Resenha: Back to the Future: The Game

Resenha: Back to the Future: The Game – Ambrosia

BACK TO THE FUTURE : THE GAME

No início dos anos 90 as aventuras pelo tempo de Doc Brown e Marty McFly renderam games nas plataformas vigentes na época como Back to the Future II (SNES) e Back to the Future III (Sega Genesis/Mega Drive). Conforme a série cinematográfica foi ficando mais antiga (mas não datada), os games se esqueceram um pouco dela e os rumores de um quarto filme não se concretizaram, o que contribuiu para que não se explorasse a franquia. Porém, com os vinte e cinco anos da trilogia e seu badalado lançamento em Blue Ray, a desenvolvedora Telltale (de Sam & Max)se animou em produzir um jogo inspirado nos filmes intitulado apenas como Back to the Future: The Game.

O jogo foi desenvolvido para Playstation 3,  Ipads, PCs e Macs, no entanto o ideal é jogar nos computadores, pois trata-se de um Adventure point and click (apontar e clicar para realizar ações), na melhor tradição dos jogos do gênero da primeira metade dos anos 90. O roteiro contou com consultoria de Bob Gale, roteirista e co-criador da série e traz Christopher Lloyd emprestando a voz para o personagem que o eternizou, o amalucado Doutor Brown. Os outros personagens, como George McFly, Biff e o próprio Marty foram Dublados por atores com vozes bem parecidas.

Resenha: Back to the Future: The Game – Ambrosia

Ao contrário dos jogos lançados nas plataformas de 8 e 16 bits, esse aqui não se resume a recriar as sequências dos filmes, ele funciona como uma continuação da trilogia, um De Volta Para O Futuro IV. A trama se passa seis meses após os eventos de De Volta Para O Futuro III e Dr. Brown, dado como desaparecido, tem todos os seus bens postos em um leilão organizado por George McFly e Marty contrariado ajuda o pai na realização do evento no porão do cientista. Nesse cenário, os fãs reconhecerão vários objetos vistos nos filmes, como os relógios de parede (principalmente aquele em forma de gato), o amplificador que arremessa Marty para cima da estante e a maquete de Hill Valley usada para arquitetar a volta para o futuro de McFly.  Misteriosamente o DeLorean aparece em frente à mansão Brown e Marty descobre por meio de uma gravação em fita cassete que Dr. Brown se meteu em uma encrenca que o levou à cadeia em 1931 e precisa ser salvo. Marty parte para salvar o amigo em uma Hill Valley dominada por gângsteres, sendo o mais perigoso deles Kid Tennen, pai de Biff. Como peça fundamental no plano de resgate, Marty precisa de uma invenção criada pelo Dr. Brown de 1931 então um jovem de 17 anos, daí o interessante é que conhecemos um pouco da história de Brown antes de se tornar o cientista maluco, já que quando o vemos em 1955 no primeiro filme ele era apenas uma versão mais jovem do personagem em 1985.

Resenha: Back to the Future: The Game – Ambrosia

Back To The Future: The Game consegue ser um jogo de franquia que pode agradar também aos não iniciados na série (se é que existe algum), por seu roteiro bem amarrado e bons desafios, mas é claro que a diversão será muito maior para os fãs dos filmes, que inclusive terão facilidade em resolver alguns enigmas só por estarem familiarizados com as características dos personagens, além de captarem todas as referências à trilogia, que vão das mais claras às mais sutis. A consultoria de Bob Gale pode ter sido decisiva para que o jogo tenha alcançado o desiderato de recriar o clima dos filmes, inclusive a trilha sonora que lhe dá a sensação de estar participando de um dos De Volta Para O Futuro. A quinta estrela só não veio por dois motivos: o primeiro não me incomodou nem um pouco (na verdade até me agradou), mas deverá desapontar os gamers mais ferrenhos que é o gráfico longe do realismo vigente nos jogos atuais, ele é cartunesco e de renderização simples, os gamers old school (como eu) em contrapartida irão se deleitar e serão remetidos a clássicos como Monkey Island e Day of the Tentacles. O segundo motivo se deve à duração do jogo, muito curto, levei apenas três horas e olha que não sou muito rápido para finalizar jogos, mas a explicação é que essa é a primeira parte de cinco que serão lançadas mensalmente pela Telltale. A segunda virá em fevereiro, por hora a primeira está disponível para download pago acessando a http://www.telltalegames.com/bttf. Sem dúvida é um desdobramento da série, como uma espécie de universo expandido que faz jus à obra original ao contrário daquele desenho medonho exibido nos anos 90.

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