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Rio recebe sua primeira bienal internacional de arte contemporânea em setembro

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O mês de setembro será um marco histórico no circuito carioca das artes e na agenda oficial de eventos internacionais da cidade, quando, a partir do dia 05, o Rio sediar a TRIO Bienal, sua primeira bienal internacional de arte contemporânea, que tem como inspiração duas já consagradas bienais: a de Veneza e a de São Paulo. A Cidade conta com feiras internacionais de arte como a ArtRio, que vai acontecer entre os dias 10 e 13 também deste mês, e possui forte tradição escultural –  do Neoconcretismo à Arte Cinética –  concentrando nomes chave da investigação tridimensional brasileira como: Sérgio Camargo, Franz Weissmann, Amílcar de Castro, Abraham Palatnik, Helio Oiticica, Lygia Clark, Waltécio Caldas, Nélson Leirner, dentre muitos outros que nasceram ou construíram suas carreiras no Rio.

Com produção executiva de Alexandre Murucci e curadoria de Marcus de Lontra Costa – um dos mais importantes curadores brasileiros, que assinou a icônica mostra “Como vai você, Geração 80?” e foi diretor do MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – , a TRIO Bienal irá acontecer, até 26 de novembro, reunindo 160 artistas de 44 países, em exposições e eventos distribuídos em onze diferentes localidades, incluindo os principais museus, centros e instituições culturais privadas do Rio de Janeiro.

Todas as obras abordarão o tridimensional, ou seja, práticas voltadas para a espacialização e a volumização das obras, seja nos seus formatos mais óbvios: escultura, instalações e objetos, seja em outros campos ampliados: pintura, fotografia, performance, vídeo e outros suportes. O tema da curadoria, “Quem foi que disse que não existe amanhã?”, verso de letra de uma música do rapper Marcelo D2, vem para provocar e quase reassegurar aqueles presos em um discurso fatalista de crise, que se sentem em ameaça política e econômica constantes e se recusam a tentar ver o que se oferece mais à frente, além de propor um diálogo subjetivo em torno da relação instável que viemos estabelecendo com o tempo ao longo das últimas décadas, estimulando e convidando um posicionamento do olhar artístico em meio ao pensamento contemporâneo

A cerimônia oficial de abertura será no dia 05, sábado, às 15h, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, com o apoio da FVG e do Instituto Niemeyer de Políticas Urbanas e Culturais, onde será inaugurada a exposição “Celebrando Franz Weissmann”, um dos maiores nomes da escultura brasileira e do Movimento Neoconcreto em todo o mundo, com suas obras de grande escala no terraço do complexo.

Durante a mostra, o público poderá conferir de perto obras de arte de renomados artistas, como Marina Abramovic,  Joana Vasconcelos, Daniel Buren, Xavier Veilhan, Los Carpinteros, Vik Muniz, Marepe, Anna Bella Geiger, Joseph Kosuth, Han Ho, Eliane Prolik, Diango Hernandez, além da performance do paulista Rodolpho Parigi – Levitação ( Fancy Violence ), que abre a sala do Centro Cultural Banco do Brasil às 19:00h do dia 7 de Setembro.

A TRIO Bienal faz parte das comemorações dos 450 anos do Rio de Janeiro e é um evento de arte que tem como meta fortalecer a posição da cidade no circuito internacional de arte contemporânea, atraindo pessoas do mundo e do Brasil, e permitindo maior acesso a um universo que, muitas vezes, se mantem cristalizado e segregado como pertencente apenas à alta cultura. Esta é uma ótima oportunidade para conhecer trabalhos de artistas bastante conhecidos, outros nem tanto, e diversificar o olhar ao longo de três meses, tempo suficiente pra visitar e revisitar as exposições que mais gostarem.

Abaixo, uma longa lista para quem quiser se programar, com os locais, suas temáticas e os nomes dos artistas que foram convidados a expor suas obras.

Agenda TRIO Bienal 2015

Memorial Getúlio Vargas

Utopias – Pretéritos da Contemporaneidade

Abertura para o público: 8/09

Dias de visitação: De terça a domingo

Horários: de 10h até 17h

Informações: (21) 2245.7577 ; (21) 2557.9444

Mostra com obras tridimensionais de enfoque político ou social, dividida em dois focos – Embates e Conflitos.  No enfoque Embates – apresentando questões universais e atávicas de fricções sociais e históricas, tanto filosóficas quanto permanentes.  Em Conflitos – um enfoque sobre o momento de crises, no Brasil e no mundo, confrontando questões de território, diásporas, êxodos, identidades e esperanças. Dentro do tema da TRIO Bienal “Quem foi que disse que não existe amanhã”,  este módulo se coloca como sua reflexão principal.

  1. ARTISTAS:
  2. Afonso Tostes – Rio de Janeiro
  3. Alex Flemming – São Paulo
  4. Alexandre Colchete – Rio de Janeiro
  5. Alia Al Farsi – Omã
  6. Ana Miguel – Rio de Janeiro
  7. Anna Bella Geiger – Rio de Janeiro
  8. Armando Queiroz – Pará
  9. Betelhem Makonenn – Etiópia
  10. Carlos Melo – Pernambuco
  11. Cat Auburn – Nova Zelandia
  12. Cildo Meirelles – Rio de Janeiro
  13. Claudia Hersz – Rio de Janeiro
  14. Deyson Gilbert – Pernanbuco
  15. Fábio Carvalho – Rio de Janeiro
  16. Faig Ahmed – Azerbaijão
  17. Felipe Barbosa – Rio de Janeiro
  18. Gonçalo Mabunda – Mozambique
  19. Haytham Nawar – Egito
  20. Isaque Pinheiro – Portugal
  21. José Rufino – Paraíba
  22. Karlyn de Jongh – Holanda
  23. Khaled Hafez – Egito
  24. Los Carpinteros – Cuba
  25. Lourival Cuquinha – Pernambuco
  26. Mahmoud Obaidi  – Iraque
  27. Marcelo Silveira – Pernambuco
  28. Matheus Rocha Pitta – Rio de Janeiro
  29. Matter Bin Laheg – UAE
  30. Mauricio Ruiz – Rio de Janeiro
  31. Michal Martychowiec – Polônia
  32. Mounir Fatmi – Marrocos
  33. Nelson Félix – Rio de Janeiro
  34. Paul Ramirez Jonas –  Honduras
  35. Paul Rosso – França
  36. Rashid Al Khalifa – Bahrain
  37. Regina de Paula – Rio de Janeiro
  38. Reginaldo Pereira – São Paulo
  39. Rok Bogataj – Eslovênia
  40. Sadik AlFraji – Iraque
  41. Shilpa Gupta – India
  42. Sholpan Sharbakova – Kazaquistão
  43. Susan Mains – Granada
  44. Tom Dale – Reino Unido
  45. Vik Muniz – Rio de Janeiro
  46. Vincent JF Huang – Vanuatu
  47. Vitor Cesar – Ceará
  48. Washington Silvera – Parana

IED – Instituto Europeo de Design

Reverberações – Cruzamentos Universais de Tridimensionalidade

Abertura: 8/09

Funcionamento: de segunda até sábado, de 9h até 21h

Um panorama da investigação tridimensional, no que tange sua relação com a vida cotidiana, suas conexões e cruzamentos com outras áreas criativas que preenchem a vida real – o design, a arquitetura, a ciência, a moda, a literatura, a memória. Um recorte no triunfo dos preceitos duchampianos que hoje se contrapõem à nossa vida cada vez virtual, dando à ordem física do mundo, uma função mais necessária e ampla.

  1. ARTISTAS:
  2. Alexandre Mazza – Rio de Janeiro
  3. Ana Linnemann – Rio de Janeiro
  4. C.L. Salvaro – Rio de Janeiro
  5. Cristián Silva-Avaria – Chile
  6. Daniel Acosta – Rio Grande do Sul
  7. Evandro Soares – Goiás
  8. Felippe Moraes – Rio de Janeiro
  9. Gabriela Noujaim – Rio de Janeiro
  10. Ge Orthof – Rio de Janeiro
  11. Gisela Milman – Rio de Janeiro
  12. Leo Videla – Rio de Janeiro
  13. Luciano Zanette – Rio Grande do Sul
  14. Luiz Monken – Rio de Janeiro
  15. Monica Penazzi – Italia
  16. Osvaldo Carvalho – Rio de Janeiro
  17. Paulo Nazareth – Minas Gerais
  18. Paulo Pereira – Bahia
  19. Peter Robinson – Nova Zelândia
  20. Rashid Al Khalifa – Bahrein
  21. Rene Rietmeyer – Holanda
  22. Rodrigo Matheus – São Paulo
  23. Rodrigo Sassi – São Paulo
  24. Rommulo Vieira Conceição – Bahia
  25. Tom Dale – Reino Unido
  26. Toz – Bahia

CCBB – Centro Cultura Banco do Brasil

Forma e matéria – Limites do Tridimensional em Campos Expandidos

Abertura para o público: 9/09 (o CCBB fecha as terças)

Funcionamento: de quarta a segunda feira, das 9h às 21h

Um olhar sobre conceitos matéricos na produção tridimensional, obras que exploram os limites da investigação da forma, apresentando obras perecíveis, orgânicas, comestíveis, invisíveis, atômicas, sonoras, residuais, robóticas, mecânicas e tecnológicas, além de outras que atingem áreas da criação tridimensional em seus campos expandidos – pintura, fotografia, desenho, vídeo e performance.

ARTISTAS:

  1. Beth Jobim – Rio de Janeiro
  2. Celina Portella – Rio de Janeiro
  3. Dane Mitchell – Nova Zelândia
  4. Débora Engel – Rio de Janeiro
  5. Diango Hernández  – Cuba
  6. Eliane Prolik – Paraná
  7. Floriano Romano – Rio de Janeiro
  8. Gisele Camargo – Rio de Janeiro
  9. Han Ho – Coréia do Sul
  10. Joseph Kosuth – USA
  11. Marcos Chaves – Rio de Janeiro
  12. Marina Abramović – Sérvia
  13. Pedro Motta – Minas Gerais
  14. Ricardo Alcaide – Venezuela
  15. Rodolpho Parigi – São Paulo
  16. Tiago Tebet – São Paulo
  17. Tom Dale – Reino Unido
  18. Valerie Hegarty – USA
  19. Vanderley Lopes – Rio de Janeiro
  20. Zavén Paré – França

Paralelas TRIO

Paço Imperial 

Felippe Moraes – “Movimento Pendular”

Abertura: 9/09

De terça feira a domingo, das 12 às 18h

Uma performance pictórica-quântica-espiritual de uma ação tridimensional. Uma escultura feita de tempo !

Museu Castro Maya

Gravidade – Tensão e Elasticidade 

Abertura: 11/09

Funcionamento: de quarta a segunda feira, das 12h às 17h

Obras em que o foco de investigação tridimensional são equações de tensionamentos e coeficientes de elasticidade usados como parâmetro de construção de uma ideia formal e tendo como embate, a força gravitacional como vetor externo, na composição final do objeto artístico.

ARTISTAS:

  1. Ana Holck – Rio de Janeiro
  2. Lara Felipe – Espirito Santo
  3. Marc Schmtiz – Mongólia
  4. Maxim Malhado – Bahia
  5. Osvaldo Gaia – Pará
  6. Tobias Putrih – Eslovênia
  7. Xavier Veilhan – França

Centro Cultural Parque das Ruínas

Gravidade – Equilíbrio e Balanço 

Abertura: 11/09

Funcionamento: de terça feira a domingo, das 8h às 20h

Trabalhos em que a força gravitacional é o vetor principal da investigação do artista, seja como parâmetro real, quântico, seja como simulacro estético/poético de criação tridimensional, onde a fatura final da obra apresenta sempre a questão do equilíbrio e a dinâmica do balanço com razão estética.

ARTISTAS:

  1. Ana Dantas – Rio de Janeiro
  2. Asher Mains – Granada
  3. Dane Mitchel – Nova Zelândia
  4. Flávio Cerqueira – Rio de Janeiro
  5. Fyodor Pavlov-Andreevich – Russia
  6. Joseph Klibansky – Holanda
  7. Manfred Kielnhofer – Austria
  8. Nazareth Pacheco – Rio de Janeiro
  9. Raul Mourão – Rio de Janeiro
  10. Tulio Pinto – Rio Grande do Sul

Museu Castro Maya 

Regina Silveira – “Grafias e Bordados”

A TRIO Bienal 2015 tem a honra de ter a grande dama da arte contemporânea brasileira entre suas mostras paralelas. Especialmente convidada para o projeto Os Amigos da Gravura dos Museus Castro Maya, a artista apresenta o uso inusitado que vem fazendo dos bordados em ponto de cruz, ferramenta que aponta para um aspecto performativo em seu trabalho. Nesta linha de pesquisa, a artista tem composto obras extensas para revestir arquiteturas de grande porte, como o MASP e o pórtico interior do Museu Amparo (Puebla, México).

Museu Nacional de Belas Artes

Reflexões sobre o Reflexo – Dinâmicas do Cinetismo no Tridimensional

Abertura: 11/09

Funcionamento: de terça a sexta-feira, das 10 às 18 h

Sábados, domingos e feriados das 12h às 17 h

Uma mostra que explora questões de espelhamentos e opacidades na construção tridimensional, a partir de obras que tem como dinâmica propor uma leitura do reflexo, como possibilidade cinética do objeto escultórico, numa tradição que começa em Brancusi e vai até Anish Kapoor

 ARTISTAS:

  1. Anish Kapoor – Reino Unido
  2. Arthur Lescher – São Paulo
  3. Ayrson Heráclito – Bahia
  4. Bruno Borne – Rio Grande do Sul
  5. Cildo Meireles – Rio de Janeiro
  6. Cláudio Alvarez – Argentina
  7. Cleber Machado – São Paulo
  8. Constantin Brancusi – Romênia
  9. Elian Stolarsky – Uruguai
  10. Eliane Prolik – Paraná
  11. Eyal Gever – Israel
  12. Heleno Benardi – Rio de Janeiro
  13. Hilal Sami Hilal – Espirito Santo
  14. Hugo Mendes – Paraná
  15. Ivan Navarro – Argentina
  16. Marcia Xavier – Minas Gerais
  17. Marta Jourdan – Rio de Janeiro
  18. Mônica Piloni – São Paulo
  19. Valeska Soares – Minas Gerais
  20. Vauluizo Bezerra – Sergipe

Museu Histórico Nacional

Transversalidades das Identidades Tropicais 

Abertura: 12/09

Funcionamento: de terça a sexta feira, das 10h às 17h30

Sábados, domingos e feriados das 14 às 18 h

Uma visão da produção tridimensional que tem como resultados formais, transbordamentos de cores e matérias que unem identidades de uma certa latitude tropical, encontradas em artistas de todo o mundo e que reverberam ideários estéticos caros à movimentos importantes na produção da arte brasileira, como a Tropicália, as Vanguardas Pops, a cultura carnavalizante, o Barroco, a cultura popular e outras conexões de lastro emocional-estéticos.

ARTISTAS:

  1. Almandrade – Bahia
  2. Andrea Brown – Rio de Janeiro
  3. Barrão – Rio de Janeiro
  4. Bruno Miguel – Rio de Janeiro
  5. Camille Kachani – São Paulo
  6. Carina Bokel Becker – Rio de Janeiro
  7. Carlos Krauz – Rio Grande do Sul
  8. Daniel Buren – França
  9. Deneir Martins – Rio de Janeiro
  10. Denise Milan – São Paulo
  11. Estela Sokol – São Paulo
  12. Giuseppe Linardi – Itália
  13. Henrique Oliveira – São Paulo
  14. Joana Vasconcelos – Portugal
  15. Laerte Ramos – São Paulo
  16. Laurence Jenkell – USA
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