Para quem tem saudade do Harry Potter, apresentamos “Bruxos e Bruxas”

Num mundo onde tudo é controlado pela Nova Ordem e governado pelo O Único Que É O Único, dois irmãos foram acusados de bruxarias e capturados. Mas não por muito tempo. Wisty e With precisam controlar seus dons para salvar seus pais e libertar uma nação. O testemunho dos irmãos Allgood chega para revelar um dos mistérios mais cruéis da humanidade: o desaparecimento de milhares de crianças e jovens todo ano pelo mundo. A maior parte das cópias deste depoimento foi confiscada, destruída ou queimada. Os Allgood foram levados de sua família e presos, acusados de feitiçaria. Não foram os únicos, pois muitos garotos e adolescentes são sequestrados, um destino incerto, pois o atual governo não se deterá para suprimir a liberdade, a música, os livros, a arte, a magia e tudo que estiver relacionado com a juventude. A edição que chega às suas mãos é o relato do que está ocorrendo nesta realidade

Bruxos-e-Bruxas-capaJames Patterson (1947) é conhecido por ser um autor prolífico, escritor de várias séries, como a do Alex Cross, um psicólogo forense, ou a do Maximum Ride, um grupo de jovens alterados geneticamente que possuem asas ou ainda a do Michael Bennett, um detetive de Nova Iorque em casos típicos da cidade. Sua mais nova série, “Bruxos e Bruxas” (Witch and Wizard, tradução de Ana Paula Corradini), cujo primeiro volume, A nova ordem, foi lançado pela Editora Novo Conceito neste ano. A história não é tão original. Dois irmãos descobrem que tem poderes mágicos, quem já leu as narrativas de “Harry Potter”, Nicolau Flamel pela Editora Rocco ou “As Crônicas de Kane” pela Editora Intrínseca pode comparar do que estou falando. Temos ainda um governo opressor que controla o país, afirmando que menores de dezoito anos são suspeitos de conspiração obrigando a resistência a se esconder. Os dois protagonistas encontram durante a fuga da prisão um grupo de jovens que lutam contra a opressão e é aí que encontraremos muito das cenas de ação. Não vou lançar spoilers, mas o enredo levará os irmãos, Whit e Wisty, lutar contra esta terrível realidade que não está nada longe de nós.

Então, dentro de uma trama que não é toda original, lembrando muito “1984″ com o seu O Grande Irmão (Big Brother), pois os personagens vivem sem livros, sem filmes, sem música, sem liberdade de expressão. Patterson consegue narrar de um modo ligeiramente original, e consegue, mediante uma linguagem impecável, com uso de flashbacks em momentos pontuais; capítulos usuais, alguns curtos, outros longos; caracterização e descrição de cenários e personagens bem medidos, manter a tensão e o clima. Sendo o autor um escritor já conhecido por seus livros de mistério, a história adquire nuances de um bom thiller em um gênero que não valoriza muito esses recursos.
Pelo modo que o autor narra e pelas inovações contextuais, “Bruxos e Bruxas” ganha credibilidade em dias de “Jogos Vorazes” e mesmo que tenha um romance voltado para o público juvenil para conquistar leitores o livro possui na medida ação e aventura, me convenceu, e com certeza irá lhe satisfazer amigo leitor. Aguardem The Gift – a continuação da saga Bruxos e Bruxas.

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