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“Tamoia-Califa”, de Marcus André, ganha exposição no Rio

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Gaby Indio da Costa amplia espaço expositivo com individual sob curadoria de Heloisa Amaral Peixoto

Completando uma década de atividade, a galeria Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea está ampliando o espaço expositivo e comemora, no dia 9 de julho, sábado, com a abertura da exposição “Tamoia-Califa”, do artista Marcus André.  A individual apresenta cerca de 25 obras inéditas e o lançamento do múltiplo serigráfico “Califórnia”, desenvolvido por Heloisa Amaral Peixoto, que assina o projeto curatorial.

“Partindo da sua experiência de formação técnica e estética em gravura, em especial na sua prática permanente com a xilogravura, o artista Marcus André rearticula as suas pesquisas para novas pinturas numa poética intercambiável onde enfatiza a superfície do seu suporte, a madeira. Deixando mais exposta a sua matéria/matriz, o artista explora a sua textura e a sua aparência natural, assim como determina as áreas de intervenção cromática, aplicando as suas técnicas combinadas”, diz a curadora.

Serviço:

“Tamoia-Califa” – individual do artista Marcus André

Curadoria: Heloisa Amaral Peixoto

Abertura: dia 9 de julho, sábado, das 15h às 19h

Exposição: de 11 de julho a 19 de agosto de 2022

Visitação: de segunda a sexta, das 11h às 18h ou sob agendamento

Local: Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea 

Endereço: Estrada da Gávea 712/ 4º andar, São Conrado

Sobre Marcus André

Nasce na Cidade do Rio de Janeiro em 1961 Vive trabalha entre Rio de Janeiro e Búzios, RJ Freqüenta o curso de desenho e introdução a pintura na Oficina do Corpo na Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro entre 1978-79. Entre 1981 a 1985, cursa Desenho Industrial na Universidade Federal do Rio de Janeiro tendo como professores Roberto Verscheisser e Gilberto Strunke e paralelamente freqüenta a Oficina de Gravura do Palácio do Ingá em Niterói com orientação de Anna Letycia Quadros e Edith Behring, recebe prêmio no IV Salão Carioca de Arte e participa da V Mostra Nacional de Gravura em Curitiba. Em 1984 realiza sua primeira individual na Galeria Contemporânea e participa nas exposições; Como Vai Você, Geração 80 ?, Arte Brasileira Atual e V Salão Nacional de Artes Plásticas no MAM no Rio de Janeiro. Viaja para Nova York em 1985 frequentando a Parson’s New School Of Social Reaserch Printing Studio com o artista Roberto DeLamonica 1985-88, estágio na Osíris Priting Co. e mais tarde é contratado como impressor-colorista na Ruppert J. Smith Printing Co. em Nova York, participando das edições de artistas como James Rosenquist, Larry Rivers, Kenny Scharf e Andy Warhol, sob coordenação do impressor Jean-Paul Russell, atualmente Durham Press, Pennsylvania. Participa da exposição Latin? ABC Notório Gallery no East Village. Em 1988 retorna ao Brasil, recebe prêmio no XIII Salão Nacional de Artes Plásticas e realiza individuais de pintura na Funarte Projeto Macunaíma/ Espaço Alternativo RJ, Projeto Centro Cultural São Paulo / Pavilhão da Bienal Ibirapuera e MASP SP e nas representações brasileiras da Bienal Ibero-Americana Cidade do México, Bienal de La Havana Cuba, Bienal de Pintura Cuenca Equador 2001 e no Machida Tokyo Museum Japão. Recebe os prêmios de aquisição em pintura no Museu de Arte de Brasília DF e na Mostra Internacional de Gravura Curitiba PR. A partir de 1995 é contemplado com as bolsas: Primeiro Programa de Bolsas RioArte 1995-96, tendo na comissão os críticos e professores Heloisa Buarque de Holanda e Ronaldo Britto, O Artista Pesquisador MAC Niterói RJ 1998, Bolsa FAPERJ / Fundação de Apoio a Pesquisa 1998 e The Pollock-Krasner Foundation Inc. Grant NY 2007. Marcus André investe na construção e desconstrução de espaços afetivos, estabelecendo narrativas orgânicas de traços e linhas, espaços mentais de uma natureza contaminada pelo advento do industrial e organização social, vestígios do humano cotidiano. O artista alcança o sublime, extraindo da pintura duas técnicas básicas e milenares; a pintura encáustica e a têmpera, um resultado em que se vê o que se toca, consequência da soma de diversas camadas, peles da pictórica sobrepostas conferindo uma narrativa contemporânea que traz ao presente a utilização de técnicas tão laboriosas.

Tamoia-Califa nas palavras da curadora Heloisa Amaral Peixoto

A partida para a escolha de um múltiplo serigráfico do artista Marcus André teve inspiração na sua obra instalativa vencedora do prêmio “Projéteis Funarte 2006” realizada no hall do icônico edifício modernista Palácio Capanema, no centro do Rio de Janeiro.   Desde que o artista se propôs a executar uma pintura mural de grande porte, de caráter panorâmico e espacial, utilizando a têmpera e a encáustica, duas técnicas milenares, estabeleceu-se na sua produção um tipo de ritual narrativo formal de interpretação bastante singular do que entendemos como “paisagens”.   Na experiência de conduzir a sua expressão de modo integrado aos aspectos arquitetônicos do entorno, o artista incorporou as premissas do contexto muralista e levou para as suas pinturas uma série de propostas estruturadas na superposição de linhas e outros grafismos.   Consciente de que o seu percurso é compreendido dentro de uma poética intercambiável, no diálogo entre procedimentos e métodos produzidos para diferentes fins, e no seu caso em especial, na prática íntima com a xilogravura, Marcus André passa a rearticular as suas pesquisas trazendo de volta a superfície do seu suporte, a madeira.   Deixando mais exposta a matéria, ele explora a sua textura e aparência natural, assim como determina as áreas de intervenção cromática, aplicando as suas técnicas combinadas.   Esse procedimento vem acompanhado desta vez de elementos geométricos mais ampliados, que ganham mais contornos e volumes, e ainda sugerem um plano de terceira dimensão.   Seus recentes trabalhos produzem uma sensação de apropriação de ingredientes de raiz cultural popular, entretanto há uma presença da metrópole invadindo a pintura.   Nesse duplo contato com a tradição artesã e da cultura de massa, própria do cenário urbano, as suas formas e signos se acomodam na madeira. O suporte material é também poético.   Partindo da natureza vão se encadeando a criação, a transformação e a síntese, e uma inédita visualidade vai se revelando em simples e eloquentes acontecimentos.  

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