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“Plano de Fuga” não é a redenção de Mel Gibson. Apenas um bom cinema.

Há muitas variáveis a cerca da legitimidade de um grande nome da máquina Hollywoodiana, principalmente de sua durabilidade no mercado, vide a “marca” Julia Roberts, que um dia já foi sinônimo de filas no cinema e hoje agrega mais prestígio do que necessariamente lucro.

Mel Gibson pode ser um exemplar dessa variável, quando sua vida pessoal forjou um declínio artístico-profissional (cabe a discussão!), e atualmente, tudo o que faz é para reverter esse estigma. Depois dos mal sucedidos O Fim da Escuridão e The Beaver, agora vem com o enérgico Plano de Fuga, que pelo menos, demonstra que o astro ainda convence no universo que tanto o definiu.

Eis a trama: Um criminoso norte-americano (Gibson), durante uma fuga após um roubo milionário, acaba ultrapassando a fronteira para o México. Capturado por policiais corruptos, vai parar em uma bizarra prisão mexicana, que funciona com suas próprias regras e onde formou-se um tipo de cidade, controlada pelo criminoso Javi (Daniel Giménez Cacho) e seus capangas. Tentando encontrar uma maneira de escapar, o Gringo conhece um espertíssimo menino (Kevin Hernandez) que vive com sua mãe (Dolores Heredia) que por rezões pessoais, passam a ajudar o gringo. Enquanto isso, o dinheiro roubado, em posse dos policiais, vai gerando uma série de problemas que começam nos bastidores da prisão.

Dirigido pelo estreante Adrian Grumberg, argentino readicado no México, e que foi assistente de direção de Gibson no tenso Apocalypto, Plano de Fuga é um divertido e movimentado thriller, que sob a estética quente do México – foi gravado na cidade mexicana de Veracruz – vai estabelecendo seu caótico universo com viradas convincentes e personagens bem carismáticos. O próprio Gibson está muito bem dentro da observação espacial de seu personagem que vai dando alma e sentido ao filme. Vale também a brincadeira de identificar as similaridades sociais de nosso terceiro mundo, usadas como pano de fundo espetaculoso (e violento!) à trama.

Como primeiro filme de Grumberg (também co-escrito por ele e Gibson), a produção merecia uma exposição melhor, até por ser bem feita e produzida. Realmente não veio para revolucionar nada, porém sua qualidade não poderia ser mensurada pelos vacilos de seu astro. Partindo disso, ele fica melhor ainda por tentar fazer “justiça” pelo ofício do bom cinema, e não por um problema de marketing pessoal.

[xrr rating=3.5/5]
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