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Lado B: Twinsen’s Odyssey

lba1Nas áreas dos quadrinhos, filmes, jogos de videogame, livros, etc, sempre classificam as obras e delas comentam sobre uma época de ouro (ou ainda de prata): época onde a criatividade efervescia e borbulhava idéias brilhantes, geniais! Desde criança fui um jogador de computador dos mais viciados, daquele tipo que sempre preocupava os pais por causa de Doom e Quake, sentia vergonha por amar jogos infantis de point-and-click e possuía vários disquetes com jogos toscos. Posso afirmar com toda minha experiência (tudo bem, não é tanta assim) e paixão que os anos 90 foram a época de ouro dos games de computadores! Lembro-me perfeitamente de como era emocionante adquirir aquelas revistas com jogos completos da CD Expert, competir com os amigos em Age of Empires, frustrar-se com Commandos e mergulhar naquele mundo mágico que aqueles poucos polígonos nos ofereciam. Hoje na coluna Lado B falarei da história que marcou minha vida (sério, não sou dramático), um jogo que por sua excentricidade e criatividade trouxe inovação no mercado mundial de games: Little Big Adventure 2, mais conhecido por Twinsen’s Odyssey.

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Desenvolvido pela Adeline Software International, o jogo vendeu cerca de 600.000 cópias e conquistou várias fãs por todo o mundo por trazer uma qualidade belíssima em seus gráficos, ótima trilha sonora e vídeos extraordinários. Aqui no Brasil tornou-se “popular” graças a política da CD Experts em trazer jogos bons e por preços acessíveis! A história da série LBA gira em torno do personagem Twinsen, uma rapaz da raça quétch que é considerado um herói no planeta Twinsun. Tornou-se importante após livrar o mundo das garras do tirano Dr. Funfrock e resgatar sua noiva Zoé, porém, como já diziam “o silêncio prenuncia a tempestade”, após algum tempo de paz, literalmente uma estranha tempestade rompe na Ilha da Fortaleza, causando um terrível incidente com o dragão de Twinsen, Dino Fly. Agora você tem de arrumar medicamentos, mas não pense que ir até a farmácia adiantará alguma coisa! Com noções mínimas sobre a concepção desse universo tão rico, sobre a jogabilidade e as possibilidades de interação, nesse ponto partimos para uma “pequena grande aventura” que acaba por honrar o título: a súbita tempestade é apenas a lasca da ponta do iceberg da história, pois uma simples ida à cidade acaba nos levando a viajar por três planetas, entrar em contato com misteriosos alienígenas, enfrentar soldados-salsichas, passear por desertos, vulcões, viajar de foguete, explorar a lua, ser matriculado em uma escola de magia e por fim desvendar todo um plano galáctico de conspiração. Um desafio acaba empurrando-o para um próximo! Imaginem como era delicioso tudo isso tendo apenas 8 anos de idade e estando na frente daqueles milenares Pentium II.

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Levando em consideração as limitações dos jogos da época, Little Big Adventure 2 é extremamente rico e interativo. Temos a possibilidade de conversar com todos NPCs do jogo e ainda ter com eles diversas situações possíveis dependendo da sua ação. Outro fator que contribui nesse aumento de variáveis no game design é a implantação do modo de comportamentos: você pode optar por andar normalmente, discretamente, correr ou agredir! Pode parecer simples ou um sistema muito ingênuo, entretanto é muito divertido (nada como entrar no modo agressivo e sair distribuindo porrada para todos os lados). Outros comportamentos podem surgir se acordo com os itens coletados durante o decorrer do jogo, aliás, itens são coisas que não faltam para coletar. Alguns deles criam praticamente um puzzle paralelo a própria história, algo muito divertido, principalmente pelo único ponto fraco de LBA 2 ser justamente o fato dos acontecimentos serem muito lineares, ao contrário do título anterior, você dificilmente conseguirá mudar o trajeto que a trama o conduz.

Como eu havia dito anteriormente, as aventuras de Twinsen encantaram muitas pessoas ao redor do mundo e conquistaram uma legião de fãs… mas que rapidamente se tornaram órfãos, pois a continuação da série nunca foi lançada! Durantes anos muitas especulações permearam fóruns dedicados inteiramente ao game, como o mais conhecido Magicball Network, inclusive entrevistas com o criador de Little Big Adventure, Fréderick Raynal, já foram feitas. Ele prometeu que um dia teríamos a chance de retornar a Twinsun, porém tudo o que temos no momento são rumores, vídeos de supostos trailers feitos por fãs, imagens falsas e até remakes e jogos não-oficiais que contam as aventuras do avô de Twinsen! Só nos resta esperar por um lançamento a altura desse tempo de espera.

Caso queiram conhecer o jogo, fica uma dica adorável: visite a comunidade Eu Amo Twinsen’s Odyssey e desfrute de novidades, notícias e muitos downloads. Caramba, depois dessa resenha, estou me sentindo incrivelmente velho!

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Comentários 6
  1. “Could you help me treat my injured Dino Fly?”

    essa frase ecoa na minha cabeça até hoje!!!! um dos primeiros jogos que virei, realmente, marcou meus bons anos na frente do pc… sinto-me velho agora também… =)

  2. Putzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz!!!!!!!!!!

    Este jogo é muitoooooooooooo masssa!!!!

    Zerei umas 3 vezes de tao legal que é!!!! no meu MMX 233!!! la em 98 eu acho!!!

    Alguem lembra dos elefantes que vc luta la no final??? so dava pra mata com o raio que mata todo mundo na tela 🙂

    adorei a resenha

  3. Cezar… Desceu uma lágrima aqui agora. Chuif!

    Eu me identifico completamente com o seu texto! Junto a Crusader, Time Commando, Alone in the Dark (os 3), Simon (o mago), The Dig, Full Throttle e todos esses joguinhos que marcaram minha adolescência nos anos 90, LBA2 é o que mais merece meu carinho! Me imergi completamente na pele de Twinsen e fui até o final sentindo cada emoção e vibrando com cada segredo conquistado!

    Puxa, vou já pegar meu CD aqui e voltar a jogar! Agora!

  4. Noooooossa!
    é o melhor jogo do Mundo,com certeza marcou a infancia de muita gente,dá muita saudade e todo computador que eu já tive não poderia faltar o twinsen Odyssey.
    Espero anciosamente o LBA 3,embora acho muito dificil…

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