Fidel e a Revolução Cubana em Hollywood

Com o anúncio da morte do líder cubano Fidel Castro, logo comecei a tentar listar filmes em que ele aparecia ou aqueles em que a Revolução Cubana é inserida no contexto, como mote principal ou mesmo pano de fundo. Hollywood pouco usou esse tema em grandes produções. Grande parte dos filmes são produções de menor investimento e que tiveram projeção pequena, talvez pelo medo da reação dos dissidentes cubanos em Miami.

O primeiro filme que me veio a cabeça, é talvez um dos poucos que são grande orçamento, que é O Poderoso Chefão Parte II (1974), no qual Michael Corleone (Al Pacino) manda o irmão mais velho Fredo (John Cazale) para Havana, expandir os negócios da Família. Isso se dá perto do período revolucionário, culminando na cena final, no qual Michael descobre que o irmão o está traindo “You broke my heart Fredo”, dita justamente no dia que acontece no Ano Novo, que marca a Revolução Cubana.

O Poderoso Chefão: Parte II
“O Poderoso Chefão: Parte II”

Um dos filmes mais recentes sobre o assunto “Che” de 2008 (na imagem destacada e abaixo). O épico dividido em duas partes, dirigido pelo diretor Steven Sodebergh, tinha Benício del Toro como o protagonista título. É um dos poucos no qual o líder da Revolução tem um interprete, o mexicano Demián Bichir (indicado a Oscar de Melhor Ator Coadjuvante de 2012 por “Uma Vida Melhor”). O brasileiro Rodrigo Santoro interpretava seu irmão e hoje governante de Cuba, Raul.

"Che"
“Che”

Vale muito também lembrarmos de filmes que têm a Revolução como pano de fundo. Em 1990, foi lançado “Havana” de Sydney Pollack com Robert Redford e Raúl Júlia, sobre um jogador de pôquer que se apaixona por uma cubana casada.  Em 1994, sai “Morango e Chocolate” filme mexicano que ficou bastante conhecido no Brasil, sobre um ativista gay sofrendo a perseguição do Regime Castrista.

Havana
“Havana”

Outro filme com essa temática é “Antes do Anoitecer” de 2000, que rendeu a primeira indicação de Melhor Ator a Javier Bardem. A produção ainda traz participações de Sean Penn e Johnny Depp. E, finalmente, “A Cidade Perdida”,de 2005, com a direção de Andy Garcia, que mostra tanto as mazelas dos governos de Fulgencio Batista e de Fidel Castro. Até porque, como Garcia é um dos poucos atores nascidos em Cuba e que teve que sair com a família em 1961. Assim, tem seu lado pessoal nessa história e uma visão própria do seu país natal.

Fidel, com sua revolução na pequena ilha do Caribe, se tornou um dos grandes ícones da História e, de certo, não será esquecido pela sétima arte. Ainda veremos muitas produções que mostrarão sua figura e sua revolução, seja como protagonistas ou como peças contextuais.

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