Com a aproximação da Gen Con, o mercado do RPG começa a ficar mais agitado, os prêmios começam a mostrar seus candidatos e os principais lançamentos do ano soltam releases e prévias. Infelizmente à sombra dos ENnies, o Indie RPG Award começa a ganhar os seus contornos no ano. Ao contrário da premiação mainstream da noite, os Indie não estão abertos ao voto público (na verdade uma das categorias está), possuindo um seleto grupo de juízes, em sua maioria também atuantes no mercado de RPG.
Existem sete prêmios Indies: melhor jogo indie, melhor suplemento de RPG, melhor jogo gratuito, melhor produção, maior inovação, maior suporte e escolha do público. Todos os jogos inscritos na competição deste ano (ou seja, produzidos em 2008) estão aptos a participar. Nesta premiação temos um grande número, são quarenta dois jogos registrados e quatro suplementos.
Entre os concorrentes que são destaques na premiação temos:
House of the Blooded (John Wick)
O último jogo de John Wick que já comentei por aqui. Como me pareceu bastante interessante, pode ter chance de levar alguma coisa.
Ngenesis: the Trials of Flesh (Justin Killam )
Ngenesis é uma mistura de gêneros: ficção científica, pós-apocalipta, fantasiosa e teológica, na qual os personagens são deuses modernos surgindo uma vez mais após um grande período de repouso. Eles precisam recuperar seus poderes e re-descobrir o mundo da carne que deixaram para trás.Seu objetivo é o domínio de tudo. O uso do sistema de Providência é um grande experimento em RPGs não cânones, onde não há uma verdadeira linha de história ou ambientação.
Mouse Guard (Luke Crane and David Petersen)
O surpreendente campeão do Origins esse ano, Mouse Guard certamente também é um dos maiores candidatos entre os indies esse ano. Entretanto a premiação é conhecida por surpreender e premiar as menores publicações da indústria, o que seria bastante ruim para os ratinhos. Torço que eles ganhem alguma coisa, ainda que não estejam (por enquanto já que meu livro deve chegar em breve) entre os meus favoritos.
3:16 Carnage Among the Stars (Gregor Hutton)
O jogo que chegou a concorrer ao Origins (com sua bela capa, por Gregor Huttom, também responsável por algumas outras capas como a de A-State e HotWar), ele lembra muito a franquia Starship Troopers, onde os homens lutam uma guerra eterna contra os insetos pela galáxia. O jogo apresenta uma inovadora mecânica baseada em flashbacks.
A Flower for Mara (Seth Ben-Ezra)
Outro jogo que parece interessante:
“Ela morreu ontem a noite. Ela era a luz dos meus dias, a glória da minha existência. Podada como um flor no primor de sua vida. Agora eu estou adiante de sua cova. Eles estão a colocando lá. Não deveria ter sido assim. Uma flor para Mara é uma peça improvisacional sobre a morte, perda, luto e esperança. Nela o elenco do jogo representam a família imediata de Mara, uma mulher que morreu de forma inesperada, durante o primeiro ano transcorrido após sua morte. Nós os veremos lidar com sua perda, serão eles capaz de deixar o luto de lado e continuar com suas vidas, ou eles ficarão presos pelo seu pesar, incapazes de seguir adiante?
Hot War (Malcom Craig)
Já ganhou? O excelente RPG da Contested Grounds que dá continuação a “Cold City” situado em uma versão doentia da Inglaterra dos anos 60. Certamente um dos meus favoritos ao prêmio. Também amplamente discutido no Ambrosia.
Exquisite Replicas (Lee Foster, Monica Valentinelli, John R. Phythyon Jr., Jr., Werner Hager, Todd Cash)
Também já discutido por aqui. Apesar de ter algumas coisas interessantes, o jogo me soa um pouco como mais do mesmo.
Solipsist (David Donachie)
Faz exatemente um ano que comprei Solipsist e até hoje não consegui joga-lo. Com sistema simples e ambientação interessante, o jogo é um RPG colaborativo (ou de trupe) onde a cada momento o narrador é trocado quando a realidade de um dos personagens se torna mais forte que as demais. É uma experiência bizarra e interessante e certamente merecia ganhar o prêmio de inovação.
Para ver a lista completa dos participantes acesse o site oficial da premiação.