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A vida anda agitada na segunda temporada de Glee

A vida anda agitada para o Glee[bb] Club. Após o famigerado episódio de Britney Spears[bb], a série começou a desenvolver a história de alguns personagens, em especial Kurt. O personagem de Chris Colfer vem se destacando nesta temporada como uma espécie de porta voz dos oprimidos, afinal de contas, o restante dos integrantes do clube do coral, exceto Artie e Mercedes, aparentemente – e não se sabe por quanto tempo – estão levando uma vida boa e normal.

Spoilers a seguir!

No terceiro episódio da terceira temporada, intitulado Grilled Cheesus, o tema debatido foi religião. Após Finn acrditar que encontrou uma imagem de Cristo no seu pão e sugerir que o grupo faça uma semana apenas com músicas religiosas, Kurt como ateu não concorda, e ao justificar sua motivação pronuncia a melhor fala do personagem no seriado. Mesmo quando seu pai infarta e fica em coma, o jovem permanece fime nos seus ideais até que sua amiga Mercedes o sugere olhar para a religião sob uma nova perspectiva.

Foi neste episódio que Kurt começou a ganhar mais destaque, é interessante a forma como o criador da série vem mostrandos os dramas de ser um gay assumido em uma escola americana. A frase sobre Deus ser o Papai Noel dos adultos é um tapa de luva de pelica em quem cisma em achar que ser gay é uma escolha, sem mencionar que um tema tão delicado tenha sido tratado com outro tão delicado como a religião.

Já em Duets, episódio seguinte, o clima fica um pouco mais ameno e temos uma competição proposta pelo Sr. Shu: o dueto vencedor ganharia entradas para o Breadstix. Destaca-se neste episódio a prisão de Puck, a entrada de Sam para o grupo e o início (arquitetado por Rachel e Finn) de seu romance com Quinn. Kurt continua se destacando ao ter que lidar com a  solidão de ser o único gay assumido da escola. Sensibilizada pelo drama do amigo, Rachel sugere que ambos façam um dueto por eles mesmo, que resulta numa performance sublime de Happy Days Are Here Again/Get Happy imortalizada por Barbra Streisand e Judy Garland.

A personagem de Lea Michele continua insuportável desde e após o incidente com Sunshine no primeiro episódio e da sua obsessão em ser famosa, começamos a ver uma mudança de comportamento por parte de Rachel, primeiro quando se une a Finn para fazer Sam vencer com Quinn e depois quando conforta Kurt após a sucessão de ataques de Karofsky.

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O quinto episódio foi o especial de Halloween em homenagem a The Rocky Horror Show[bb] com Sr. Shu decidindo refazer a peça na escola para reconquistar Emma. Confesso que me decepcionei um pouco com o episódio que usou o musical de Richard O’Brien como fundo para tratar dos dramas amorosos de Will, felizmente os números musicais estão impecáveis, com destaque para Mercedes como Dr. Frank-N-Furter.

Desnecessário ter feito o grupo se dedicar e montar a peça para chegar no final Sr. Shu desistir de tudo após uma crise existencial. Me pergunto o motivo de não ter tido a crise antes colocar o grupo em risco em função do seu problema amoroso?! Acredito que poderiam ter feito um autêntico especial de Haloween ao misturar outros elementos da cultura pop, como Elvira a Rainha das Trevas e Drácula – algo realmente ligado a data e que pudesse interagir com o musical de O’Brien.


Um dos problemas continua sendo a falta de destaque de alguns personagens, Mercedes continua apagada e rezo para que  desenvolvam mais sua história, assim como a de Artie, que ganhou destaque no início da temporada quando quis entrar para o time de futebol e começou um relacionamento com Brittany.

Muita coisa ainda poderá acontecer e fica a torcida para que faça um especial das Spice Girls[bb] e Michael Jackson[bb], mas quem está cotadíssimo em ganhar o próximo episódio especial é Sir Elton John. Para bem ou para o mal Glee continua quebrando barreiras ao tratar de assuntos inusitados e polêmicos com um toque de humor (negro em alguns casos), consagrando-se também como uma verdadeira aula de música ao misturar clássicos da Broadway com canções mais contemporâneos.

Continue acompanhando os próximos artigos, pois a seguir teremos o primeiro beijo entre dois homens, Gwyneth Paltrow, um casamento, as Seccionals e o episódio de Natal.

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Comentários 3
  1. Boa análise, mas é a 2ª temporada, não 3ª. Isso foi uma jogada de marketing – bem suja por sinal – da Fox brasileira pra chamar mais audiência. Quando chegou no final do 1º arco da 1ª temporada a Fox brasileira vendeu como final de temporada e o restante da temporada (do episódio 14 ao 22) como se fosse a 2ª temporada, mas não é! Isso é só uma (mais uma alias, vide Walking Dead com 30 minutos a menos) imbecilidade da Fox brasileira.

  2. Oficialmente é a segunda temporada, mas como foram lançadados separadamente pela Fox, vivo me confundindo achando que já estão na terceira. Se isso realmente foi uma tática de marketing conforme citado pelo Arthur, foi ridícula.
    Tanto a primeira como a segunda parte da primeira temporada tem começo, meio e fim; o que pra mim caracterizaria uma temporada cada uma.
    Ví até o episódio de Halloween e acho que a série está perdendo um pouco o ritmo do coletivo. As histórias mais voltadas para determinados personagens são importantes, mas se não mostrarem porque elas contribuem para o desenvolvimento do Glee Club, acabam sem sentido. A personagem principal (Rachel) está cansando e isso não é bom para a série.

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