Morreu aos 78 anos o diretor David Lynch, conhecido por obras como “Veludo Azul” (1986), “Cidade dos sonhos” (2002), a série “Twin Peaks” (1990) e a primeira versão cinematográfica de “Duna” (1984). Embora a causa da morte não tenha sido divulgada, ele revelou em 2024 que foi diagnosticado com enfisema pulmonar após anos com o hábito de fumar. A doença o impediria de continuar dirigindo produções presencialmente.
Americano de Montana, recebeu quatro indicações ao Oscar e era conhecido por obras sombrias e surrealistas. Seu primeiro longa-metragem, o independente “Eraserhead”, de 1977, tornou-se um cult com o passar dos anos. Em 1980 dirigiu “O homem elefante”, estrelado por John Hurt e Anthony Hopkins, sobre vida de um homem desfigurado. O filme recebeu oito indicações ao Oscar — incluindo as de roteiro adaptado e direção para Lynch.
A adaptação da obra de Frank Herbert, “Duna”, foi uma superprodução de US$ 40 milhões, mas que não obteve êxito em bilheteria, e o próprio cineasta, ocupando uma função de diretor contratado, não ficou satisfeito com o resultado. Ainda assim, o longa conquistou fãs e foi a porta de entrada para muitos admiradores dos livros de Herbert.
A partir de “Veludo Azul”, Lynch começou a colecionar êxitos junto aos amantes do cinema, entre eles “Coração Selvagem”, “A Estrada Perdida”, “Império dos Sonhos”, “Uma História Real” e “Cidade dos Sonhos”.
Seu trabalho na TV mais famosos sem dúvida foi a série “Twin Peaks”, com roteiro de Mark Frost. O sucesso não se manteve no segundo ano, mas rendeu o filme derivado “Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer”. Até hoje é considerada uma das produções mais revolucionárias da TV.
Em 2008 esteve no Brasil pela primeira vez, para divulgar seu livro “Em águas profundas – criatividade e meditação”.
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