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A relevância de Malcolm Young, guitarrista fundador do AC/DC

O rock sofreu uma grande perda. Faleceu no último sábado (18/11), aos 64 anos, Malcolm Young, guitarrista do AC/DC. Apesar de estar (aparentemente) à sombra do irmão, ele era a força motriz da banda. “Não apenas um grande guitarrista e compositor mas também uma pessoa de visão – ele é o planejador no AC/DC. Ele também é o quito profunda e intensamente atento” era o que dizia o release da Atlantic Records sobre ele no início da banda. E lá se vão mais de 40 anos.

Nascido Malcolm Mitchell Young, em Glasgow, a 6 de janeiro de 1963, ele é o compositor de todas as músicas do grupo. Contava com o apoio de seu irmão, Angus Young, Bon Scott (o primeiro vocalista, falecido em 1979) e Brian Johnson (atual). Migrou para Sidney, Austrália, junto com os pais e os irmãos ainda bebê. Em 1973 fundou o AC/DC com Angus. O irmão roubava a cena por tocar trajando uniforme de colégio interno australiano, além da variante da dança do pato de Chuck Berry que o tornou um ícone do hard rock.

Mas se não fosse Malcolm não teríamos o riff de ‘Back In Black’, por exemplo. É dele aquela guitarra que a gente “cantarola” (pan, pan nan-nan, pan nan-nan). É o melhor exemplo de como o AC/DC imprimiu sua marca tão reconhecível. E ele é o maior responsável. Ele escreveu o riff anos antes do lançamento, quando Scott ainda era vivo (o disco é uma espécie de tributo ao vocalista falecido). Malcolm usava a linha guitarra como um aquecimento para os shows.

O guitarrista usava cordas de calibre pesado, que produzia um som mais “grosso”, em contraste com as cordas finas da guitarra do irmão. Ele também possuía uma técnica bastante peculiar. Usava amplificadores de tamanho médio em volume baixo com pouco ou nenhum aumento. Isso contraria a cartilha da guitarra rítmica, que deve envolver poderosas e altas cordas usando amplificadores grandes. O back up da introdução de ‘For Those About To Rock’ , além de ‘Dirty Deeds Done Dirt Cheap’ e ‘Dog Eat Dog’ são bons exemplos do que resulta dessa técnica.

Angus disse à revista Guitar World que muita gente fala que o AC/DC é a banda do carinha de bermuda de escola pulando. Mas ele não faria o que faz sem Malcolm e os outros mandando o ritmo. Ele também compreende a influência de guitarristas como Eric Clapton e Eddie Van Halen têm sobre muita gente. “Porém, gente como Malcolm, Steve Cropper, Chuck Berry e Keith Richards fazem algo melhor do que o restante de nós”, afirma.

Malcolm Young já estava afastado do AC/DC desde 2014. Na época a banda divulgou nota que o guitarrista estava se afastando por motivos de saúde. Depois revelaram que ele sofria de demência, o que o impossibilitava de continuar trabalhando. Os primeiros sintomas surgiram durante as gravações do álbum “Black Ice”, de 2008. Para nós fica o legado de um dos mais importantes músicos do rock. A você, Malcolm, que fez rock dos grandes, todos nós saudamos.

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