Titãs comemoram seus 30 anos de estrada em grande estilo no Rio

Titãs comemoram seus 30 anos de estrada em grande estilo no Rio – Ambrosia

A noite chuvosa e fria da quinta feira passada no Rio de Janeiro não foi empecilho para que os fãs enchessem (embora não tenha lotado) a Fundição Progresso para a etapa carioca das comemorações dos trinta anos dos Titãs. A banda, que já tinha feito dois shows bem sucedidos na casa vizinha, o Circo Voador, tocando o clássico Cabeça Dinossauro na integra, comemorou o aniversário em grande estilo com a presença dos ex-integrantes Arnaldo Antunes e Charles Gavin. Nando Reis que participara do show paulista teve que ficar de fora por conta de sua agenda.

O show, que começou pontualmente à meia noite e meia conforme o programado, se dividiu em três atos: no primeiro, entrava em cena a atual formação, que conta com Branco Mello nos vocais e baixo, Paulo Miklos nos vocais e guitarra, Toni Belloto na guitarra, Sérgio Brito nos vocais, teclado e baixo, além de Mário Fabre na bateria. Neste primeiro ato, clássicos se misturam a clássicos recentes e novas composições. A abertura dos trabalhos foi com Diversão, faixa do disco Jesus Não Tem Dentes no País de Banguelas, que foi seguida de AA UU do Cabeça e Nem Sempre se Pode ser Deus, extraída do flerte do grupo com o grunge, Titanomaquia de 93.

Quando a música seguinte, o cover de Raul Seixas Aluga-se se encaminhava para o final, o som, que estava bem embolado, deu problema de vez, deixando a banda no apagão. Sérgio Brito ainda tentou contornar o problema botando o público para repetir o refrão (mas não vamos pagar nada) até que chegou-se a conclusão de que o problemas não se resolveria tão facilmente. Daí Paulo Miklos brincou: “quem não pagou a conta?” o quarteto pediu cinco minutos para resolver o problema e se retirou do palco. Na volta, puxada por Televisão, velhos cavalos de batalha como Pra dizer adeus, Go Back e Igreja se mesclavam a sucessos recentes como Epitáfio, A Melhor Banda de Todos Os Tempos da Ultima Semana e Vossa Excelência. A novidade Amor ao Dinheiro, do último e fraco disco Sacos Plásticos foi o momento mais frio do show por parte da platéia. Hora da galera checar as fotos previamente tiradas do palco pelo smart fone e postar no “face”. Bicho Escrotos reanimou a plateia e encerrou o primeiro ato.

Após cinco minutos de intervalo, chega o momento esperado por todos: o segundo ato que trouxe o reencontro com os dois ex-membros da banda. Sai Mário Fabre da bateria e volta Charles Gavin, último integrante a sair, em 2008. E Arnaldo Antunes assume os vocais e backing vocais que lhes pertenciam originalmente. Daí veio uma sucessão de hits, todos da época em que o grupo contava com Arnaldo em sua formação: Comida, Porrada, Família, Policia, tocada no máximo do peso, soando quase como uma banda de thrash metal, Cabeça Dinossauro, Estado Violência, O Pulso (em minha época de adolescente eu conseguia enumerar na ordem todas aquelas patologias…), Lugar Nenhum, Marvin e o set se encerrou com flores. Óbvio que haveria um bis e a expectativa não foi frustrada.

Homem Primata e Sonífera Ilha eram os dois hits que faltavam, iniciaram o terceiro ato do show e foram acompanhados com empolgação pelos presentes que não pareciam nem um pouco cansados. A saída da banda do palco parecia definitiva, mas o não acender das luzes da casa anunciava que ainda tinha mais por vir. Dito e feito, reprise de Bichos Escrotos e a execução de O Que. Nova saída de palco, muita gente acreditando que já tinha acabado, outros esperançosos, ou simplesmente cientes do setlist não arredavam pé e entoavam AA UU. A banda volta para executar a musica, e ao final, Sérgio Brito diz que se trata de uma composição dele e do falecido Marcelo Frommer a quem o show é dedicado. Agora não era encenação, era mesmo o fim. 27 músicas, não sobrou hit sobre hit. E a platéia voltou para casa de alma lavada

 

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