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“Magic Mike” tenta humanizar o fetiche

 

A carreira prolífera de Steven Soderbergh ainda tem muito o que nos surpreender. Para o bem e para o mal. Por isso que tenho sérias dúvidas da sua tão divulgada aposentadoria precoce. Depois de algumas experiências em filmes independentes, literalmente, já que apesar de alimentar uma áurea indie (tão bem vinda no ótimo Erin Brocovick), a maioria de suas produções tinha um valioso apoio de um estúdio, o diretor investiu nesse filme semi-autobiográfico sobre as desventuras de um stripper.

Em Magic Mike, o protagonista (Channing Tatum) é um experiente stripper, que está ensinando a um jovem a arte de seduzir as mulheres em um palco, de forma a conseguir delas o máximo possível de benefícios. Ao mesmo tempo que em passa seus conhecimentos para Adam (Alex Pettyfer), começa a se interessar pela a irmã dele, Brooke (Cody Horn). Com o tempo, Adam vai se mostrando cada vez mais confiante e deixa o dinheiro fácil subir na cabeça. Começa a lidar com drogas e a ignorar as pessoas próximas, mas ainda assim contará com a apoio de Mike e Brooke.

Tatum fez uma pequena participação em A Toda Prova, de Soderbergh,onde contou-lhe que antes de ser ator havia sido stripper em um clube noturno. O diretor achou a história interessante e tratou logo de adaptá-la para um filme. Para além de seus conhecidos maneirismos visuais, Steve é um diretor que sempre busca estilizar a humanidade de seus personagens. Até aí, ok. Pelo menos no tocante a estilização (principalmente na boa montagem das cenas de stripper), mas no universo dos fetiches qualquer tipo de humanização acaba revelando-se vã. Fetiches são fetiches e mesmo que por trás da sensualização de um indivíduo por dinheiro, estejam homens com suas vidas e dramas, o recorte de que se trata o filme é bem mais forte que sua justificativa. Ou seja, satisfaz a libido de muita gente, mas não vai além disso. Até porque para investigar a profundidade do fetiche é necessário bem mais que um corpinho musculosos do protagonista.

[xrr rating=2.5/5]

 

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