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Resenha: Sólido como Ferro

[Este artigo foi escrito pelo colaborador Daniel Ribas]

Homem de Ferro estreou no Brasil no dia 1 de maio e foi para o topo da bilheteria tanto nos EUA quanto aqui, Brasil. Estrelada por Robert Downey Jr., em seu primeiro papel de destaque após inúmeras confusões, o filme tem todos os ingredientes de uma superprodução: elenco lotado de estrelas, uma fonte prestigiada (neste caso, os quadrinhos), ótimos efeitos especiais e sonoros, ação e trilha feita para vender CDs, mostrando que todo o grande orçamento foi usado na tela. E é tudo de bom que se espera de um produto de entretenimento.

Assim como no primeiro Homem–Aranha, é uma história de origem e leva seu tempo para apresentar personagens e o desenvolvimento do herói até seu primeiro teste ou aventura. E, como neste filme, a mesma sensação de magia e diversão está presente. O diretor Jon Favreau e sua equipe se puseram a criar um filme que fosse igualmente interessante para os fãs quanto não – iniciados. Para os primeiros, além do respeito às características dos personagens e suas relações, há diversas citações à mitologia de origem do Homem de Ferro que não descreverei para não estragar a surpresa de ninguém. Para os que não conhecem a saga de Tony Stark, o homem por trás da armadura, há uma trama coesa e inteligentemente sutil, em que a dramaturgia e as inevitáveis explosões e lutas convivem de maneira harmoniosa e coerente. Além disso, é recheada de situações divertidas e ótimos diálogos. Favreau conseguiu a façanha de manter o equilíbrio essencial para o gênero, de não desprezar os fãs e não alienar o restante da platéia.

Há outros méritos, além do roteiro sóbrio, como o elenco. A maioria das críticas foi unânime em elogiar a performance de Downey Jr. e com razão. O ator interpreta Tony Stark como um playboy egoísta e inconseqüente, mas de bom coração e que, por isso, “constrói” sua redenção como herói. Stark é um empresário showman que, ao ver o alcance negativo de seus atos, decide lutar contra o monstro que criou, tanto como executivo como seu alter – ego dourado e vermelho. Vale notar que o humor sacana que Downey Jr. colocou em Stark, além de soar natural no ator, funciona muito bem para seduzir a platéia. Tony Stark não é um galã (apesar de seu sucesso com as mulheres), nem um tipo antipático que cria uma consciência. Ele é o amigo fanfarrão e meio fora da realidade que todo mundo gostaria de ter.

Embora com menos destaque, já o protagonista e seu intérprete dominam o filme tanto dentro quanto fora, os coadjuvantes cumprem de maneira excelente suas funções. Eles são os normais, os discretos e as vozes que tentam trazer Stark à razão e, principalmente, à maturidade. Por isso, Gwyneth Paltrow, Terrence Howard e Shaun Toub, entre outros, acertam no tom abaixo do protagonista e marcam a trama com a sobriedade necessária às exuberâncias do protagonista. Já Jeff Bridges, como o vilão, faz uma construção interessante, começando contido, como uma ameaça velada e, à medida que a trama avança, torna – se maníaco, embora sem os excessos que muitas vezes encontramos em filmes de super – heróis. De certa maneira, a interpretação de Bridges para o personagem remete a de Ian McKellen no primeiro X-Men: respeitoso, calmo, mas ameaçador, assumindo sua real natureza na apoteose final. Aliás, como nota de rodapé, Bridges está muito engraçado como Monge de Ferro, mas mantendo a convicção de força mortífera.

Os aspectos técnicos estão no tom do filme, tornando convincente o universo de Tony Stark e a proposta de apresentar uma boa diversão escapista e que não subestima a inteligência da platéia com exageros pirotécnicos. A música foi muito bem seleciona e remete tanto ao espírito do filme e do protagonista quanto ao Homem de Ferro de em si.

Para inaugurar a temporada de superproduções de aventura, Homem de Ferro honra o compromisso e deixa o público ansioso pela seqüência.

[Este artigo foi escrito pelo colaborador Daniel Ribas]

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