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"Rio 2" é um grande clipe institucional

Que o Rio de Janeiro está na moda, principalmente em perspectiva mundial, todos sabemos. Rio 2, continuação da animação homônima, também dirigida pelo brasileiro Carlos Saldanha, reforça sobre diversos aspectos desse momento. Entretanto, diferente do filme anterior, esse se prende apenas a questão, digamos, meramente turística da nossa cultura, onde características, sonoridades e cores compõem muito mais do que uma história em si.
Desta vez, Blu e Jade vivem felizes no ensolarado Rio de Janeiro com seus três filhinhos, que vivem se metendo em altas confusões. Enquanto isso, Túlio e Linda estão na Amazônia, quando encontram evidências para supor que existem outras araras azuis. Sabendo da notícia, a família de Blu, acompanhada dos sempre divertidos Nico e Pedro, também vai para a Amazônia, para conhecer outros de sua espécie. Mas eles não contavam com a presença do terrível Nigel, que quer se vingar de Blu a qualquer preço. E ainda há espaço para uma rala crítica aos desmatamentos ambientais.

O roteiro é capenga, deixando ligações narrativas soltas e sem uma estrutura sólida do que quer contar. O resultado é que o filme vira um conjunto de blocos de cenas clichês de animação, ora hilárias, ora apáticas que visam reforçar a cultura brasileira sem amarrar a contento.
Assim como Rio, a direção visual é deslumbrante, com boas sacadas de como tornar em espetáculo a nossa fauna em meio a suntuosidade de nossa nossa flora. A trilha sonora ainda é maior que o resto, capitaneada pelos experimentos e junções musicais promovidas por Carlinhos Brown e Sérgio Mendes. Uma pena que para evocar “o seu país do momento”, Saldanha tenha feito mais propaganda (no esvaziamento dramatúrgico) do que uma animação de qualidade.

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