AgendaTeatro

Musical transporta o clássico de Alice no País das Maravilhas para o contexto de uma guerra

Compartilhe &media=https://ambrosia.com.br/wp-content/uploads/2025/06/Captura-de-tela-2025-06-02-161544-e1749466479776.png" rel="nofollow"> &title=Musical%20transporta%20o%20cl%C3%A1ssico%20de%20Alice%20no%20Pa%C3%ADs%20das%20Maravilhas%20para%20o%20contexto%20de%20uma%20guerra" rel="nofollow"> &name=Musical%20transporta%20o%20cl%C3%A1ssico%20de%20Alice%20no%20Pa%C3%ADs%20das%20Maravilhas%20para%20o%20contexto%20de%20uma%20guerra" rel="nofollow">

O clássico da literatura inglesa de Lewis Carroll ganha uma nova ambientação no musical Alice by Heart. Originalmente situado em um bunker durante uma guerra, a obra estreou em 2012 em Londres, no Royal National Theatre e, posteriormente, ganhou uma produção de destaque no circuito Off-Broadway, em Nova York. 

Agora, o espetáculo chega ao Brasil com uma versão inédita chamada Alice de Cor e Salteado adaptada por Rafael Oliveira e dirigida por Gustavo Barchilon, com temporada de estreia no Teatro Estúdio, em São Paulo, de 7 de junho a 4 de agosto de 2025. Ainda conta com Gui Leal na direção musical e Ciça Simões assinando as coreografias para completar a equipe criativa. 

Produzida pela Barho e Moca, a versão brasileira conta Gabi Camisotti no papel de Alice Spencer, ao lado de Diego Montez como Alfred e o Coelho Branco. Também integram o elenco, Yasmin Gomlevsky, Valeria Barcellos, Renan Mattos, Bruna Pazinato, Thales César, Jessé Scarpellini, João Victor, Bruno Sigrist, João Ferreira, Helena Bastos e Mô Amaral.

Sobre a idealização

O espetáculo é idealizado pelos atores Gabi Camisotti e Diego Montez. “Escolher Alice By Heart como uma das primeiras produções da Moca tem um significado muito especial pra mim. É o meu musical preferido — e justamente por isso, eu sabia que, quando fosse montá-lo, teria que ser em um momento simbólico. E foi. Depois de darmos o primeiro passo com “Bare, uma ópera pop”, estar em cena agora com Alice representa um novo marco: é a primeira vez que nós dois, como sócios da Moca, também protagonizamos uma montagem juntos. A Moca nasceu da vontade de criar com liberdade, sensibilidade e afeto. E Alice representa exatamente isso. É uma obra poética, delicada e intensa, que fala sobre a força da imaginação em momentos de perda, sobre crescer em meio ao caos, sobre encontrar refúgio naquilo que nos move por dentro. Produzir Alice By Heart é, de certa forma, reafirmar o que nos move como companhia: contar histórias que nos atravessam — e que, com sorte, também atravessem quem assiste”, conta a atriz Gabi Camisotti, que também protagoniza a montagem ao lado de seu sócio, Diego Montez.

“Eu e Gabi temos nossas trajetórias embaladas e envolvidas pela obra de Duncan Sheik e Steven Sater. E essa em particular, o Alice, a história de dois melhores amigos que mudam a vida um do outro com a força de uma história. É sobre como a arte motiva, consola, ensina e transforma. Me parecia quase uma obrigação passar essa mensagem adiante, e tinha que ser com ela (Gabi). A equipe com a gente nessa aventura é brilhante, com ídolos que sempre quis trabalhar não só nos criativos como no elenco”, completa Diego. 

Sobre a montagem brasileira 

Sobre os desafios da montagem, o diretor Gustavo Barchilon comenta: “desde sua estreia no Off-Broadway, a peça passou por várias transformações, tanto no texto quanto em algumas canções. E isso é o que acho mais fascinante: é uma obra viva, em constante evolução. E poder trocar diretamente com os criadores da montagem tem sido fantástico”. 

“Para essa versão brasileira, contamos com a colaboração de Jessie Nelson — autora do libreto original e também responsável pelo sucesso Waitress — que tem trabalhado no texto junto comigo. Já Steven Sater, autor das letras originais, tem colaborado diretamente com Rafael Oliveira nas adaptações das canções para o português. Nosso desafio no Brasil é garantir que essa história se comunique bem com o público local, por isso precisamos ir além do imaginário construído pelo filme da Disney e adaptar referências na história que podem não ser tão bem compreendidas pelo nosso público”, afirma o diretor Gustavo Barchilon.

A trama acompanha Alice Spencer, uma jovem que se refugia em seu livro  desgastado de Alice no País das Maravilhas, enquanto está presa em um bunker com seu amigo de infância Alfred, que está gravemente doente. Após um bombardeio, enquanto os horrores da guerra se intensificam, a menina escapa para um mundo de fantasia, onde pode reescrever a própria história e encontrar força para lidar com a realidade brutal ao seu redor.

No entanto, ao mergulhar cada vez mais no País das Maravilhas, ela se vê confrontada por desafios e personagens que refletem seus medos, sua perda e sua necessidade de amadurecer. A história se desenrola como uma jornada de autodescoberta, na qual a menina precisa aprender a deixar o passado para trás e encontrar uma nova forma de seguir em frente.

Nesta nova ambientação, os personagens do clássico de Lewis Carroll aparecem em cena sob novas roupagens: os soldados, enfermeiros e pacientes do abrigo antibombas assumem os papéis do Chapeleiro Maluco, Gato de Cheshire, Rainha de Copas etc. Isso cria um efeito intrigante de realidade misturada com fantasia.

Alice de Cor e Salteado é uma metáfora sobre a resiliência, a dor da despedida e da morte, o luto e o poder transformador da imaginação. “Alice quer permanecer no mundo de sua infância, mas precisa enfrentar a realidade. Esse conflito entre inocência e maturidade é um tema forte que ressoa especialmente com adolescentes e jovens adultos. Embora muitas adaptações de Alice no País das Maravilhas existam, poucas exploram a história com uma abordagem tão introspectiva e emocional”, reflete o diretor.

Outro ponto interessante é que o musical é encenado como um teatro de arena e não no palco italiano, como a maioria das montagens desse gênero. “Eu queria explorar novas formas de encenação, buscando uma experiência mais imersiva. Interpreto essa obra com um olhar muito sério, pois vejo nela elementos fortemente influenciados pelo teatro do absurdo, um mergulho beckettiano. Se olharmos para Alice no País das Maravilhas, percebemos claramente essa atmosfera surrealista, e a peça bebe muito dessa estética”, explica Barchilon.

E, como ainda ressalta o diretor, diferentemente de outras versões do clássico, a cenografia e os figurinos da nova montagem mesclam a escuridão da guerra com a vivacidade do País das Maravilhas, criando um visual não tão colorido extravagante, mas melancólico e intimista, com um tom expressionista.

Ficha Técnica

Músicas: Duncan Sheik
Letras: Steven Sater

Adaptação de texto e Versão Brasileira: Rafael Oliveira – @rafaelfso

Direção Artística: Gustavo Barchilon – @gustavobarchilon

Direção Produção: Thiago Hofman – @thihoff

Direção Musical: Gui Leal – @guihleal 

Coreografia e Direção de Movimento: Cecilia Simoes – @csimoes10

Preparador Vocal: Rafael Villar @_rafaelvillar_

Cenografia: Natália Lana – @cenarionatalialana

Desenho de Luz: Maneco Quinderé – @maneco_quindere

Figurino: Luisa Galvão – @lugalvao_beauty

Design de Som: João Baracho – @jhbaracho 

Assistente de Figurino e Objetos: Acrides – @acridesjr 

Assistente de Direção: Lara Mendes – @laramendesf 

Assistente de Direção Musical: Mô Amaral – @moamaralg

Assistente de Coreografia: Nay Fernandes – @nayfernandes_official

Stage Manager: Andressa Cericato – @andcericato

Elenco:

Gabi Camisotti – @gabicamisotti

Diego Montez – @dimontez

Yasmin Gomlevsky – @yasmingomlevsky 

Valeria Barcellos  – @valeriabarcellosoficial

Renan Mattos – @orenanmattos

Thales César – @thalescesarofc

Bruno Sigrist  – @brunosigrist

Bruna Pazinato – @bpazinato

Jessé Scarpellini – @jscarpellini

João Victor  –  @joaovictorps 

João Ferreira – @notjoaoferreira

Helena Bastos – @helebastos

Mô Amaral – @moamaralg

Sinopse

O musical reimagina a clássica história de Alice no País das Maravilhas em meio ao caos e à destruição da guerra. A trama acompanha Alice, uma jovem que se refugia em seu livro desgastado de Alice no País das Maravilhas, enquanto está presa em um abrigo antibombas com seu amigo de infância Alfred, que está gravemente doente. Enquanto os horrores da guerra se intensificam, Alice escapa para um mundo de fantasia onde pode reescrever sua própria história e encontrar força para lidar com a realidade brutal ao seu redor.

Serviço

Alice de Cor e Salteado

Temporada: 7 junho a 4 agosto de 2025 

  • Sextas, sábados e segundas às 20h30
  • Domingos: 

Dia 8 de junho, às 16h e 18h30 

15 de julho a 29 de junho, às 18h30

6 de julho a 3 de agosto, às 16h

Teatro Estúdio – Rua Conselheiro Nébias 891, Campos Elíseos, São Paulo

(Próximo ao metrô Santa Cecília)

Ingressos: R$ 140,00 (inteira) / R$ 70,00 (meia)

Vendas online em Sympla. Bilheteria física aberta 3 horas antes do espetáculo.

Classificação: Livre

Duração: 90 minutos

Capacidade: 170 lugares

Acessibilidade no local

Contato: (11) 97474 1912

Instagram: @oteatroestudio

Serviço de Valet no local.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sugeridos
AgendaFestivais

“Poemaria” concorre no Festival Curta! Documentários  

De 2 de junho a 2 de julho, o documentário “Poemaria” de...

AgendaTeatro

“Clara Nunes – A Tal Guerreira” chega a Belo Horizonte e Rio de Janeiro

Após temporadas em São Paulo e Fortaleza, o musical “Clara Nunes –...

AgendaFestivaisFilmes

Curitiba recebe a 14a edição do Festival Olhar de Cinema

Está começando a 14ª edição do Olhar de Cinema - Festival Internacional...

AgendaTeatro

“Boate das Fadas” estreia no Sesc Copacabana

Na comédia “Sonho de uma Noite de Verão”, de William Shakespeare, a...

Agenda

Venus Garland e Julio Lino abrem a 4ª edição do Negras Melodias Show

As múltiplas vertentes da música negra atual são celebradas pela quarta edição...

AgendaEducação

Projeto “Amazônia na Mala” celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente

Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de...

AgendaEntrevistasTeatro

Angela Rebello: entrevista com a indicada a melhor atriz no Prêmio APTR 2025

Angela Rebello é, sem dúvida, uma das grandes atrizes brasileiras do nosso...

AgendaDançaFestivais

Festival Visões Urbanas transforma São Paulo no centro da Dança Contemporânea

Aberto às diversas tendências da dança e da performance contemporâneas, o Visões...

AgendaEducação

MAM Educativo realiza encontro para discutir a promoção de uma educação antirracista

O MAM Educativo, do Museu de Arte Moderna de São Paulo, convida pessoas...

AgendaTeatro

Bumba-Meu-Boi em novo espetáculo, exposição e videocast 

CClarin Cia. de Danç anuncia novas ações do projeto “Terras de Águas...

AgendaMúsica

Domenico Nordio e os sopros da UFRJ na Sala Cecília Meireles

A Sala Cecilia Meireles apresenta sexta-feira, dia 13 de junho, às 19...

Taslim com prêmio e livro
AgendaLiteratura

Taslim vence prêmio com livro “A Dáie de Vários Nomes”

Taslim inicia uma trajetória também na literatura. “A Dáie de Vários Nomes”,...