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Festival do Rio: A Invenção da Carne

Maria é uma mulher beirando os 40 anos que ganha a vida com seu corpo, seja fazendo programas ou se deixando ser objeto de estudo de estudantes de uma faculdade de medicina. Mateo é um estudante de medicina com muitos problemas afetivos que gosta de bebês e tem ataques de pânico recorrentes. O estudante vê na mulher a companheira ideal para uma longa viagem pelo interior do país, onde ele passará por várias cidades, dando assistência médica à famílias pobres de localidades afastadas. Ele a quer por perto somente pela companhia, ela é indiferente à seus desejos e objetivos, contanto que seja paga.

A premissa é interessante e daria muito pano para manga, mas fora a externalização de alguns dramas internos dos personagens, não passa muito disso. Não seria nenhum problema, fosse o filme bem realizado e tivesse objetivos minimamente concretos, mas vem de lugar algum e parte para o nada. Os bons personagens e atores se perdem numa narrativa chata e mal explorada.

É um filme para nos fazer parar com nossas vidas modernas e velozes demais, entrar na história como vouyers e observar uma complicada relação, mas não funciona bem assim. Cheio de silêncio e de ações subtendidas, o diretor argentino tentou criar um filme de sentimentos e compaixão, para que o espectador desenrole tudo em sua cabeça. Bonito no papel, arrastado e sonolento em uma sala de cinema.

Desconfio de qualquer filme que comece ao som de violinos tocando algum tema dramático”, foi o que anotei num papel em branco logo nos primeiros minutos de A Invenção da Carne, filme do argentino Santiago Loza. Infelizmente, meus temores se concretizaram e o filme não passa de uma grande masturbação artística, com alguns poucos méritos que não o salvam. Por coincidência, assisti ao filme logo após o interessantíssimo longa uruguaio Hiroshima. O filme do Uruguai tinha 9 pessoas entre o público, enquanto o argentino tinha sala cheia. Coisas de festival.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=YO8Ld8_xug0[/youtube]

  • TER (28/9) 15:10 Estação Ipanema 1 [IP122]
  • TER (28/9) 19:30 Estação Ipanema 1 [IP124]
  • QUA (29/9) 19:50 Est Barra Point 2 [BP229]
  • QUI (30/9) 16:45 Espaço de Cinema 2 [EC239]
  • QUI (30/9) 21:15 Espaço de Cinema 2 [EC241]
  • SEX (1/10) 17:40 Est Vivo Gávea 5 [GV538]
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Comentários 1
  1. achei o filme mal sucedido realmente, bem aquém do q se propõe. o filme se parece, na ausencia de diálogos, em seus silêncios, na pobreza seca da paisagem, no ritmo lento da narrativa com o Mulher sin cabeza da tbm argentina lucrecia martel, mas o dilema ético e a ambíguidade do filme da diretora tornavam seu filme bem melhor q este. aliás, o lozada parece msm se mirar em sua colega de geração. não gostei tbm da trilha sonora, forçada em sua solenidade, como se ele quisesse "humanizar" a cena pela música. e afinal, os closes carnais não foram tão bons assim, ao q pese a abertura ginecológica…

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