Revendo a película de 1962, Além da alma (Direção de John Houston, estrelada por Montgomery Clift), há de se relacionar com algo do nosso tempo, uma face, já que fosse Freud aniquilado ali perante os catedráticos da Medicina vienense, se naquele momento de desprazer deixasse para lá seus estudos, se fosse um Sigmund reticente, não daria prosseguimento ao aprofundamento da mente que é a Psicanálise, e todos nós teríamos algo espetacular a menos para assim observar.

Só que ao ser rebatido pela aceitação da matéria nova, nosso herói bateu o pé e foi firme. O pai da Psicanálise seguiu seus instintos. A pergunta é: e se ele tivesse vacilado e exibisse um ego fraco, se tivesse se acomodado, o que seria das suas ideias? Imagina se Freud fosse um midiático oportunista, haveria de debater ou pelear conta os catedrosos, ou expor e enxergar seu trabalho de longe?

O ego débil muitas vezes perde, se acanha. Se ele só por um instante ostentasse algo de superficial, não saberia aonde se esconder, ou nem iria se expor. Muito provável que a ansiedade dominasse a situação. Se acobertaria detrás de seu smartphone, seria uma vaidade ambulante? Podemos supor. Lá iria sua chance, seu talento. Mas a adoração de perfis está longe de ser real, de ter a mesma intensidade e carga emotiva da tentativa humana dos enfrentamentos ao vivo.Vamos então examinar melhor isso!

Freud encarou a situação, se projetou aos olhares, ego firme contra uma parede hostil de incredulidade, um ambiente tenso, mas ele manteve a descrição ao ter sua réplica de resposta silenciada pela enxurrada de críticas. Felizmente, atestamos que foi apenas por hora, e sua maturação fez o que fez, a diferença está aí vista e sentida ao longo do Tempo. Isso se chama coragem! Algo que sai de si, extrapola, é para a civilização reter. Perdura o que tem liga.

Já a crítica, bem, ela se perdeu no próprio veneno e se desfez nesse decorrer. Quem sabe o nome de um dos que foi contra a instituição da Psicanálise e quem já ouviu falar, mesmo pela caricatura, de Freud?