Terceiro romance da escritora fala de escolhas e de amor na maturidade.
Em delicada prosa poética, o livro conta a história de uma mulher internada em uma UTI, que, em um momento crítico da vida, reabre portas do passado
Lançamento será no dia 9 de setembro, em Natal, cidade de origem da escritora.
Internada numa UTI, após um grave infarto no miocárdio, Doralice entrega a seu médico, um velho amigo, não só a responsabilidade pela sua saúde, como os seus diários, dois grossos cadernos escritos ao longo de meses de internação. Os dois se conheceram nos tempos de faculdade e viveram um grande amor no passado, mas a falta de maturidade na época os impediu de selar a relação. Agora, eles se encontram no hospital, ela na maca, em estado crítico, e ele como seu homeopata e depositário de suas histórias de vida. Esse é o fio condutor de “A história de Doralice”, o novo romance de Maria Dolores Wanderley. A ficção em prosa poética tem selo da Editora Circuito e será lançada no dia 9 de setembro, em Natal (RN), cidade de nascimento da autora, no Araçá Café Bistrô, a partir das 18h.
“A história de Doralice” é o terceiro romance da geóloga Maria Dolores Wanderley, ex-professora do programa de pós-graduação em Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Paralelamente à sua carreira no campo das ciências naturais, Dolores construiu sua trajetória também na área de literatura. Publicou seis livros de poesia, entre 2001 e 2016; um ensaio fotográfico-poético sobre as formas, em 2010; e dois livros de contos, em 2010 e 2015. Com a chegada da aposentadoria, a dedicação às letras ganhou tempo integral. Seu primeiro romance, “Baracho”, saiu em 2018, pela Editora Lacre. Em setembro de 2022, ela publicou “Bianca Natividade”, pela Editora Circuito. Agora, um ano depois, Dolores lança “A História de Doralice”, também pela Editora Circuito, comandada pelo poeta e curador Renato Rezende.
Com 136 páginas, o livro é ilustrado com desenhos da própria autora, que também é artista visual. “São muitos os níveis de leitura deste pequeno romance aparentemente simples, mas que consolida Maria Dolores Wanderley como uma das vozes femininas mais singulares da atual literatura brasileira”, diz o editor. “Dolores tem a rara capacidade de tratar de temas profundos mantendo-se no campo daquilo que desarma e comove, distante de falsos virtuosismos literários ou inócuas pretensões intelectuais”, sintetiza Rezende.
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