Com texto da filósofa Lucia Helena Galvão e encenação de Luiz Antônio Rocha, o monólogo com Beth Zalcman foi visto por mais de 25 mil espectadores em sessões virtuais e presenciais. Conhecida por confrontar as correntes ortodoxas da ciência, da filosofia e da religião, a visionária Blavatsky influenciou inúmeros pensadores e artistas.
Grande sucesso de público na capital paulista, o monólogo “Helena Blavatsky, a voz do silêncio” fará mais oito apresentações, no Teatro B32, novo complexo cultural da capital paulistana, idealizado pelo empresário Rafael Birmann, localizado na Avenida Faria Lima. Helena Petrovna Blavatsky foi uma das figuras mais notáveis do mundo nas últimas décadas do século 19, tornando-se imprescindível para o pensamento moderno. A vida e obra desta renomada pensadora russa inspirou o espetáculo, que estreou virtualmente, em 2020, com elogios de artistas e formadores de opinião (veja depoimentos abaixo), e fez sua primeira temporada presencial, em janeiro, em São Paulo. Estrelada por Beth Zalcman (@bethzalcman), sob a direção de Luiz Antônio Rocha (@luiz.antonio.rocha), indicado ao prêmio Shell de 2019 pela montagem de “ Paulo Freire, o Andarilho da Utopia”, a montagem mexe com os espectadores ao instigar uma profunda reflexão sobre a busca do homem pelo conhecimento filosófico, espiritual e místico. Este é o primeiro texto teatral da filósofa e poetisa Lucia Helena Galvão (@profluciahelenagalvao), cujas palestras na internet são acompanhadas por milhões de seguidores. Após cada sessão, haverá um bate-papo com a equipe de criação.
Foi justamente essa busca pelo conhecimento da essência humana, propagado por Blavatsky, que fez com que o teatro tivesse 90% de ocupação durante a primeira temporada, com mais de 4.500 mil espectadores em 11 sessões. “O teatro está localizado no centro financeiro e nervoso de São Paulo, e a gente viu o interesse dos espectadores de buscar a conexão e união entre as pessoas, em contraste com toda aquela correria em um mundo partido. Recebemos muitos retornos de gente falando na importância de um espetáculo que se debruça sobre a alma humana, que traz à tona nossos sentimentos mais essenciais”, comenta o diretor Luiz Antônio Rocha.
“Fiquei muito emocionada com a peça. É incrível a atuação, quase mediúnica, da atriz Beth Zalcman, em alguns momentos nos dava a impressão de uma canalização total (voz, gestual, intensidade, potência do texto e iluminação) vinda de seres superiores! Impressionante! E para mim a cereja do bolo foi a carinhosa e autêntica interação da atriz e do diretor no bate-papo com o público após a peça. Um espetáculo de generosidade dentro de outro espetáculo de fraternidade universal. Gratidão eterna pela experiencia e estarei presente novamente na nova temporada”, comentou a espectadora Patricia Trentin.
Helena Blavatsky foi, antes de tudo, uma incansável buscadora de sabedoria antiga e atemporal, revolucionando o pensamento humano. Sua vasta obra influenciou cientistas como Einstein e Thomas Edison; escritores como James Joyce, Yeats, Fernando Pessoa, T. S. Elliot; artistas como Mondrian, Paul Klee, Gauguin; músicos como Mahler, Jean Sibelius, Alexander Criabrin; além de inúmeros pensadores, como Christmas Humphreys, C. W. Leadbeater, Annie Besant, Alice Bailey, Rudolf Steiner e Gandhi.
“Considerando que vivemos num período de caos mundial, no qual o fundamentalismo, as tecnologias e as crises políticas e climáticas do planeta invadem nossa dignidade com tanta violência, resgatar os pensamentos de Blavatsky é de extrema importância”, afirma Luiz Antônio Rocha. “Segundo Blavatsky, o universo é dirigido de dentro para fora, pois nenhum movimento ou mudança exterior do homem pode ter lugar no corpo externo se não for provocado por um impulso interno”, completa o diretor.
“Interpretar Helena Petrovna Blavatsky é mergulhar no improvável, no intangível. Nada mais desafiador para uma atriz realizar um texto que demanda extrema sensibilidade, concentração e imaginação, e transporta a plateia para um universo de possibilidades”, define a atriz Beth Zalcman. “Desde o início da minha busca pelo conhecimento através da filosofia, me deparei com pensadores que dedicaram suas vidas a buscar, compilar e transmitir ideias que entrelaçam nossas vidas e compõe parte do que somos. Esta peça é uma forma comovida e contundente para homenagear esta mulher tão especial”, conclui a autora Lucia Helena Galvão.
O monólogo retoma a parceria entre a atriz Beth Zalcman e o encenador Luiz Antônio Rocha, depois do sucesso da peça “Brimas”, pelo qual a atriz foi indicada ao prêmio Shell de melhor texto. A encenação propõe uma dramaturgia inspirada no conceito desenvolvido pelo artista Leonardo Da Vinci em suas obras, conhecido como “sfumato”. Da Vinci descreveu a técnica como: “sem linhas ou fronteiras, na forma de fumaça ou para além do plano de foco”. A montagem procura nos levar do irreal ao real, das ilusões à verdade espiritual, da ignorância à sabedoria que ilumina o propósito da existência. O ponto de partida para a direção de arte, cenário e figurinos foram baseados em algumas pinturas do artista impressionista Édouard Manet que traduz com beleza a solidão deste último instante de vida de Helena.
Sinopse – “Helena Blavatsky, a voz do silêncio”
A luz da vela ilumina o cenário e revela um lugar simples no frio de Londres no final do séc. 19. É um recorte do quarto de Helena Blavatsky, que se encontra sozinha, no seu último dia de vida. Ela revisita suas memórias, seu vasto conhecimento adquirido pelos quatro cantos do mundo, se depara com a força do comprometimento com sua missão de vida e as consequências de suas escolhas. Relembra sua forte ligação com a Índia e seu encontro, em Londres, com Gandhi. “Helena Blavatsky, a voz do silêncio”, é um mergulho no universo que existe dentro de nós.
Depoimentos sobre o espetáculo
“Fiquei impactada e muito emocionada com esse espetáculo inspirador. Mesmo sendo por transmissão online, a força do teatro estava presente. Espetáculo imprescindível, necessário, mais do que nunca nesse momento tão delicado. Encontrar essa luz que vocês acendem em cada um de nós é fundamental para que o ser humano encontre o caminho de volta, o caminho do crescimento para o processo evolutivo do verdadeiro amor. As palavras de Blavatsky ditas por vocês, atriz, texto, direção… tocam a nossa mente e o nosso coração para o despertar da consciência desse novo tempo” – Beth Goulart (atriz).
“Linda a integração Helena Blavatsky/Beth Zalcman no palco. Onde começa o amor de uma, o amor de outra, difícil dizer. Estão amalgamadas. A gente entende e admira a dimensão do trabalho de Blavatsky, na entrega de corpo e alma de Zalcman. Lindo de ver.” – Clarice Niskier, atriz
“Exuberante, traz a possibilidade de um vislumbre do Himalaia espiritual, uma delicadeza de sentimentos. O texto e a atriz transportam a gente para voos onde é possível enxergar os silêncios da alma. Esse trabalho é essencial num momento tão embrutecido” – Bruna Lombardi, atriz e escritora
“Uma peça com qualidades ímpares, uma grande personagem para uma grande atriz, uma direção delicada e um texto arrebatador, mesmo para os que nunca ouviram falar ou desconhecem a história” – Caio de Andrade, autor e diretor de teatro
“A arte salva, não é?! Como diria o querido Ferreira Gullar, a vida não basta apenas, se não fosse a arte, seria mais difícil! O bonito no trabalho de vocês, em meio a essa pandemia, é mostrar que a resistência não vem através do radicalismo, mas do valor à vida. E a vida, sobretudo, se manifesta através da arte” – Carlos Vereza, ator
“Grandiosa e comovente a interpretação de Beth Zalcman. Cada palavra é legitimada pelo gesto, pela presença espiritual. A encenação de Luiz Antônio Rocha é de uma sensibilidade admirável. Não é a câmera que produz o close, é a personagem que se aproxima do interlocutor. O texto da professora Lúcia Helena é primoroso, construído de forma a privilegiar na medida correta tudo o que é relevante na história da personagem” – Paulo Figueiredo, ator.
Ficha técnica:
Texto original: Lucia Helena Galvão
Interpretação: Beth Zalcman
Encenação: Luiz Antônio Rocha
Cenário e Figurinos: Eduardo Albini
Iluminação: Ricardo Fujji
Assistente de Direção: Ilona Wirth
Visagismo: Mona Magalhães
Fotos: Daniel Castro
Consultoria de movimento (gestos): Toninho Lobo
Operador de luz: Gabriel Oliveira
Assessoria de Imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
Marketing Digital: Reação Web
Idealização e Produção: Beth Zalcman e Luiz Antônio Rocha
Parceria: Organização InternacionalNova Acrópole do Brasil
Realização: Teatro em Conserva / Espaço Cênico Produções Artísticas e Mímica em Trânsito Produções Artísticas.
Serviço:
Helena Blavatsky, a voz do silêncio
Monólogo teatral inspirado na trajetória e na obra da escritora russa Helena Blavatsky
Temporada: De 3 a 19 de março de 2023
Teatro B32: Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.732 – Itaim Bibi, São Paulo – SP
Telefone: (11) 3058-9100
Dias e horários: sexta (dia 03/03), às 20h, sábado (04/03), às 18h e 21h, domingo (05/03), às 19h. Quarta-feira (15/03), às 20h, sábado (18/03), às 18h, e domingo (19/03), às 17h e 20h. Após cada sessão, haverá um bate-papo com a equipe de criação, com exceção do dia 18/03.
Ingressos: Plateia: R$ 120 (inteira) e 60 (meia-entrada); e Balcão: 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada).
Duração: 1h.
Horário de funcionamento da bilheteria: De terça a sexta, das 13h às 20h.
Classificação etária: 14 anos
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