Os Homens Que Não Amavam As Mulheres, chegou bem perto da versão original

Os Homens Que Não Amavam As Mulheres, chegou bem perto da versão original – Ambrosia

Não tem como manter uma conta dos muitos remakes que Hollywood decide produzir. Alguns superam o original, outros, como acontece em sua maioria, passam longe. Ou pior, fogem tanto a trama que acabam se transformando em outro filme.

Em Os Homens Que Não Amavam As Mulheres (The Girl With The Dragon Tattoo no original), remake do sucesso sueco de 2009 de mesmo nome, o diretor David Fincher faz as apostas certas com um elenco de primeira e consegue quase chegar perto da versão original.
Apostando num longa de quase 3h de duração, todos os elementos importantes da trama estão ali. A perturbada e misteriosa família Vanger, o jornalista Blomkvist, Salander, os cenários lindos e gélidos de Estocolmo…Então, porque ele quase conseguiu?

Os Homens Que Não Amavam As Mulheres, chegou bem perto da versão original – Ambrosia

Numa tentativa de inovar, Fincher pecou no ritmo da trama e em estranhos cortes e mudanças rápidas de cenário. Além do mais, a principal estrela do filme, Lisbeth Salander, vivida pela novata Rooney Mara se perde na atuação em alguns momentos, chegando a ficar um tanto quanto robótica.
O fato de Salander não demonstrar emoção, não significa que ela não as tenha e é possível notar essa confusão na interpretação de Mara que acertou poucas vezes ao longo da trama. Daniel Craig fez bem o seu papel e conseguiu uma ótima entrosação entre ele e Mara e também com o veterano, Christopher Plummer.

Os Homens Que Não Amavam As Mulheres, chegou bem perto da versão original – Ambrosia

Os pontos altos são sem dúvida a trilha sonora, fotografia e as diferentes partes que Fincher decidiu acrescentar ao filme, como a filha de Blomkvist e um final diferente que fez com que a trama ganhasse identidade própria.

Baseando-se numa publicidade ferrenha, o filme chegou com status de favoritismo em Hollywood concorrendo ao Globo de Ouro e até com algumas indicações ao Oscar deste ano, incluindo de Melhor Atriz para Rooney Mara. Não se sabe ainda se Fincher estará a frente dos outros dois filmes da Trilogia Millennium, ou mesmo se haverá as devidas continuações.
Aos fãs só resta esperar que caso continue, façam na mesma grandeza que o primeiro e permaneçam fiéis a incrível trama policial criada por Stieg Larsson. Porque daqui para frente, a trama tende apenas a ficar mais e mais misteriosa e intrigante.

Como sempre, leiam os livros. Não há nada que Hollywood faça que supere o poder da sua imaginação.

[xrr rating=3.5/5]

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Comentários 7
  1. Estava ansiosa pela resenha desse filme aqui, mas pela primeira vez discordei um pouco. Sou apaixonada por Lisbeth Salander e achei a Rooney Mara impecável.
    Aliás, o filme é baseado no romance de Stieg Larsson, e não um remake do filme sueco de 2009.

    1. Remake é qualquer filme que seja feito tendo a existência de outro exatamente igual. Ou seja, um remake.
      Também acho a personagem incrível e Rooney Mara foi okay. Ainda preferi a atuação da Noomi Rapace nas versões suecas. Pelo menos, ela se adequou mais a minha imaginação de quando li os livros.

    1. Não consegui ver isso que você viu Felipe. E se reparar na resposta da própria autora do texto acima ela leu o livro sim. E eu que vi o filme, li os livros e bem, achei ruim e cheguei a ficar com sono em alguns momentos. Se a resenha fosse minha pelo visto você me odiaria…
      Por que precisa marcar de preconceituosa uma pessoa que viu o filme sueco e achou ele superior?

    2. Só completando o que o Phil escreveu, eu li sim a trilogia, aliás eu amei os livros e não odeio Hollywood, muito pelo contrário.
      Só que americanos em geral, tem essa mania de não assistir filmes europeus ou de outras origens e então fazem milhões de remakes hollywoodianos quem viram um sucesso e no final, o dito original mesmo ninguém conhece.
      Como muitos filmes de terror de origem asiática como O Grito, O Chamado, Espíritos entre outros. Ou de origem européia como Deixe-me Entrar…

      O preconceito é deles, quem não vêem filme com legenda.

      1. Só completando o que o Phil escreveu, eu li sim a trilogia, aliás eu amei os livros e não odeio Hollywood, muito pelo contrário.
        Só que americanos em geral, tem essa mania de não assistir filmes europeus ou de outras origens e então fazem milhões de remakes hollywoodianos que viram um sucesso e no final, o dito original mesmo ninguém conhece.
        Como muitos filmes de terror de origem asiática como O Grito, O Chamado, Espíritos entre outros. Ou de origem européia como Deixe-me Entrar…

        O preconceito é deles, que não vêem filme com legenda.

  2. Olá, assisti o filme americano e gostei mto, mas não li nem o livro e nem assisti o filme sueco… o que muda no final que tanto dizem?
    muda pra melhor ou fica pior?
    vlw

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