Olá a todos. O meu nome é Fernanda Robusti, faço faculdade de Cinema e vou começar a publicar textos relativos área cinematográfica em geral aqui no Ambrosia.
Rango (2011) é a história de um camaleão de estimação perdido no meio do deserto onde encontra uma cidade que necessita de um sherife. Gore Verbinski é o diretor e John Logan o roteirista e Jonnhy Depp interpreta o personagem principal. Meu primeiro contato com o filme foi com esse teaser.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=QfnmCYSpeao[/youtube]
O teaser deu uma impressão de que o filme iria ser uma comédia e também seria um filme bem agitado, daqueles de não parar de gargalhar. Como todo bom teaser, me vendeu toda essa idéia e me fez ir ao cinema. Para falar a verdade, vendo o teaser de novo e de novo, eu gosto muito mais da proposta dele do que a do próprio filme em si.
Rango é uma parceria da Nickelodeon Movies com a Paramount. A Nickelodeon tem costume em investir e produzir roteiros infantis que são, de fato, feitos somente para o público infantil. As Crônicas de Spiderwick (2008) e Um Hotel Bom Pra Cachorro (2009), são exemplos, além da produtora utilizar desenhos da própria marca para fazer longas como Bob Esponja ou Jimmy Neutron. Dessa vez a Nickelodeon faz Rango, que é um filme para todas as idades.
O drama predomina, tornando-o um filme denso e sério, embasado pelo espírito de equipe, solidariedade e principalmente pela crise existencial do protagonista. Mesmo assim, o filme ainda é consegue ser muito cômico e engraçado, com os trejeitos do camaleão, com as excelentes trilhas sonoras e, principalmente, com a banda de corujas mexicanas que acompanha sempre a jornada do protagonista.
A fotografia de Rango é muito bem produzida, o estúdio Industrial Light & Magic (ILM) estréia com uma animação bem executada, os movimentos dos personagens, as sombras e texturas de todos os bichos, escamas, peles e penas são visíveis e muito bem feitos. Antes de Rango se encontrar com o Espírito do Oeste há um flash de luz que é bem incômodo ao público. É a hora do acordar para o protagonista que é igualmente incômodo, o que ficou bem interessante de se colocar no filme.
Rango tem um bom ritmo e conduz bem o espectador preso nas ações até o clímax porém, depois há um pequeno trecho em que se arrasta um pouco parecendo não haver uma direção ao fim. Essa questão não tira o brilho do filme, mas o Rango perde um pouco do ritmo com essa falta edição, fazendo com que seus últimos 2min não sejam tão cativantes.
Infelizmente o filme não me vendeu aquilo que estava mostrando no teaser, um filme de comédia com ação e aventura. Como proposta é um drama que, apesar de nos fazer rir, nos faz refletir e mergulhar no sofrimento daquele povo. Considero um ótimo filme, porém, fiquei muito no desejo de ver aquele outro, aquele do teaser.
Esqueci completamente de comentar sobre o início do filme onde Rango tem uma boneca de plástico como companheira, onde brinca de paquerá-la. É uma referência ao filme Cantando na Chuva (1952), onde Cosmo (Donald O’Connor) faz o mesmo.
http://www.youtube.com/watch?v=FW02c5UNGl0 bem aqui! A partir do 2min.
*xerife
*johnny depp
parabens pelo texto , vc tem uma escrita descontraida ( que não sai do foco do tema) e conceitos têcnicos e referências que trazem riqueza no texto, sobre os aspectos do filme, gostei da sua linha de raciocínio; Augusto C.
excelente post querida amiga… seja bem vinda!
Boa, Fê! Eu também achei que fosse comédia, mas agora que você disse que não é, fiquei ainda mais curiosa. Tô louca pra ver o filme! Ah.. parabéns! E continue compartilhando seus posts no facebook pra galera acompanhar 🙂