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“Poesia a Ferro e Fogo” no Sérgio Porto

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Em “Poesia a Ferro e Fogo”, o artista Marcelo Rezende propõe um olhar particular sobre a arquitetura, a história e a cultura do Brasil. Através de sua obra, ele convida o espectador a um lugar onde a arte não é só uma representação, mas um processo contínuo de reinterpretação e reconstrução dos imaginários de cada um. A Galeria do Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto abriga esta exposição individual, que será inaugurada no dia 1º de fevereiro, sábado, das 16h30 às 20h. A visitação segue até 23 de fevereiro, de quarta a domingo, das 16h às 21h, com entrada gratuita.

Com uma trajetória consolidada entre a arte e o design, Marcelo Rezende propõe uma reflexão sobre a urbanidade e a cultura brasileira, utilizando-se de formas e materiais que evocam tanto a memória quanto a transformação. Formado em Design e com estudos em arte na Suíça Alemã e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rezende se coloca como um mensageiro da poética visual, capaz de nos transportar para universos intensos e multifacetados.

A exposição “Poesia a Ferro e Fogo” revela um olhar sobre as periferias, marcadas pela escassez e pela contradição, mas também potentes criadoras de cultura e estética. Trazendo uma crítica à ordem social, o artista revisita o cenário urbano brasileiro através de um trabalho intenso com ladrilhos, gradis e elementos da arquitetura suburbana, criando novas leituras para esses objetos carregados de memória histórica.

Marcelo apresenta em suas obras uma cartografia do imaginário coletivo, onde os espaços sem Estado e sem comando ganham vida através de cores e formas que contestam e reconfiguram a paisagem da cidade. “Em sua pesquisa visual, o artista reconstrói a memória com a força do ferro e do fogo, incorporando o símbolo da luta cotidiana em um campo de ideias onde cada elemento expressa poesia e resistência”, revela o texto crítico de Mario Camargo.

Poesia a Ferro e Fogo

Imaginar é ver sem saber.

Expressar coisas que ainda não podem ser entendidas é função do artista.

O elogio a beleza e a poesia ou mesmo o estranhamento ao conceito do belo é o caminho de Marcelo Rezende.

Formado em Design, estudou arte na Suíça Alemã e com mestres da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, é também produtor de exposições, e toda essa bagagem faz deste artista um experiente mensageiro para nos transportar em universos únicos.

Esta periferia tropical, gerada por muitos sentimentos, fruto de um ambiente contraditório e que serve de espaço de morada dos verdadeiros representantes do povo brasileiro, será o caminho que trilharemos com Marcelo.

No melhor ou pior sentido, estes espaços, são forjados pela escassez, mas conseguem desenvolver uma potência criativa, cultural e estética, capaz de penetrar e influenciar os grandes centros.

Atos gerados por fuzis spray colorem e promovem um paradigma social e incorporam a cidade sua contestação social.

São cidades dentro da cidade, cidades camufladas, poderes e regras paralelas de governos instituídos sorrateiramente. Núcleos onde não existe Estado e comandos são ocultos nos substratos do sistema. Enquanto isto, na superfície, a vida segue, cheia de cores, sabores, sons e potente poética.

Todos estes vetores são desromantizados, desconstruídos e reestruturados artisticamente nesta exposição.

Neste espaço, canteiro de obras, campo das ideias, Marcelo corta a ferro e fogo as grades das janelas e portas suburbanas e fabrica uma nova leitura dos ladrilhos, contadores de história da colonização portuguesa dos nossos casarios.

Sem deteriorar a arquitetura, sem quebrar a marretadas revestimentos e rebocos, Marcelo reconstroem a nossa memória com seus ladrilhos, gradis e com seus Clóvis dos carnavais suburbanos.

Respirar o contemporâneo e processar esta busca das origens, faz Marcelo atravessar a ortogonalidade da arte que promete o que não pode cumprir, e cria dentro de sua impaciência pictórica, uma vertente cartográfica desta reencarnação.

Arte é Processo.

Mário Camargo

Serviço

“Poesia a Ferro e Fogo” – individual de Marcelo Rezende

Abertura: 1º de fevereiro, das 16h30 às 20h

Visitação: até 23 de fevereiro de 2025

Funcionamento: de quarta a domingo das 16h à 21h

Local: Galeria do Espaço Cultural Municipal Sergio Porto

Endereço: Rua Humaitá, 163 – Humaitá, Rio de Janeiro

Informações à imprensa: BriefCom Assessoria de Comunicação

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