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CCBB RJ realiza conversa com artistas da exposição “Fullgás: artes visuais e anos 1980 no Brasil”

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Como parte da exposição “Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil” será realizada, a próxima quinta-feira, dia 14 de novembro, às 18h30, no auditório do 3° andar do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, a conversa “80’s Fullgás: trânsitos”, com os artistas Leila Danziger, Lívia Flores e Paulo Paes, que integram a exposição em cartaz até o dia 27 de janeiro de 2025 no CCBB RJ. Com mediação da curadora-adjunta Amanda Tavares, os artistas discutirão suas produções artísticas nos anos 1980 e como os deslocamentos de artistas brasileiros, dentro e fora do país, atravessaram práticas e investigações artísticas ao longo daquele período. A entrada é gratuita e os ingressos serão disponibilizados na bilheteria física e virtual do CCBB 1 hora antes do evento.  

Com curadoria-chefe de Raphael Fonseca e curadoria-adjunta de Amanda Tavares e Tálisson Melo, a exposição, que integra as comemorações pelos 35 anos do CCBB RJ, apresenta mais de 300 obras de quase 250 artistas de todas as regiões do país, mostrando um amplo panorama das artes brasileiras na década de 1980. Completam a mostra cerca de 400 elementos da cultura visual da época, como revistas, panfletos, capas de discos e objetos icônicos, ampliando a reflexão sobre o período.

A exposição ocupa todas as oito salas do primeiro andar do CCBB RJ, além da rotunda, e é dividida em cinco núcleos conceituais cujos nomes são músicas da década de 1980: “Que país é este” (1987), “Beat acelerado” (1985), “Diversões eletrônicas” (1980), “Pássaros na garganta” (1982) e “O tempo não para” (1988). Na rotunda do CCBB há uma instalação com um grande balão do artista paraense radicado no Rio de Janeiro Paulo Paes. “O balão é um objeto efêmero, que traz uma questão festiva, de cor e movimento”, dizem os curadores. Ainda no térreo, uma banca de jornal com revistas, vinis, livros e gibis publicados no período, com fatos marcantes da época, fará o público entrar no clima da exposição.

A mostra aborda o período de forma ampla, entendendo que seus questionamentos e impulsos começaram e terminaram fora do marco temporal de dez anos que tradicionalmente constitui uma década. Desta forma, a exposição abrange o período entre 1978 e 1993, tendo como marcos o final do Ato Institucional 5 e o ano posterior ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. “Consideramos para a base de reflexões este arco de quinze anos e todas as suas mudanças estruturais e culturais para pensarmos o Brasil: do fim da ditadura militar ao retorno a uma democracia que, logo na sequência, lidará com o trauma de um impeachment”, contam os curadores, que selecionaram para a exposição obras de artistas cujas trajetórias começaram neste período.

Nas artes visuais, a Geração 80 ficou marcada pela icônica mostra “Como vai você, Geração 80?”, realizada no Parque Lage, em 1984. A exposição no CCBB entende a importância deste evento, trazendo, inclusive, algumas obras que estiveram na mostra, mas ampliando a reflexão. “Queremos mostrar que diversos artistas de fora do eixo Rio-São Paulo também estavam produzindo na época e que outras coisas também aconteceram no mesmo período histórico, como, por exemplo, o ‘Videobrasil’, realizado um ano antes, que destacava a produção de jovens videoartistas do país”, ressaltam os curadores. Desta forma, “Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil” tem nomes de destaque, como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Daniel Senise, Leonilson, Luiz Zerbini, Leda Catunda, entre outros, mas também nomes importantes de todas as regiões do país, como Jorge dos Anjos (MG), Kassia Borges (GO), Sérgio Lucena (PB), Vitória Basaia (MT), Raul Cruz (PR), entre outros.  Para realizar esta ampla pesquisa, a exposição contou, além dos curadores, com um grupo de consultores de diversos estados brasileiros.

Além das obras de arte, a exposição traz, ainda, diversos elementos da cultura visual da década de 1980, como revistas, panfletos, capas de discos e objetos, que fazem parte da formação desta geração.

A mostra é patrocinada pela BB Asset, gestora de fundos do Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Depois da temporada no CCBB RJ, onde fica até o dia 27 de janeiro de 2025, a exposição será apresentada no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília, de 18 de fevereiro a 27 de abril de 2025, no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, de 21 de maio a 04 de agosto de 2025 e no Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte, de 27 de agosto a 17 de novembro de 2025.

SOBRE OS ARTISTAS

Leila Danzinger nasceu no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha. É artista, professora do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, pesquisadora e poeta. Obteve o Diplôme National Supérièure d’Expression Plastique (DNSEP), no Institut d Arts Visuels d’Orléans, França (1989). Concluiu mestrado e doutorado em  história da arte pela Puc-Rio. Realizou também estágios de pós-doutorado na Bezalel Academy of Arts and Design, Israel (2011), na Université Rennes 2, França (2015) e na EACH-USP (2023).

Lívia Flores nasceu no Rio de Janeiro, em 1959. Pintora, escultora, videoartista. Participou do ateliê de xilogravura da Escolinha de Arte do Brasil, com José Altino (1946), entre 1974 e 1976, e estudou também com Maria Luíza Saddi (1952), em 1976. Em 1978, fez o Curso Intensivo de Arte Educação (Ciae), além de iniciar sua graduação na Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Esdi/Uerj), concluída em 1981. Entre 1979 e 1980, frequentou ateliê livre da Armação Oficinas de Arte (artes plásticas), com Marília Rodrigues (1937-2009) e Ana Cristina Pereira de Almeida. Participou de cursos com Anna Bella Geiger e com Fernando Cocchiarale. Contemplada, em 1984, com uma bolsa de estudo para a Alemanha, estudou na Academia de Artes de Düsseldorf de 1985 e 1990 e viveu em Colônia até 1993. Recebeu o título de mestre em comunicação e tecnologia da imagem na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1998.

Paulo Paes nasceu em Belém do Pará em 1960, e mudou-se para o Rio de Janeiro em 1978, ingressando na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde permaneceu como aluno e depois professor até 1992. Hoje reside em Cabo Frio, Rio de Janeiro. O objeto atual de sua pesquisa gira em torno de estruturas subaquáticas inseridas no bioma para atrair e fixar vida, produzindo uma cultura material relacionada à rotina desses seres. Em Arraial do Cabo, realizou durante nove anos experimentos em parceria com o Instituto de Estudos do Mar da Marinha Almirante Paulo Moreira – IEAPM, no campo de provas da Marinha. Paralelamente, desenvolve as pesquisas contínuas em esculturas infláveis de papel de seda derivadas dos balões juninos de ar quente, e experimentos psiconáuticos e espirituais com plantas, construções navais, e pinturas-objetos em laminados melamínicos.

*Dados do ranking da ANBIMA de julho de 2024.

Serviço: 80’s Fullgás: trânsitos
Dia 14 de novembro de 2025, às 18h30
Auditório 3° andar
Capacidade: 100 lugares
Entrada gratuita
Ingressos disponibilizados 1 hora antes do evento nas bilheterias física e virtual do CCBB RJ. 
Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro 
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – 1º andar – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Informações: (21) 3808.2020 | ccbbrio@bb.com.br

Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil
Até 27 de janeiro de 2025
Funcionamento: De quarta a segunda, das 9h às 20h. Fechado às terças-feiras.
Classificação indicativa: livre
Entrada gratuita
Ingressos disponíveis na bilheteria física ou pelo site do CCBB – bb.com.br/cultura.
Para seguir o CCBB RJ nas redes sociais:
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Assessoria de imprensa fundada em 2016, especializada em cultura.

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