Evento movimenta R$ 53,9 milhões para a economia. Problema de filas será analisado
A Game XP, megaevento de games realizado no último final de semana no Rio de Janeiro, foi um sucesso indiscutível. E vai ter mais. O game park que nasceu como uma das atrações do Rock In Rio 2017 ganhou força para caminhar sozinho. O CEO do Rock In Rio, Luis Justo, garantiu, em conversa com a Ambrosia, o site Terra Nérdica e o canal Tentáculos, que vai haver outra edição em 2019 ainda maior. Ao longo dos quatro dias (6 a 9 de setembro), 95 mil pessoas lotaram o evento no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca.
Perguntado pelo canal Tentáculos sobre como é um evento de música se ligar ao mundo nerd, ele disse que o caminho da música sempre se cruzou com o universo da cultura pop, uma vez que o que se entrega é entretenimento e no ano passado quando o festival foi para o Parque Olímpico, ganhou mais espaço para trazer outras vertentes de entretenimento.
“A gente sempre flertou com esse mundo dos games, a gente queria ter isso no Rock In Rio e fizemos essa experiência com duas arenas, que foi um sucesso. Das mais de 500 mil pessoas que passaram pelo Rock In Rio, quase 400 mil foram às arenas. Foi aí que a gente resolveu fazer da Game XP um evento individual, fora do Rock In Rio.”, contou Justo.
2019 também é ano de Rock In Rio. Perguntado se haverá Game XP dentro do festival de música, ele confirmou, embora o formato ainda esteja por definir. Mas o evento isolado, como o desse ano, também está garantido. “Ainda vamos decidir as datas e formato, mas o que já posso adiantar aqui, em primeira mão, é que a Game XP vai continuar como um evento acontecendo sozinho, fora do Rock In Rio, e o formato dentro do Rock In Rio a gente ainda vai definir, mas é claro que um evento dessa dimensão, como ele é estruturado, virou um grande parque temático, ele já não cabe mais só dentro do Rock In Rio, ele já entrou no calendário oficial do Rio de Janeiro. Todo ano teremos Game XP.”
Foto: Gustavo Barreto
Motivo de reclamação durante o evento, as longas as filas também entraram na conversa. No Rock In Rio, há agendamentos prévios de horários para atrações como a roda gigante. Perguntado sobre o mesmo sistema pode ser aplicado na edição da Game XP no ano seguinte, pelo Terra Nérdica, Justo respondeu: “diferentemente do Rock In Rio, em que você tem um palco, grandes atrações para 100 mil pessoas, a experiência de Gameplay, a experiência de parque temático em que você tem brinquedos e tal, são experiências de imersão, mais individuais. Então é claro que já estamos pensando quais outros tipos de atração a gente consegue fazer com maior capacidade, diminuindo a experiência de filas. Mas não dá para fazer agendamento nesse formato de evento. Mas certamente a gente vai trabalhar porque o nosso negócio é trabalhar com experiência e a gente a cada edição vai entregar uma experiência ainda mais incrível.
Se nem a Disney conseguiu resolver 100% o problema das filas, a gente não tem a pretensão de resolver isso (risos). Mas sem dúvidas vamos estar trabalhando para trazer volumes de experiência cada vez maiores para você curtir mais. E também pedir para as pessoas entenderem que isso aqui é evento para vir dois, três, quatro dias. Não só, obviamente, pela velocidade das atrações mas pela quantidade de atrações. São mais de cem atrações que a gente tem aqui dentro desse game park. Então uma dica é essa, se programar chegar cedo, vir três, quatro dias para curtir tudo o que a gente tem para oferecer.”
Foto: Gustavo Barreto
Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas e divulgada no último domingo pelo Ministério da Cultura (MinC) apontou um impacto econômico da Game XP de R$ 53,9 milhões para o Brasil. De acordo com a FGV, do montante arrecadado R$ 36,7 milhões são de impacto direto (hospedagem, alimentação e transporte), enquanto os demais R$ 17,2 milhões referem-se ao efeito indireto. Ou seja, a Game XP tem tudo para se tornar o Rock In Rio gamer.
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