Resenha: Speed Racer em Mach 6

Resenha: Speed Racer em Mach 6 – Ambrosia

De todos adjetivos que busquei para descrever Speed Racer, extraordinário é o que melhor se encaixa ao filme e, para fazer começar esta resenha resolvi utilizar um dos recursos mais legais do filme – o flashback.
Assim que começaram a surgir os primeiros detalhes, como muito outros, julguei precipitadamente a visão dos irmãos Wachowski de maneira negativa, porém ao assistir o segundo trailer, fiquei com a sensação de que o filme poderia surpreender. Eis que chegara o dia da largada, Speed Racer estreava nos cinemas e fui buscar a crítica do Omelete para saber o que aguardar… fiquei arrasado com o Forlani destruindo minhas esperanças para o filme e saí esperando o pior…
Nada melhor assistir um filme esperando um defeito em cada curva, Speed Racer é tudo menos um daqueles filmes que ofende a inteligência do espectador, seja ele adulto ou criança. A narrativa é emocionante, os efeitos espetaculares e a produção acertou até mesmo naquilo que considerava seu maior defeito, as pistas fantásticas. Ao trazer a mitologia Speed Racer para o novo milênio, os irmãos Wachowski tiveram a visão de renovar completamente as corridas do desenho original – o que era entediante se tornou emocionante encaixando perfeitamente no resto do filme e tornando o a realidade fantasiosa mais atraente.
Para a maioria das pessoas que abomina os games de corrida mais recentes e não são familiares com a linguagem visual dos animês, assistir Speed Racer certamente será uma experiência incompleta, o filme abusa de referências e homenagens ao estilo oriental de narrativa sem perder o laço cartunesco do desenho original, além disso todos personagens estão lá, desde o Corredor X até Zéquinha, o macaquinho membro da família racer.
E, falando dos personagens, fiquei com a sensação que a escolha do elenco não poderia ter sido melhor, Emile Hirsch é o Speed Racer, Matthew Fox dá a seriedade necessária no Corredor X, o pai John Goodman, a mãe Susan Sarandon e mais os “irmãos” Paulie Litt e Zéquinha formaram a família Racer perfeita. Christina Ricci como sempre dispensa comentários, estão esperando o que para fazer um filme da Betty Boop com a atriz? Novamente, os Wachowski foram perfeitos na composição das cenas, na edição e visão final da integração dos atores ao mundo em que vivem.
Speed Racer é o sonho de composição de qualquer designer visual, todo filme foi rodado com fundo verde, permitindo brincar a vontade com as montagens de maneira como nunca vi no cinema, em nenhum momento a iluminação pareceu deslocada, o som desafinado ou a computação visual mal inserida. Se a mãe de Speed o chama de artista das corridas digo o mesmo de toda equipe do filme, para os apreciadores da inovação Speed Racer é mais do que uma sobremesa deliciosa.
Fica difícil dizer isto, mas Speed Racer para mim é melhor do que Homem de Ferro e sem dúvida alguma merece ser recomendado a todos com mente aberta o suficiente para enxergar além da cortina de fogo.

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