Sete bandas importantes que nunca vimos no Brasil (e provavelmente nunca veremos)

Por mais que depois do primeiro Rock in Rio, em 1985, o Brasil tenha entrado na rota das turnês mundiais, muitas bandas importantes nunca aportaram com seus shows por aqui. O que causa mais tristeza nos roqueiros é que muitas nunca virão. Seja por que já acabaram, ou por falta de interesse dos agentes da banda, empresários brasileiros, ou simplesmente do nosso público tão chegado ao mais do mesmo do pop internacional e de sucessos nacionais de qualidade duvidosa. Fizemos aqui uma lista de sete bandas essenciais que nunca vimos, e, infelizmente, talvez nunca vejamos…

Led Zeppelin


Ok, Robert Plant já veio algumas vezes, uma delas com seu parceiro de Zepp, Jimmy Page. Aquelas duas noites – uma no Rio e outra em São Paulo – no Hollywood Rock de 1996, foi o mais próximo que tivemos de ver o zepelim de chumbo ao vivo. Mas nos anos 70 o Brasil não fazia parte do showbiz internacional, embora se aventurassem por nossas terras um Alice Cooper aqui, um Genesis acolá.
Houve uma reunião histórica em Londres em 2007. Cogitou-se uma turnê mundial, mas não rolou. Plant em suas declarações costuma ser firme no propósito de não voltar com a banda. Alega ser impossível repetir uma performance como a do O2 Arena (muito próxima da dos velhos tempos) durante várias noites. Ainda existe esperança dos fãs que a nova reunião aconteça. Mas até o mais otimista dos zeppelianos já deve ter perdido as esperanças.

Eletric Light Orchestra


A banda de Jeff Lynne e cia é sem dúvida uma das mais importantes da História do rock e está no panteão das mais relevantes do rock inglês. Pena que por aqui não haja o mesmo prestígio, embora ‘Last Train to London’ tenha feito seu sucesso ali no final dos anos 70 por conta do seu ritmo discotheque. O ELO foi lembrado no filme “Guardiões da Galáxia Vol. 2”, com a música ‘Mr. Blue Sky’ tocada durante a divertidíssima cena dos créditos iniciais.

Eagles


Não há quem não conheça o hit indelével ‘Hotel California’. No entanto, isso parece não ter sido suficiente para despertar interesses nos empresários brasileiros para trazer o Eagles ao país. Aqui eles são  one hit woners, mas nos EUA são uma verdadeira instituição. Tanto que em 1999, a coletânea “Their Greatest Hits (1971-1975)” foi o disco mais vendido de todo o século 20 por lá, desbancando “Thriller” de Michael Jackson. Mas a morte do rei do pop impulsionou as vendas e o álbum de Michael retomou a dianteira. Mesmo com a morte do líder Glenn Frey em 2016, o grupo segue na ativa. Então não custa nada sonhar…

Pink Floyd


Roger Waters tem shows no Brasil marcados para outubro de 2018. Será a turnê do fundador do Pink Floyd ao país. David Gilmour esteve por aqui em 2016. Tivemos fragmentos, mas nunca a banda inteira, ou, pelo menos, dois de seus ex-membros juntos. Na última turnê do PF, a The Division Bell Tour (que só rodou o hemisfério norte), houve rumores de uma possível vinda ao Brasil.
Não seria impossível. Até porque Já havíamos recebido Paul McCartney, Madonna, Michael Jackson e Rolling Stones. Parece que até Pelé tentou usar de sua influência global em um encontro com Gilmour, Nick Mason e Richard Wright para viabilizar um show por aqui. Mas nada feito.
Em 2016, depois de 20 anos de silêncio – e uma reunião no Live 8 no meio – David Gilmour anunciou o fim da banda. Um retorno? Mesmo sem Wright (o tecladista faleceu em 2008) é possível, já que Mason, Gilmour e Waters estão na ativa. Mas, sinceramente, é melhor não sonhar.

King Crimson

É outro caso em que o desconhecimento por parte do público brasileiro deve ter desanimado os empresários. Um dos nomes mais relevantes do rock progressivo, tem uma base de fãs ardorosos por aqui, embora não muito numerosos. Mesmo enveredando por outras searas (do metal ao new wave) mantiveram o respeito e a credibilidade dos fãs. Alguns membros já vieram ao Brasil em respectivos projetos solo. Mas queremos mesmo é ver a banda completa.

Blondie


A banda novaiorquina tem à sua frente um dos maiores símbolos do empoderamento feminino do rock, a diva Debbie Harry. No caso do Blondie não se pode alegar impopularidade por aqui. Músicas como ‘Heart of Glass’, ‘One Way Or Another’, ‘Call Me’ e ‘Maria’ (essa já da reunião em 1999) são bastante conhecidas por aqui. O último disco foi lançado no ano passado e a banda tem excursionado. Não custava nada uma passadinha por aqui.

Beatles


Quando o fab four terminou o Brasil não estava no mapa. Pelo menos não do showbiz internacional. Então assistimos a beatlemania de longe. Paul veio várias vezes ao Brasil (a maioria delas nos últimos sete anos), Ringo Starr duas. E uma turnê dos dois juntas é muito improvável. Ainda mais usando o nome Beatles. Em 1995, quando foi lançado o Anthology, especulou-se uma reunião. Na época George Harrison ainda estava vivo. Especula-se que fora oferecida uma quantia exorbitante para o trio excursionar. Como dinheiro é uma coisa da qual eles não precisam, declinaram.
O prefeito do Rio da época, Cesar Maia (mais conhecido como prefeito maluquinho), chegou a prometer um show dos Beatles com o filho de John Lennon no lugar do pai (!!!!!) no Réveillon de Copacabana de 1997 (!!!). claro que não rolou. Em entrevista à Rolling Stone em 2012, Paul  chegou a comentar que quando os quatro integrantes eram vivos, ocorreu a ideia de uma volta. No entanto foi logo descartada por não “haver paixão suficiente para isso”. A mágica dos Beatles só mesmo na memória e nos shows do Paul.

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