Como já se tornou tradição aqui no Ambrosia, iremos comentar um pouco o Indie RPG Awards de 2010. Infelizmente, apesar de nossa preferência por RPGs independentes, pouco pudemos nos aventurar por estes experimentalismos neste ano, o que acabou resultando em uma certa limitação de nossos comentários, já que só conseguimos conferir dois dos indicados: Fiasco e Little Fear.
Jogo Indie do Ano
- Vencedor :Kagematsu
- Segundo: Fiasco
- Terceiro(s): Beat to Quarters e Little Fears, Nightmare Edition (Empate)
Suplemento Indie do Ano
- Vencedor: The Day After Ragnarok
- Segundo: RPG = Role Playing Girl 2009
- Terceiro: Thou Art But A Warrior: A Polaris Supplement
Melhor Jogo Gratuito
- Vencedor: Lady Blackbird: Adventures in the Wild Blue Yonder
- Segundo: 44: A Game of Automatic Fear
- Terceiro: Last Train Out of Warsaw
Jogo com Melhor Suporte
- Vencedor: Fiasco
- Segundo: Beat to Quarters
- Terceiro: Atomic Highway – Post Apocalyptic Roleplaying
Jogo com Melhor Produção
- Vencedor: Lady Blackbird: Adventures in the Wild Blue Yonder
- Segundo: Fiasco
- Terceiro: Atomic Highway – Post Apocalyptic Roleplaying
Jogo Mais Inovador
- Vencedor: A Penny for My Thoughts
- Segundo: Ribbon Drive
- Terceiro(s): Kagematsu, Fiasco, e Ganakagok (empate)
Não tive a oportunidade de jogar Kagematsu, mas confesso que o jogo não me chamou a atenção. A vitória nesta categoria talvez indique que ele realmente apresenta algo único que sua descrição não cobria. Acho uma pena, porque Fiasco, um RPG sobre pessoas normais, com muita ambição e tendência a neurose a estilo de filmes dos irmãos Cohen, e Little Fears são algumas das grandes pérolas do ano. Acho que por isso mesmo ninguém apostava que Kagematsu poderia vencer.
Kagematsu me pareceu ser similar a um jogo que comprei, li e nunca experimentei, chamado Montsegur 1204, com cenas curtas, uma boa tragédia e personagens bem definidos. Ele parece compor um nicho de RPG Indie que também não foi inaugurado por este exemplo que eu citei (o Montsegur), e que tem se tornado cada vez mais comum no mercado – outro bom exemplo é A flower for Maya –, já que oferece profundidade, boas oportunidades de representação e são produzidos para sessões curtas e sem continuidade, facilitando seu uso para pessoas com pouco tempo disponível a procura deste tipo de experiência.
Acredito também que a nova edição de Little Fears, ainda que excelente, não tinha muita chance de abocanhar os prêmios, tendo em vista que é justamente uma nova edição e não um RPG completamente novo, por mais mudado que tudo nele esteja. Little Fears conseguiu conquistar todo tipo de prêmio em seu lançamento original em 2002, em grande parte por causa do ineditismo de sua proposta, coisa que dificilmente poder ser repetida apenas com o lançamento de uma nova edição.
Fiasco por sua vez é um RPG com uma proposta temática muito boa, mas que exige jogadores excelentes e comprometidos com esta mesma proposta para ela funcionar direito. Não tive chance de testa-lo em mesa, mas vejo um grande potencial tragicômico nele e fico feliz que seu valor tenha sido reconhecido.
Meu caro, tenho que conhecer esses independentes.
Meu comentário está meio atrasado. Eu também estava torcendo para Fiasco… Só um detalhe, o nome desse jogo não seria “A flower for Mara”, ao invés de “Maya” ,um jogo live action com elementos de jeepform?
Um abraço e obrigado por me fazer conhecer Kagematsu!