“Insurgente” segue aumentando a qualidade de sua trilogia

Continuando na onda literária das distopias, depois que li “Divergente” (em algumas horas!) fiquei no desespero para ler a continuação e saber o que aconteceria, pois o gancho utilizado pela autora foi muito inteligente. Bom, se você ainda não leu Divergente, não perca tempo pois o que vem a seguir irá conter alguns spoilers, então siga por sua conta e risco!

InsurgenteApós descobrir o que Jeanine planejava fazer e impedi-la, Tris, Tobias, Caleb, Susan, Marcus, Peter e alguns sobreviventes da Abnegação fogem da cidade e vão se refugir na fazenda onde vivem aqueles que fazem parte da facção Amizade. Acontece que Johana, a responsável por dar voz aos membros de sua facção anuncia que eles não querem fazer parte de uma possível guerra e que pretendem abrigar quaisquer pessoa que os peçam abrigo. Tris sabe bem que isso não dará certo e juntamente com Tobias arma um plano para retornarem a cidade e derrubar de uma vez por todas a tirania de Jeanine. Acontece que nada é tão simples assim e Tris descobre que existe mais por trás dos planos da líder da Erudição e ela precisa saber o que é, e o único que pode ajudá-la é Marcus. Enquanto Tris se confronta com o dilema em se unir, mesmo que temporariamente a Marcus, Tobias informa que teve uma ideia e que eles precisam se encontrar com os sem facção e conseguir sua ajuda para poderem derrotar Jeanine. Poucas horas antes de colocarem seu plano em prática, soldados invadem a fazenda da Amizade e Tris e seus amigos precisam sair correndo. Ao chegarem no território dos sem facção, Tris descobre que a líder deles é ninguém menos que Evelyn Eaton, a mãe de Tobias que estava supostamente morta e o pior, Tobias sabia disso.
Tris ainda está lidando com a perda de seus pais e irá até as últimas consequências para salvar as pessoas e restaurar novamente a paz em sua cidade. Mas, isso não será nada fácil pois ela terá um árduo caminho pela frente com algumas decepções e importantes decisões a tomar.

O mais difícil em uma trilogia é se manter fiel a narrativa proposta e fazer com que seus personagens evoluam de uma forma tão sutil que o leitor só perceba ao terminar de ler. Além do mais, é preciso construir uma trama sólida que consiga se manter por tanto tempo e que continue interessante; algo que Veronica Roth fez muitíssimo bem. Apesar de existir um bom gancho em Divergente, o livro é concluído em sua última página, mas não a jornada de Tris e companhia. Com isso, em “Insurgente” (Editora Rocco – 512 páginas) a trama ganha novos personagens e um novo objetivo. Roth não pega leve com nenhum deles, o que significa que ela não tem medo de descartar alguém ou transforma-lo completamente o que só os humaniza ainda mais, pois ninguém é o mesmo por muito tempo, principalmente quando algo muito intenso ocorre em nossas vidas.
Tris que no primeiro livro era ingênua e acanhada, amadureceu e agora está mais forte e determinada, usando de sua divergência para analisar os comportamentos alheios e definir táticas. O que acarreta em algumas brigas com Tobias que não acredita nas coisas que ela lhe diz e acaba tomando decisões precipitadas, o que abala seriamente a relação dos dois. Todo esse estratagema político e social faz com que aumente ainda mais a tensão para o leitor e também a qualidade da leitura.

Infelizmente o terceiro e último livro, “Convergente” só será lançado em Março de 2014. Mas, já li e posso garantir que vão se surpreender.

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