AgendaArtes VisuaisEducação

MASP apresenta exposição A Ecologia de Monet

Compartilhe &media=https://ambrosia.com.br/wp-content/uploads/2025/05/Claude-Monet-A-canoa-sobre-o-Epte-The-Canoe-on-the-Epte-c-1890-Acervo-MASP-1600x1465.jpg" rel="nofollow"> &title=MASP%20apresenta%20exposi%C3%A7%C3%A3o%20A%20Ecologia%20de%20Monet" rel="nofollow"> &name=MASP%20apresenta%20exposi%C3%A7%C3%A3o%20A%20Ecologia%20de%20Monet" rel="nofollow">

Apresentando uma leitura contemporânea sobre a relação de Claude Monet (1840–1926) com a natureza, as transformações ambientais, a modernização da paisagem e as tensões entre ser humano e natureza, a exposição A Ecologia de Monet apresenta obras que perpassam grande parte da carreira do artista — das décadas de 1870 até 1920 —, revelando diferentes momentos de sua relação com a paisagem e com o meio ambiente. Em cartaz de 16 de maio a 24 de agosto de 2025, a exposição reúne 32 pinturas do impressionista francês, sendo a maioria inédita no hemisfério sul.

A exposição aborda diferentes aspectos da relação de Monet com a ecologia em cinco núcleos: Os barcos de Monet; O Sena como Ecossistema; Neblina e Fumaça; O Pintor como Caçador; Giverny: Natureza Controlada.

O núcleo “O Sena como Ecossistema” aborda a água como um motivo constante na produção do artista, que cresceu na cidade do Havre, no norte da França, onde o rio Sena deságua no Oceano Atlântico. Ao longo da vida, Monet percorreu grande parte dos 776 km do rio e seus afluentes, desenvolvendo uma relação profunda com as paisagens fluviais, que também expressam os hábitos sociais e o processo de industrialização. Na mostra, a importância do Sena para a vida e a obra do artista também é representada em um painel expográfico curvo que simboliza o percurso do rio.

O curso d’água também tem destaque no núcleo “Os barcos de Monet”, no qual o impressionista apresenta o afluente do rio Sena em uma imersão. As barcas são mostradas de pontos de vista elevados, eliminando, assim, a noção de uma linha do horizonte. A correnteza do rio é destacada por pinceladas onduladas em tons de vermelho e amarelo que se somam ao verde intenso.

O núcleo “Neblina e Fumaça” discute como Monet representou as transformações urbanas e industriais de seu tempo. A energia a vapor, as fábricas em expansão, a produção de carvão e as rápidas mudanças nos meios de produção modificaram o horizonte das cidades do século XIX, fazendo com que as torres das igrejas passassem a competir com as chaminés na paisagem urbana. Os trabalhos em que o artista retrata as pontes de Waterloo e de Charing Cross, de Londres, são emblemáticos, pois dão a ver a forma como Monet explorou a perspectiva atmosférica com cores e pinceladas singulares, conferindo espessura à neblina e evidenciando o ar carregado pela fumaça liberada pelas indústrias instaladas às margens do rio Tâmisa.

“O Pintor como Caçador” parte das longas caminhadas de Monet à procura de boas vistas as quais pintar ou, como ele próprio dizia, boas “impressões”. Se no início de sua produção o artista se limitava a áreas de fácil acesso, especialmente após os anos 1880 passou a se aventurar por trilhas em busca de pontos de vista originais. Nesse núcleo também são apresentadas pinturas de Monet realizadas em suas viagens pela costa francesa —Normandia, Bretanha e Mediterrâneo —, além de passagens por outros países, como a Holanda.

“Giverny: Natureza Controlada” apresenta obras como A ponte japonesa (1918–1926) e A ponte japonesa sobre a lagoa das ninfeias em Giverny (1920–1924), concebidas pelo pintor no refúgio que criou nos jardins de sua propriedade na cidade de Giverny, onde viveu por mais de quatro décadas. Esse núcleo faz uma reflexão sobre a paixão de Monet por seus jardins, que também pode ser analisada como um desejo de controlar e moldar a natureza.

A Ecologia de Monet integra a programação anual do MASP dedicada às Histórias da ecologia. A programação do ano também inclui mostras de Hulda Guzmán, Mulheres Atingidas por Barragens, Frans Krajcberg, Clarissa Tossin, Abel Rodríguez, Minerva Cuevas e a grande coletiva Histórias da ecologia.

SERVIÇO

A Ecologia de Monet
Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Fernando Oliva, curador, MASP, com assistência de Isabela Ferreira Loures, assistente curatorial, MASP
16.5 —24.8.25
1° andar, Edifício Lina Bo Bardi
MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista, São Paulo, SP 01310-200
Telefone: (11) 3149-5959
Horários: terças grátis, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta e quinta das 10h às 18h (entrada até as 17h); sexta das 10h às 21h (entrada gratuita das 18h às 20h30); sábado e domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h); fechado às segundas.
Agendamento on-line obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos
Ingressos: R$ 75 (entrada); R$ 37 (meia-entrada)

Claude Monet (1840–1926) foi um dos fundadores e principais expoentes do movimento impressionista, revolucionando a história da arte com sua abordagem inovadora da luz e da cor. Nascido em Paris e criado na Normandia, Monet desenvolveu desde cedo uma sensibilidade única para a natureza e suas transformações. Seu quadro Impressão, Nascer do Sol (1872) deu nome ao movimento impressionista. Ao longo de sua carreira, dedicou-se a capturar os efeitos transitórios da luz sobre a paisagem, muitas vezes pintando o mesmo motivo em diferentes horários e condições atmosféricas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sugeridos
Artes VisuaisCríticasFilmesVideos

Humano: Uma Viagem pela Vida, do diretor Yann Arthus-Bertrand

Pessoas comuns falam espontaneamente o que pensam sobre amor, morte, ódio, discriminação,...

AgendaTeatro

“Clara Nunes – A Tal Guerreira” chega a Belo Horizonte e Rio de Janeiro

Após temporadas em São Paulo e Fortaleza, o musical “Clara Nunes –...

AgendaFestivaisFilmes

Curitiba recebe a 14a edição do Festival Olhar de Cinema

Está começando a 14ª edição do Olhar de Cinema - Festival Internacional...

Agenda

Venus Garland e Julio Lino abrem a 4ª edição do Negras Melodias Show

As múltiplas vertentes da música negra atual são celebradas pela quarta edição...

AgendaEducação

Projeto “Amazônia na Mala” celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente

Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de...

AgendaEntrevistasTeatro

Angela Rebello: entrevista com a indicada a melhor atriz no Prêmio APTR 2025

Angela Rebello é, sem dúvida, uma das grandes atrizes brasileiras do nosso...

AgendaDançaFestivais

Festival Visões Urbanas transforma São Paulo no centro da Dança Contemporânea

Aberto às diversas tendências da dança e da performance contemporâneas, o Visões...

AgendaEducação

MAM Educativo realiza encontro para discutir a promoção de uma educação antirracista

O MAM Educativo, do Museu de Arte Moderna de São Paulo, convida pessoas...

AgendaTeatro

Bumba-Meu-Boi em novo espetáculo, exposição e videocast 

CClarin Cia. de Danç anuncia novas ações do projeto “Terras de Águas...

AgendaMúsica

Domenico Nordio e os sopros da UFRJ na Sala Cecília Meireles

A Sala Cecilia Meireles apresenta sexta-feira, dia 13 de junho, às 19...

Taslim com prêmio e livro
AgendaLiteratura

Taslim vence prêmio com livro “A Dáie de Vários Nomes”

Taslim inicia uma trajetória também na literatura. “A Dáie de Vários Nomes”,...

AgendaLiteratura

Wesley Nóog lança livro na Bienal do Rio

Wesley Nóog, pioneiro no gênero “Sambasoul”, mantém viva a escola de sambista...