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Formado por grandes nomes do indie carioca, Terceiro Mundo Bom lança EP de estreia

Retomando um sonho, nas palavras do vocalista Diogo Brandão (Rockz, Benflos), a Terceiro Mundo Bom chega com seu primeiro trabalho, auto-intitulado, satirizando a sociedade enquanto conta histórias do Rio de Janeiro. Os veteranos da cena carioca disponibilizam o EP “Terceiro Mundo Bom” nas plataformas de música digital, por meio do selo Sagitta Records.
Confira o faixa-a-faixa abaixo
O álbum traz a performance teatral que marca o trabalho de Diogo com um olhar novo sobre o Brasil de 2019. Embaladas por uma mescla de influências que transitam por MPB, pop rock, rap e trip hop envoltas em um lirismo rasgado, as faixas vão desde relacionamentos voláteis até amores que surgem no meio de um protesto. A bem-humorada “Black Bloc Apaixonado” contextualiza as manifestações que tomaram conta do país nos últimos anos em uma inusitada história de amor.
“O Rio continua sendo a cidade partida que sempre foi, isso parece que nunca vai mudar. Uma Zona Sul de contos de fadas, periferias esquecidas pelo governo e comunidades entregues ao poder paralelo. Muitas cidades em uma só. Mas o senso de humor do carioca continua super afiado, apesar de tudo, e isso é bom”, reflete Brandão.

“Ataque Soviético” e “Agora vai” mostram o potencial pop da banda, enquanto “Pérolas irregulares” encerra o EP incorporando influências tropicalistas às guitarras a la Queens of the Stone Age. A faixa-título foi a escolhida para ganhar um clipe que traz um clima de filme de terror trash com aventura de Sessão da Tarde, ao mesmo tempo que explora as ruas do Centro do Rio e Lapa e uma área abandonada do Joá, na Zona Sul da cidade.

Fruto do encontro entre os amigos de longa data Diogo e Marcos Almir (Revolt) em um festival, tanto o álbum quanto a formação da banda são a realização do desejo de seus integrantes: gravar imersos em um estúdio, com grandes amigos e participações especiais.
“Esse momento da banda representa exatamente isso, essa retomada de um sonho que insiste em acompanhar seus integrantes. Ter uma banda que nos dê orgulho e que rode o Brasil e o mundo com a nossa ‘cachaça’, que é fazer música e tocar, sempre”, afirma Diogo sobre o que moveu a criação da banda e a gravação do EP.  
Contando com a produção de Lucas Vasconcellos (guitarrista da formação atual da Legião Urbana, Letuce), o EP conta com a participação de Donatinho, que assina todos os synths e teclados do disco, e Gabriel Ventura (Ventre, Lenine), que toca em duas faixas. Além deles, o álbum conta com arranjos de metais de Vitor Tosta no trombone e Pedro Paulo, do Bloco do Sargento Pimenta.
Além de Diogo (voz) e Marcos (guitarra), a Terceiro Mundo Bom também conta com Robson Riva na bateria (B Negão e os Seletores de Frequência) e Guga Leão no baixo.
“Terceiro Mundo Bom” está disponível em todos os serviços de streaming.
Ficha técnica:
Produzido por Lucas Vasconcellos e Terceiro Mundo Bom
Gravado por Elton Bozza no Pavão Preto Estúdio.
Bateria e Baixo gravado no Melhor do Mundo Estúdios-RJ
Mixado por Márcio Gama
Guitarras adicionais – Sadol Estúdio e Gabriel Ventura
Teclados – Donatinho
Metais: Vitor Tosta e Pedro Paulo
Masterizado por Sun Room Audio NY/EUA
 
Faixa-a-faixa, por Diogo Brandão:
“Terceiro Mundo Bom”
Música que acabou dando nome à banda. A canção fala sobre um cara que se apaixona por uma garota num carnaval, ela rouba os pertences dele e some. Mesmo assim ele se apaixona por ela. Foi a música escolhida pra ser o nosso clipe de estreia. Rock dançante com metais e sintetizadores oitentistas. Pra quem gosta de Stranger Things e referências bacanas da década de 80 e 90.
“Black Bloc apaixonado”
Trip hop coloquial com elementos de rap. A letra conta a história de um Black Bloc adolescente que se apaixona por uma PM “já quase coroa”, bem no meio de uma manifestação, entre balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Nessa canção, a produção musical de Lucas Vasconcellos (atual Legião Urbana) brilha nos timbres e no arranjo, com participação do próprio, tocando alguns instrumentos.
“Ataque Soviético”
Rock ultra dançante pra animar qualquer festa para pessoas desinibidas e sacanas. No melhor clima de desbunde dos anos 90, quando a gente via “banheira do Gugu” na TV e ninguém se importava com o politicamente correto que policia as redes sociais de hoje em dia. Música pra ouvir bebendo, dançando e pirando geral como se não houvesse amanhã.
“Agora Vai”
Rock Power Pop com malícia sutil que tem tudo pra entrar em alguma trilha de novela, caso a novela em questão tenha um produtor esperto o bastante pra reconhecer o potencial imediato da canção. Um riff de guitarra inconfundível e participação de Gabriel Ventura. (Lenine e Ventre).
“Pérolas Irregulares”
Canção vigorosa com elementos de música brasileira, com clara influência de Tropicália e Mangue Beat. Melodia chiclete e lirismo rasgado na letra. Chico Science, Caetano e Lenine seriam alguns dos heróis da MPB que influenciam e temperam essa pérola pontiaguda com muita guitarra Fuzz e podreira ao estilo Queens of a Stone Age.

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