Corpomáquina, do Robo.Art – agrupamento multimídia sediado em São José do Rio Preto, interior do estado de São Paulo – volta à São Paulo em apresentações gratuitas nos dias 24 e 25 de maio, sábado às 18h30 e domingo às 16h, dentro da programação da Virada Cultural do Sesc Pinheiros.
Ao explorar as fricções entre corpo e máquina, o espetáculo performático intermídia Corpomáquina – vencedor do Prêmio Denilto Gomes de Dança 2022 na categoria Intermédia Performática em Dança e indicado em duas categorias (Prêmio Técnico e Intérprete) no Prêmio APCA de Dança 2023 –, propõe a reflexão sobre o limite entre o biológico e o sintético, e sua inevitável fusão proporcionada pela busca incessante da superação das limitações humanas.
A obra, que mescla dança, performance e tecnologia, aborda o questionamento fronteiriço sobre até onde o corpo é humano, onde se torna máquina e em qual instante há campos simbióticos, éticos, poéticos e políticos a serem investigados.
Biológico e cibernético
Corpomáquina tem início com quatro artistas em cena – Vinicius Paquitinho Francês (direção coreográfica e performance), Vinicius Dall’Acqua (direção geral e operação de som), Gustavo Arão (técnico mecatrônica, operação de luz e contrarregragem) e Elissa Pomponio (operação de videomapping e design gráfico) – espalhados entre dispositivos de som, mecatrônica, iluminação, projeção e uma pirâmide triangular.
A dramaturgia e o conceito da obra abordam o conflito, a integração e a transgressão do humano-máquina, refletindo sobre o cruzamento do biológico e do cibernético. A partir do diálogo entre dança, performance e sensores musculares, Corpomáquina materializa uma pesquisa contínua do agrupamento sobre integração de linguagens artísticas e criações de dispositivos, que procura também repensar o corpo, o movimento e a arte diante uma dinâmica de redes e circuitos cocriativos.
Corpo e máquina
Conforme explicam os integrantes do Robo.art, com o avanço das tecnologias, a automatização e a digitalização da vida, Corpomáquina se propõe a questionar qual o futuro possível dessa fusão entre o ser humano e a máquina. Durante o processo criativo, o coletivo levantou as seguintes questões: Como distinguir o que é humano e o que é máquina? Com o avanço protético, artificial e científico-tecnológico em interação com nossas vidas, qual futuro nos aguarda? A partir desses questionamentos, o agrupamento desenvolveu um sistema próprio de tradução de movimentos baseado em sensores e microcontroladores para realizar a leitura da tensão e distensão muscular do bailarino que, ao se movimentar, produz a sonoridade da obra através desse dispositivo.
“A utilização destes mecanismos aborda uma ferramenta criativa de retroalimentação de estímulos sendo o som, o vídeo e os performers geradores e receptores sensório-audio-visuais do desenvolvimento da obra”, explica o performer Vinicius Francês.
Serviço:
Corpomáquina
Com a Robo.Art
24 e 25 de maio, sábado às 18h30 e domingo às 16h.
Sesc Pinheiros [Espaço Expositivo 2º andar] – Rua Paes Leme, 195 – Pinheiros, São Paulo.
45 minutos | 10 anos | Gratuito [Distribuição de ingressos no sábado, 24 de maio, sendo 70% de ingressos online a partir das 12h em sescsp.org.br ou app Credencial Sesc SP e 30% de ingressos para retirada presencial a partir das 16h nas bilheterias das unidades].