o pseudônimo de Dr. Octavius Brine. Dave costumava ser um astro no zoológico do Central Park, até que os pinguins chegaram e o ofuscaram. O polvo foi então enviado para outros zoológicos, mas sua fama era sempre eclipsada por algum pinguim. Amargurado, Dave agora quer vingança contra a espécie, principalmente contra os protagonistas da trama. Após serem salvos pelo esquadrão de elite “Vento do Norte” liderada pelo agente Classified, os pinguins devem unir forças com essa nova equipe para impedir os planos maléficos de Dave e nisso Recruta tenta provar sua importância para o grupo.

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O mais incômodo ao se assistir a Pingüins de Madgagascar é perceber claramente que o time de roteiristas, encabeçado por Michael Colton, John Aboud e Brandon Sawyer, juntamente com os diretores Eric Darnell (dos três Madagascar) e Simon J. Smith (Bee Movie) não se esforçou em nenhum momento para escamotear as intenções mercantilistas deste spin off. Serve mesmo como apenas um veículo para os personagens expandirem seus limites fora da TV e quem sabe inaugurar no cinema uma poderosa franquia paralela à original.

Apesar das piadas (que nem sempre funcionam), foi escolhido para a animação um tom aventuresco, inspirado em filmes e séries de espionagem. Estão lá elementos clássicos do gênero como o gênio do mal, veículos arrojados e apetrechos tecnológicos, porém, nada ou nenhuma situação que não tenhamos visto de forma muito mais divertida em Os Incríveis, por exemplo, título da fase de ouro da rival Pixar.

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Por fim, “Os Pinguins de Madagascar” é uma aventura que pode até empolgar as crianças menores, mas está longe de ser marcante e seu previsível sucesso será muito devido ao apelo comercial dos personagens e da franquia original em si. Os pingüins que funcionavam tão bem como coadjuvantes não sustentam um filme como protagonistas, e os novos personagens não chegam a esbanjar carisma. O predomínio das cópias dubladas tirou os poucos prazeres proporcionados pela animação aos mais velhos: Benedict Cumberbatch dublando o agente Classified, John Malcovich como Dave e o cineasta Werner Herzog fazendo a voz do narrador de um documentário sobre pinguins – uma paródia de “A Marcha dos Pinguins” – logo no início do filme. Algumas piadas com nomes de celebridades hollywoodianas também se perderam com a dublagem.

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