Tudo o que há construído no mundo um dia foi um desenho – virtual ou físico. A arte de desenhar está intimamente ligada à experiência humana na Terra, desde tempos imemoriais, quando, ainda na Idade da Pedra Lascada, nossos antepassados primitivos registraram nas paredes das cavernas um pouco de seu cotidiano, provando que possuíam capacidade simbólica, intelectual e artística semelhante à do homem atual.
O desenho oferece instrumentos para o ser humano fazer, pensar, fabular, projetar e habitar mundos possíveis. Entretanto, não há ainda um saber constituído a respeito do desenho. É para ocupar essa lacuna que o Centro Cultural Banco do Brasil apresenta o FESTIVAL DESENHO VIVO, que durante todo o mês de julho vai explorar o universo do desenho, com oficinas, webinário, mostra de animação e shows musicais. Todas as atividades são gratuitas.
De 7 de julho a 1º de agosto, os jardins do CCBB Brasília serão transformados em verdadeiros ateliês que prometem aprofundar o conhecimento de crianças e adultos em vários segmentos que perpassam a arte do desenho.
E através do canal do Banco do Brasil no YouTube e no canal do próprio Festival Desenho Vivo, será possível acompanhar um webinário que conta com a participação de grandes nomes do universo da arte no Brasil e no mundo, além do show musical “Sob o Céu Nordestino”, que fará homenagem à música e à poesia do nordeste, com apresentação ao vivo de músicos e desenhistas.
Logo na noite de abertura, o festival contará com a participação do curador venezuelano Luis Pérez-Oramas, escritor, poeta e PhD em História da Arte pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris. Nome de ponta do ambiente artístico mundial contemporâneo, Pérez-Oramas já atuou como curador da Bienal Internacional de São Paulo e foi, durante 12 anos, curador de arte latino-americana para o MoMA em Nova York.
O FESTIVAL DESENHO VIVO foi concebido e tem curadoria de Gregório Soares Rodrigues, coordenação de criação de Carol Nogueira e produção executiva de Juana Miranda. Realização do Centro Cultural Banco do Brasil e patrocínio do Banco do Brasil.
O FESTIVAL
“Não há uma maneira de se fazer um desenho – há apenas o desenhar”. Foi assim, parafraseando o artista norte-americano Richard Serra, que surgiu a ideia de um festival para congregar a grande diversidade de saberes que envolve o desenho (ou a arte de desenhar) e os indivíduos que desenham. Quem, o que, onde, como e por que se desenhou e se desenha tanto? De onde vem essa capacidade de persistir no tempo, de se fazer presente, de sobrevivência mesmo do desenho em tantos e diversos corpos, meios e contextos? Estas e outras questões serão abordadas por artistas, estudiosos, curadores durante as diversas atividades do festival e depois farão parte de um catálogo, a ser lançado no encerramento, com um registro dos textos e imagens produzidos desta arte tão difundida e ao mesmo tempo tão pouco discutida.
O FESTIVAL DESENHO VIVO tem caráter multidisciplinar, deseja promover o encontro de artistas, professores, curadores e especialistas em um momento de reflexão sobre o desenho, buscando traçar um panorama do desenho contemporâneo no Brasil e no mundo. A intenção é ampliar ao máximo o alcance das expressões do desenho, abrigando, além de artistas, estudantes e interessados em geral, segmentos específicos contemplados na programação, como arquitetos, designers, animadores, quadrinistas, ilustradores, educadores e amadores.
As atividades serão divididas entre um webinário (termo usado para designar um seminário realizado de forma virtual), desenhotecas, ateliês livres, ateliês infanto-juvenis, oficinas, debates sobre animação, mostra de animação e shows musicais. Para o webinário foram convidados, como curadores, nomes como a doutora em Letras e professora da PUC/RJ Ana Kiffer, a artista, educadora e curadora Stella Barbieri, o doutor em História e Teoria das Artes Visuais Átila Regiani, a curadora e pesquisadora de arte indígena Naine Terena, e a doutora em História da Arte Maria do Carmo Couto da Silva, dentre outros.
Para os ateliês – em que o artista poderá expor para o público seu percurso e suas estratégias práticas – foram chamados artistas de diferentes vertentes, como o premiado escritor e ilustrador Roger Mello, o artista plástico e quadrinista Lucas Gehre, a artista visual e artista educadora Raísa Curty e muitos outros. Haverá ainda oficinas de desenho, ministradas pelo desenhista, pintor e animador Renato Moll. Será necessário fazer inscrição prévia. As inscrições podem ser feitas a partir das 9h de cada segunda-feira, no site do Eventim, e cada CPF poderá retirar até 4 ingressos – caso haja desistência, as vagas serão disponibilizadas para o público espontâneo.
No entanto, as desenhotecas, que estão distribuídas ao longo de toda a programação, serão realizadas nas manhãs e tardes dos dias úteis, a cada meia hora, sem haver necessidade de reserva de ingressos.
Já para o show musical “Sob o céu nordestino” será necessário reservar os ingressos no site do Eventim. A apresentação reunirá o cantor e compositor Túlio Borges e o Quinteto da Paraíba, no dia 18, às 19h, no Teatro do CCBB Brasília, e também poderá ser acompanhada pelo Youtube Banco do Brasil. A programação musical abrange ainda as apresentações “Traços e sons”, que ocorrerão nos jardins CCBB Brasília, com o som do DJ Stênio Alves.
Ao longo das quatro semanas de festival, será realizada também uma mostra de animação online, com exibição de filmes e debates de jovens artistas nacionais, com curadoria da artista Taís Koshino.
Segundo revela o curador do festival, o artista e professor do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade de Brasília, Gregório Soares, a escolha da capital brasileira como sede de um evento com características tão pioneiras não foi aleatória. “Brasília tem uma vocação natural para acolher a iniciativa de um festival dessa natureza, devido a sua dimensão projetiva, desenhada, e ao fato de que convivemos com esses desenhos da arquitetura, da cidade e da paisagem de forma tão viva em nosso cotidiano, que formou o nosso imaginário visual”, afirma. “Ou seja, Brasília nos convida a todo instante a imaginar novos desenhos para compor seu horizonte. Em minha cabeça sempre ressoa um lema: Brasília é a capital do desenho!”
CURADORIA – Gregório Soares Rodrigues é artista, curador e professor do Departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília. É Mestre em Poéticas Contemporâneas pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UnB e atualmente realiza doutorado no mesmo programa. Participa de exposições coletivas, prêmios e salões desde 2007. Em 2012, foi finalista do prêmio EDP nas Artes do Instituto Tomie Ohtake e integrou o Programa Educativo da 30ª Bienal de São Paulo. Entre 2017 e 2018, atuou no Conselho Curatorial da Casa da Cultura da América Latina – UnB. Entre 2019 e 2020, coordenou o programa das Casas Universitárias de Cultura da UnB. Em 2016, realizou a exposição Geografia do Atopos, na Alfinete Galeria, com o prêmio do Fundo de Apoio à Cultura – FAC/BRASÍLIA, em Brasília.
PROGRAMAÇÃO
semana 1
QUARTA-FEIRA, 07/07
19h – webinário – lançamento com Luis-Pérez Oramas – YouTube Banco do Brasil
QUINTA-FEIRA, 08/07
10h às 13h e 14h às 17h – desenhoteca – jardins CCBB Brasília
17h – ateliê online – Oficina de Práticas de Desenho Livre, com Renato Moll – YouTube Festival Desenho Vivo
SEXTA-FEIRA, 09/07
10h às 13h e 14h às 17h – desenhoteca – jardins CCBB Brasília
19h – debate mostra animação – YouTube Banco do Brasil
SÁBADO, 10/07
10h – ateliê infanto-juvenil – O papel como questão, com Letícia Miranda – jardins CCBB Brasília
10h – ateliê infanto-juvenil – ateliê Desenho coletivo – Organismo vivo, com João Leite – jardins CCBB Brasília
15h – ateliê – Desenho botânico, com Tauan Gon – jardins CCBB Brasília
16h – ateliê – A imagem de si é imagem em crise – retrato, com Julio Lapagesse – jardins CCBB Brasília
17h – ateliê – Gente viva move desenho – modelo vivo, com Diana Salu – jardins CCBB Brasília
19h – projeção mostra animação – Cinema do CCBB Brasília
DOMINGO, 11/07
10h – ateliê infanto-juvenil – ateliê “Oficina de DesenhErro”, com Letícia Reis – jardins CCBB Brasília
10h – ateliê infanto-juvenil – Imagens da Natureza, com Mariana Kirschner – jardins CCBB Brasília
15h – ateliê – Desenho botânico, com Tauan Gon – jardins CCBB Brasília
16h – ateliê – A imagem de si é imagem em crise – retrato, com Julio Lapagesse – jardins CCBB Brasília
17h – apresentação musical – Traços e sons, com DJ Stênio Alves – jardins CCBB Brasília
semana 2
TERÇA-FEIRA, 13/07
19h – webinário – Processos corpóreos: riscar, habitar, pousar, com Ana Kiffer – YouTube Banco do Brasil
QUINTA-FEIRA, 15/07
10h às 13h e 14h às 17h – desenhoteca – jardins CCBB Brasília
17h – ateliê online – Oficina Práticas de Desenho Livre, com Renato Moll – YouTube Festival Desenho Vivo
19h – webinário – Desenho e cidade, com Átila Regiani – YouTube Festival Desenho Vivo
SEXTA-FEIRA, 16/07
10h às 13h e 14h às 17h – desenhoteca – jardins CCBB Brasília
19h – debate mostra animação – YouTube Banco do Brasil
SÁBADO, 17/07
10h – ateliê infanto-juvenil – Ateliê Desenho coletivo – Organismo Vivo, com João Leite – jardins CCBB Brasília
10h – ateliê infanto-juvenil – Ateliê Imagens da Natureza, com Mariana Kirschner – jardins CCBB Brasília
15h – ateliê – Ilustração, com Roger Mello – jardins CCBB Brasília
16h – ateliê – Desenho no espaço – desenho de arquitetura, com Cícero Castro – jardins CCBB Brasília
17h – ateliê – Gente viva move desenho – modelo vivo, com Diana Salu – jardins CCBB Brasília
19h – projeção mostra animação – jardins CCBB Brasília
DOMINGO, 18/07
10h – ateliê infanto-juvenil – Ateliê “Oficina de DeseErro”, com Letícia Reis – jardins CCBB Brasília
10h – ateliê infanto-juvenil – Ateliê Imagens da Natureza, com Mariana Kirschner – jardins CCBB Brasília
15h – ateliê – ilustração, com Roger Mello – jardins CCBB Brasília
16h – ateliê – Desenho como escrita do espaço, com Luciana Paiva – desenho expandido – jardins CCBB Brasília
19h – apresentação musical – Sob o céu nordestino, com Túlio Borges e Quinteto da Paraíba – Teatro CCBB Brasília e Youtube Banco do Brasil
semana 3
QUARTA-FEIRA, 21/07
19h – webinário – Perspectivas indígenas, com Naine Terena – YouTube Banco do Brasil
QUINTA-FEIRA, 22/07
10h às 13h e 14h às 17h – desenhoteca – jardins CCBB Brasília
17h – ateliê online – Oficina de Práticas de Desenho Livre, com Renato Moll – YouTube Festival Desenho Vivo
19h – webinário Desenho e herança afro-brasileira, com Maria do Carmo – YouTube Banco do Brasil
SEXTA-FEIRA, 23/07
10h às 13h e 14h às 17h – desenhoteca – jardins CCBB Brasília
19h – debate mostra animação – YouTube Banco do Brasil
SÁBADO, 24/07
10h – ateliê infanto-juvenil – Ateliê Desenho coletivo – Organismo vivo, com João Leite – jardins CCBB Brasília
10h – ateliê infanto-juvenil – O papel como questão, com Letícia Miranda – jardins CCBB Brasília
15h – ateliê – Oficina básica de quadrinhos, com Lucas Gehre – jardins CCBB Brasília
16h – ateliê – Entre marcas e apagamentos, acúmulos e movimentos, com Rodrigo Cruz – matéria e desenho – jardins CCBB Brasília
17h – ateliê – Gente viva move desenho, com Diana Salu – modelo vivo – jardins CCBB Brasília
19h – projeção mostra animação – jardins CCBB Brasília
DOMINGO, 25/07
10h – ateliê infanto-juvenil – Ateliê Imagens da Natureza, com Mariana Kirschner – jardins CCBB Brasília
10h – ateliê infanto-juvenil – Ateliê “Oficina de DesenhErro”, com Letícia Reis – jardins CCBB Brasília
15h – ateliê – Entre contornos e formas, com Matias Mesquita – paisagem – jardins CCBB Brasília
16h – ateliê – Desenho como escrita do espaço, com Luciana Paiva – desenho expandido – jardins CCBB Brasília
17h – apresentação musical – Traços e sons, com DJ Stênio Alves – jardins CCBB Brasília
semana 4
QUARTA-FEIRA, 28/07
19h – webinário – Tá na linha?, com Andrés Sandoval – YouTube Festival Desenho Vivo
QUINTA-FEIRA, 29/07
10h às 13h e 14h às 17h – desenhoteca – jardins CCBB Brasília
17h – ateliê online – Oficina de Práticas de Desenho Livre, com Renato Moll – YouTube Festival Desenho Vivo
19h – webinário – Casa como desenho, desenho como casa, com Stella Barbieri e Fernando Vilela – YouTube Banco do Brasil
SEXTA-FEIRA, 30/07
10h às 13h e 14h às 17h – desenhoteca – jardins CCBB Brasília
19h – debate mostra animação – YouTube Banco do Brasil
SÁBADO, 31/07
10h – ateliê infanto-juvenil – O papel como questão, com Letícia Miranda – jardins CCBB Brasília
10h – ateliê infanto-juvenil – Ateliê Desenho coletivo – Organismo Vivo, com João Leite – jardins CCBB Brasília
15h – ateliê – Entre contornos e formas, com Matias Mesquita paisagem – jardins CCBB Brasília
16h – ateliê – Búzio, kawri, concha: composições negras, com Nina Barreto – memória, desenho e escrita – jardins CCBB Brasília
17h – ateliê – Gente viva move desenho, com Diana Salu – modelo vivo – jardins CCBB Brasília
19h – projeção mostra animação – jardins CCBB Brasília
DOMINGO, 1º/08
10h – ateliê infanto-juvenil – O papel como questão, com Letícia Miranda – jardins CCBB Brasília
10h – ateliê infanto-juvenil – Ateliê Imagens da Natureza, com Mariana Kirschner – jardins CCBB Brasília
15h – ateliê – Abstrato como gesto, com Letícia Miranda – colagem – jardins CCBB Brasília
16h – ateliê – Deslocamentos em risco – com Raísa Curty – performance – jardins CCBB Brasília
17h – apresentação musical – Traços e sons, com DJ Stênio Alves – jardins CCBB Brasília
semana 5
agosto (data a definir)
lançamento do catálogo
WEBINÁRIO
LANÇAMENTO – PALESTRA DE LUIS PÉREZ-ORAMAS
Nascido em 1960, em Caracas, é um poeta venezuelano, radicado nos Estados Unidos, historiador da arte e curador. É autor de oito livros de poesia, quatro reminiscências de ensaios, bem como de numerosos catálogos de exposições de arte. Escreveu para jornais nacionais na Venezuela (El Nacional e El Universal), bem como para várias revistas literárias e de arte na América Latina e na Europa. Lecionou História da Arte na Universidade de Rennes 2-Alta Bretanha, na Ecole Supérieure de Beaux Arts em Nantes e no Instituto Superior de Estudos Universitários em Artes Plásticas Armando Reverón, Caracas. Também deu aulas no Programa de Mestrado em Arquitetura de Museus e Museologia na Faculdade de Arquitetura da Universidade Central da Venezuela. Foi membro do Grupo Guaire, na Venezuela, e participou do Taller Calicanto sob a direção da poetisa venezuelana Antonia Palacios. Organizou inúmeras exposições de arte na Venezuela, Brasil, Europa e Estados Unidos. Em 2011, como Diretor Curatorial da XXXª Bienal de São Paulo, organizou sob o título “A Iminência das Poéticas”, edição extremamente bem recebida nacional e internacionalmente. Trabalhou como curador no Museu de Arte Moderna de Nova York desde 2003, onde ocupou o cargo de curador de arte latino-americana entre 2006 e 2017. Atualmente mora e trabalha em Nova York como curador independente, consultor de arte e escritor.
· NÚCLEO – PROCESSOS CORPÓREOS: RISCAR, HABITAR, POUSAR
Curadoria: Ana Kiffer
Curadoria assistente: Ariana Nuala
Convidados: Clara Moreira (PE), Kammal João (RJ), biarritzzz (PE), Kulumym-Açu (CE), Iagor Peres (PE/RJ) e Yhuri Cruz (RJ).
ANA KIFFER – Escritora, colunista da Revista Pessoa, com três livros de poemas publicados: A punhalada (7Letras), Tiráspola e Desaparecimentos (Garupa) e Todo Mar (Urutau). É pesquisadora do corpo e professora no Programa de Pós-Graduação em Literatura, Cultura e Contemporaneidade da PUC-Rio desde 2005 e, mais recentemente, no Programa em Estudos Contemporâneos das Artes (UFF). Curadora convidada da 34ª Bienal de São Paulo – 2021, para a qual projetou a exposição Corte/Relação com os arquivos de Antonin Artaud e Edouard Glissant. Foi curadora da exposição Cadernos do Corpo (CCJF – 2016). Com uma longa pesquisa sobre cadernos de escritores e artistas, publicou vários textos e artigos sobre o tema. É autora de inúmeros artigos e livros sobre corpo e escrita, afetos e política, o mais recente, com Gabriel Giorgi, Ódios Políticos e Política do Ódio, (Bazar do Tempo, 2019).
ARIANA NUALA – Educadora, pesquisadora e curadora. Formada em Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Federal de Pernambuco (2017), atuou na Coordenação do Educativo no Museu Murillo La Greca (2018 – 2020) e atualmente é assistente de curadoria do Instituto Oficina Francisco Brennand. Coordena como projeto independente a Plataforma e Residência Práticas Desviantes, e também é integrante e curadora dos coletivos CARNI (@carnicoletivo) e do Trovoa (@trovoa__). Combina estratégias que começam no corpo e se condensam em escrita e imagem. O exercício na curadoria é confluência artística e educativa, uma necessidade que tange seu caminhar. Em 2019, participou como residente do Valongo Festival e foi curadora da mostra Estratégias para o Contorno no XI ÚNICO pelo SESC PE.
· NÚCLEO – CIDADE/CIUDAD
Curadoria: Atila Regiani
Convidados: Cecila Vilca, Natalia de la Rosa, Franklin Lacerda e Rebeca Borges
ÁTILA REGIANI – Curador independente e professor no curso de Teoria Crítica e História da Arte na UnB. Tem doutorado em História e Teoria das Artes Visuais (2017) na mesma universidade. Dentre suas curadorias mais significativas destaca ‘Práticas de Notação do Tempo’ (DeCurators, Brasília, 2018), ‘Manual de Sobrevivência das Breves Utopias’ (Galeria CAL, Brasília, 2017), ‘ENTRE’ (Galeria CAL, Brasília, 2017), ‘Geografia do Athopos’ (Galeria Alfinete, Brasília, 2016), ‘Made Up Memories Corp’ (Galeria Espaço Piloto, Brasília, 2013), ‘Lembranças Inventadas’ (Galeria SESC, Crato, 2012), ‘Obra Inventário’ (Espaço Cultural Marcantonio Vilaça, Brasília, 2010); ‘1277 Minutos de Arte Efêmera’ (CONIC, Brasília, 2010); ‘Play-Replay’ (Espaço Cultural Marcantonio Vilaça, Brasília, 2008).
NATALIA DE LA ROSA – Doutora em História da Arte pela Universidad Nacional Autónoma de México. Seus interesses percorrem a arte moderna e contemporânea no México, o muralismo, a arte pública e a teoría da vanguarda e pós-vanguarda artística na América Latina, assim como os vínculos entre arte, política e economia. Curadora da coleção do Museu de Arte Moderna entre 2014-2016. Recebeu o premio Cátedra William Bullock (2017), assim como o Patronato Arte Contemporáneo (2019-2020) com o projeto “Museo Comunitario y Club de Lectura de Sierra Hermosa”.
· NÚCLEO – (A) AQUELAS QUE SABEM DEMAIS
Curadoria: Naine Terena
Convidados: Paty Wolf (MT) e Natú (SP)
NAINE TERENA – Doutora em educação, mestre em artes, graduada em comunicação social. Docente no ensino superior, atua na especialização em Gestão e Políticas Culturais no Instituto Itaú Cultural. Através da Oráculo Comunicação, Educação e Cultura trabalha no desenvolvimento de projetos sócio/culturais/educativos, palestras e oficinas. Realizou estágio pós-doutoral na UFMT e UNemat, pesquisando o uso das tecnologias na educação. É artista educadora/curadora, uma das organizadoras do livro Povos indígenas no Brasil: Perspectivas no fortalecimento de lutas e combate ao preconceito por meio do audiovisual, publicado em 2018 e do Dossiê Educação escolar indígena (Revista Abatirá/2020). Em 2019 foi uma das cinco finalistas do Jane Lombard Prize for Art and Social Justice, oferecido pelo Vera List Center for Art and Politics, de Nova York (EUA) e agraciada em 2020/2021 como Mestre da Cultura de Mato Grosso.
PATY WOLFF – Multiartista, suas criações transitam entre pintura, mural, desenho, ilustração, escultura, cerâmica, escrita e literatura. Vive e trabalha atualmente em Cuiabá (MT). Pesquisa a decolonização da representação e do olhar sobre corpos negros em diáspora africana e povos indígenas brasileiros. Integrou diversas exposições coletivas, dentre elas: “Experimental” Galeria do Sesc Arsenal (2019) e “Natureza: Substantivo Feminino”, Museu de Arte de Mato Grosso – MAMT, (2016).
NATU (NATHALIA VIEIRA DA SILVA) – Moradora do Catiapoã/São Vicente, nascida em Santos e cabocla graças ao sertão que carrega nas veias e tem como inspiração sua ancestralidade indígena. Pós-graduada em Gestão Cultural, é Produtora e Artista Residente do Corpas à Mostra: Residência artística LGBTQIA+ Kalunga e do Laboratório de dança: corpo e memória em Gohayó. Em 2020, lançou o curta “Incomensuráveis: uma contra-encenação”, que conta uma outra versão da retratada nas Encenações da Vila de São Vicente, a des natives que resistiram à colonização das suas terras, crenças e sexualidades dissidentes à norma cristã, o curta já foi exibido na Mostra Indígena da UFscar e no FAFAN (Festival de Artes Fanchas). Licenciada em Geografia e mestranda em Geografia Física na Universidade de São Paulo, é professora da rede pública de Santos.
· NÚCLEO – PRESENÇA, LUTAS E FORÇA IMAGINATIVA DA HERANÇA AFRO-BRASILEIRA MEDIADA PELO DESENHO
Curadoria: Maria do Carmo Couto
Convidados: Nelson Inocêncio, Jaime Lauriano e Aislaine Nobre
MARIA DO CARMO – Maria do Carmo Couto da Silva é doutora em História da Arte pelo IFCH/Unicamp e professora adjunta do curso de Teoria, Crítica e História da Arte no Brasil e Europa (séculos XV ao XIX) do Instituto de Artes/UnB. Graduada em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Realizou pós-doutorado em História da Arte pela FAU/USP. Tem experiência em pesquisa e em docência na área de História Moderna e Contemporânea.
· NÚCLEO – TÁ NA LINHA?
Curadoria: Andrés Sandoval
Convidados: Adalgisa Campos, Rogério Martins
ANDRÉS SANDOVAL – Artista e ilustrador, mora em São Paulo, estudou arquitetura e urbanismo na Universidade de São Paulo. Desde 2003, desenvolve projetos de livros, estampas e murais. No Brasil publica seus desenhos pela Companhia das Letras e Ubu. Participou da X e XII Bienal de Arquitetura de São Paulo, da exposição Cidade Gráfica no Itaú Cultural e Linhas de Histórias no SESC Santo André, Campinas e Araraquara. Faz ilustrações da sessão esquina da revista Piauí desde a primeira edição.
ROGÉRIO MARTINS – Percussionista e clarinetista, integrante da banda Hurtmold desde 2003. Também é integrante da banda Bodes e Elefantes. Junto com o baterista Ale Amaral (Bugio) compõem um duo de improvisação.
ADALGISA CAMPOS – Artista visual, graduada em Arquitetura pela FAUUSP em 1993 e pós-graduada em Pesquisa Cromática pela ENSAD (Paris) em 1996. Cursou também artes visuais na Universidade de Paris VIII entre 1997 e 1998 e obteve em 2012 o mestrado em Artes pelo Instituto de Artes da UNICAMP. Desenvolve, ao longo dos últimos 20 anos, trabalhos em que o desenho constitui o eixo estrutural: obras sobre papel, desenhos digitais, animações, vídeos, performances e instalações. Participou de exposições, performances e residências no Brasil, França, Alemanha e Canadá. Dedica-se desde 1998 ao ensino de artes em diversas frentes, tendo sido diretora da Divisão de Ação Cultural e Educativa do Centro Cultural São Paulo e docente em instituições de ensino superior de artes visuais e arquitetura em São Paulo. É proprietária, juntamente com Paulo Camillo Penna, da Casateliê, espaço independente de produção, publicação, ensino e venda de arte fundado em São Paulo, em 2005, onde propõe aulas de desenho e acompanhamento de trabalho poético.
· NÚCLEO – CASA COMO DESENHO, DESENHO COMO CASA
Curadoria Stela Barbieri e Fernando Vilela
Convidados: Fabrício Lopez, Laura Gorski, Ana Paula Oliveira
STELLA BARBIERI – Artista, educadora, escritora e contadora de histórias, atualmente é diretora do Bináh Espaço de Arte um lugar de invenção, investigação, imaginação, de encontros e experiências com e a partir da arte. Foi curadora do Educativo da Bienal de Artes de São Paulo e diretora da Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake. É assessora de artes e de educação em diversas escolas e museus. Stela fez parte do Conselho Consultivo do PGECC – Programa Gulbenkian Educação para a Cultura e Ciência, em Lisboa, Portugal e do conselho da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Coordenou o curso de Pós-Graduação em Museus e Instituições Culturais, do Instituto Singularidades. É autora de 28 livros infanto juvenis, além de livros e materiais educativos para educadores. Fez exposições em instituições culturais em São Paulo, também em outras cidades do país e no exterior.
FERNANDO VILELA – Artista, escritor e ilustrador de livros, designer, pesquisador e professor de arte e de livros ilustrados. Mestre em poéticas visuais pela ECA – USP, é membro fundador, com Stela Barbieri, do binah espaço de arte (@ateliebinah), que desde 2015 realiza cursos, palestras, festivais, exposições, em arte, literatura e educação. Vilela realiza exposições de arte no Brasil e exterior e possui obras em coleções, como a do Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York, do MAM de São Paulo e da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Participou de diversas exposições coletivas no Brasil e no exterior. Recebeu o Prêmio FUNARTE Arte Contemporânea em 2011. Tem 25 livros ilustrados publicados em 11 países, com destaque para Lampião & Lancelote (Pequena Zahar), que recebeu dois prêmios Jabuti e um prêmio na Feira Internacional do Livro Infantil de Bolonha. Possui cinco livros no Catálogo White Ravens, da Biblioteca Internacional de Munique.
FABRÍCIO LOPEZ – Mestre em poéticas visuais pela ECA – USP sob orientação de Claúdio Mubarac, é membro fundador da Associação Cultural Jatobá – AJA e do Atêlie Espaço Coringa, que entre 1998 e 2009 produziu ações coletivas como exposições, publicações, videos, aulas, intercâmbios e residências artísticas. Participou de diversas exposições coletivas no Brasil e no exterior e integrou o Encontro Panamericano de Xilogravura em Trois Riviérès, no Canadá, de residência como artista convidado do Atelier Engramme na cidade do Québec e no CRAC (Centro de Residências para Artistas Contemporâneos) em Valparaíso no Chile como prêmio do Programa Rumos Itaú Cultural. Realizou exposições individuais na Estação Pinacoteca – SP e no Centro Cultural São Paulo, integra os acervos públicos da Pinacoteca Municipal e do Estado de São Paulo, Casa do Olhar – Santo André, Secretaria Municipal de Cultura de Santos e do Ministério das Relações Exteriores com o 1º prêmio para obras em papel do programa de aquisições do Itamaraty e em 2015 ganhou o prêmio residência artística Arthur Luiz Piza.
LAURA GORSKI – Artista visual e educadora. Sua pesquisa envolve a investigação de paisagens por meio do deslocamento, a criação de lugares contemplação e silêncio através do desenho e sua relação com o corpo e o espaço. Formou-se em Design de produto pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Realizou exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Foi contemplada com os prêmios 20º Cultura Inglesa Festival; ProAC – Artes Visuais – Obras e Exposições no Estado de São Paulo; III Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea; X Bienal do Recôncavo. Seus trabalhos integram as coleções do Itamaraty, do Banco Santander, do Centro Cultural Dannemann e do Sesc SP. Participou das residências artísticas SACATAR na Ilha de Itaparica, Brasil (2019/2020); Casa Wabi em Puerto Escondido, México (2019), Terra UNA na Serra da Mantiqueira, Brasil (2018), LABVERDE na Floresta Amazônica, Brasil (2017), ZKU em Berlim, Alemanha (2013), cidade na qual viveu durante um ano e Fundação Bienal de Cerveira, em Portugal (2012), onde integrou a 17a Bienal de Cerveira. É professora de artes na Escola Vera Cruz. Como educadora trabalhou na coordenação da Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake, integrou a equipe de coordenação dos ateliês da 29a Bienal Internacional de São Paulo, foi professora de artes na Escola Castanheiras e trabalhou na OSCIP Comunidade Educativa CEDAC com formação de professores em diversas regiões do Brasil.
ANA PAULA OLIVEIRA – Realizou exposições em diversas instituições como MARP, MAC Campinas, Capela do Morumbi, Solar da Marquesa, Fabrica ASA em Portugal também nas galerias Virgílio, Millan, Matias Brotas em Vitória ES e Galeria Marcelo Guarnieri SP e Ribeirão Preto. Recebeu prêmios pelo CCSP, edital Proac e Premio Pipa. Tem obras no acervo de coleções particulares e instituiçoes como Museu da Cidade, Pinacoteca de SP, MAM Rio, Fundação Gulbenkian Lisboa, MON de Curitiba e Instituto Figueiredo Ferraz, Instituto Pipa entre outros. Atualmente com exposição no MAM Rio até o final do ano e seus trabalhos são representados pelas galerias Marcelo Guarnieri SP e RP e galeria Matias Brotas no ES.
SHOW MUSICAL
Em “Sob o Céu Nordestino”, o cantor, compositor e pesquisador da poesia popular nordestina Túlio Borges convida um dos mais renomados grupos de música de câmara do Brasil, o Quinteto da Paraíba, para juntos fazerem uma homenagem à música e à poesia popular do nordeste e ressaltar a cultura, os costumes e os aspectos geográficos desses estados que, culturalmente, são um dos maiores patrimônios do país. Recentemente, o Quinteto da Paraíba e a cantora Monica Salmaso gravaram uma canção de Túlio Borges, em parceria com o poeta paraibano Jessier Quirino.
Na apresentação, Túlio passeia pelo seu repertório autoral, ao lado de Victor Angeles (bandolim) e Pedro Miranda (contrabaixo acústico), e entoa canções em parceria com poetas nordestinos como Jessier Quirino (Paraíba), Climério Ferreira (Pia
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