No amor e na guerra, vale tudo por Reese Witherspoon?

 No amor e na guerra, vale tudo por Reese Witherspoon? – Ambrosia

No atual cinema americano, diretores e produtores procuram encontrar a fórmula perfeita para agradar todo o tipo de público, sejam os que curtem ação desenfreada e efeitos especiais, sejam os que só vão ao cinema para rir ou se emocionar por dramas ou romances. Talvez, com isso em mente, tenha sido feito o projeto do filme “Guerra é Guerra” (“This Means War”). Pena que não foi desta vez que eles conseguiram o equilíbrio esperado.

Senão vejamos: quando o filme começa, somos apresentados aos espiões da CIA FDR (Chris Pine, o capitão Kirk de “Star Trek”) e Tuck (Tom Hardy, que deve ficar famoso mundialmente quando estrear “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge”, com sua interpretação do vilão Bane). Parceiros no trabalho e fora dele, os dois se mostram como personagens cheios daqueles clichês que vemos em filmes de ação e espionagem durante uma missão, que acaba não muito bem, com a morte do irmão do traficante de armas Heinrich (Til Schweiger, de “Bastardos Inglórios”). O bandido foge jurando vingança e os dois agentes são punidos pela chefe deles (Angela Bassett, de “Tina” e “Lanterna Verde”, totalmente desperdiçada), tendo que passar alguns dias fazendo serviços burocráticos.

Foto: Divulgação

A partir daí, o filme passa a contar a história de Lauren Scott (Reese Witherspoon, premiada com o Oscar em 2005 por “Johnny e June”), uma  mulher presa ao trabalho após uma desilusão amorosa (outro clichê), que tem como conselheira a amiga Trish que, apesar de casada, sempre tem um comentário malicioso a respeito de relacionamentos. A personagem, aliás, é vivida pela atriz e apresentadora de TV Chelsea Handler, muito popular nos EUA. Em alguns momentos, ela até acerta. Mas em outros, suas declarações não conseguem ser engraçadas o bastante.

Mas a vida de Lauren passa por uma grande mudança ao conhecer FDR e Tuck, sem saber que eles se conhecem, e se envolve com os dois agentes ao mesmo tempo. Os espiões passam, então, a fazer de tudo ao alcance deles para conseguir conquistar a garota. Mesmo que isso signifique usar recursos da CIA para investigá-la, saber seus gostos pessoais e, como não poderia deixar de ser, colocar um contra o outro, de uma maneira que Hollywood adora: cheia de brigas, tiros e explosões. Mas claro, o filme deixa espaço para cenas românticas entre a protagonista e seus dois pretendentes, como passeios em parques de diversões, encontros familiares e por aí vai.

No amor e na guerra, vale tudo por Reese Witherspoon? – Ambrosia

Aliás, essa disputa deve ter feito bem para o ego de Reese Witherspoon. Embora tenha o seu charme, a atriz não é uma mulher de cair o queixo, como Angelina Jolie, Scarlett Johansson ou Kate Beckinsale. Por isso, fica meio difícil aceitar que dois homens, arriscando até a perder o emprego e as mordomias, sejam capazes até de fazer chover (o que, aliás, acontece numa cena) por uma mulher simpática, mas que, na verdade, tem uma beleza comum.

Apesar dessas falhas, “Guerra é Guerra” não é um filme tão ruim. É mais uma Sessão da Tarde muito bem produzida e bem feita tecnicamente pelo diretor McG (“As Panteras”, “O Exterminador do Futuro: A Salvação”), com algumas piadas que realmente podem fazer o público se divertir, como na cena em que FDR tenta mostrar para Lauren que entende de artes, com a ajuda de agentes da CIA. O que parece estranho é que o roteiro não soube administrar muito bem a ação com a comédia e o romance, algo que também aconteceu em “Sr. e Sra. Smith”, não por acaso do mesmo roteirista, Simon Kinberg. Um exemplo disso é a trama envolvendo Heinrich, que é esquecida em boa parte do filme para só ser lembrada quase no final. Mas, no final das contas, o que vale é todo mundo feliz e tudo resolvido sem maiores traumas ao fim do filme. Mas que poderia ter sido melhor, isso é inquestionável.

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