Dia 14 de maio de 2016. O mundo dos quadrinhos perde um de seus nomes mais expoentes, o canadense Darwyn Cooke, que padeceu de um câncer agressivo, acometido nos últimos dias, ceifando sua vida aos 53 anos de idade.
A informação foi dada por sua mulher, Marsha Cooke, em um blog, dizendo:”É com muita tristeza que informo que Darwyn está em tratamento paliativo para um câncer muito agressivo. Eu e o irmão dele, Dennis, agradecemos todo apoio e privacidade que pudermos ter neste momento“.
Uma notícia muito triste, pois há poucos dias, escrevemos sobre sua graphic novel adaptada de Parker, o personagem casca grossa de Richard Stark.
Um dos melhores autores da atualidade, dentro do panorama dos quadrinhos sua arte como desenhista e roteirista é completa. Desde a época em que trabalhou para Bruce Timm na série animada do Batman, que o levou ao reconhecimento com seu traço indistinguível, e cujas capas e páginas sempre nos ajudaram a compreender a luz dentro de tantos cinza e P&B nos quadrinhos.
Seu trabalho em Catwoman (Mulher-Gato) com Ed Brubaker, mesmo breve, serviu para relançar uma personagem condenada ao ostracismo durante os anos 1990. Depois que escreveu e desenhou a graphic Mulher-Gato – Um crime perfeito, Cooke seguiu para sua obra mais famosa: DC: The New Frontier, que reconta a história da DC Comics desde seus inícios até a atualidade, passando por todas as eras da história dos quadrinhos.
Vários projetos seguiram até o trabalho de sua vida, a adaptação da obra de Richard Stark, ídolo e sua referencia, em quatro volumes que representam o máximo de sua arte conceitual. Premiado por diversas vezes, sua relação com a Marvel não foi muito prolífica, mas o que desenvolveu para a DC foi aquela nostalgia que tentaremos retratar em uma homenagem logo abaixo.
A DC Comics fez um comunicado oficial, que traduzimos: “Cooke teve uma visão do Universo DC que era exclusivamente sua. Uma vez que você via seus desenhos atemporais e conceitos para Batman, Mulher-Gato, Superman, Mulher Maravilha, Lanterna Verde ou qualquer outro personagem, imediatamente entendíamos sua interpretação eufórica desses heróis. Suas ilustrações são algumas das mais belas divertidas imagens de super-heróis, DC que já vimos.
Darwyn viveu a vida como um personagem de Micky Spillane, um retorno a uma época passada que era refletida em sua obra. Compassivo e ousado, o brilho simplista de sua arte e o fluxo natural de suas narrativas se refletia sua paixão e amor pelos quadrinhos. Esta é uma perda de toda a indústria, mas a tristeza é relegada, sabendo que a beleza e graça de sua arte vai sempre resistir ao teste do tempo e ser um monumento a tudo o que representou. Descanse em paz, amigo, Dan DiDio.”