Estabeleceu, pois, sobre eles feitores para acabrunhá-los com trabalhos penosos: eles construíram para o faraó as cidades de Pitom e Ramsés, que deviam servir de entreposto. — Êxodo 1:11
A descoberta de uma espada de bronze adornada com a insígnia de um faraó bíblico trouxe à tona novas perguntas sobre a interseção de história do antigo Egito com a religião. Em uma escavação recente no deserto próximo a Luxor, arqueólogos encontraram um artefato que pode transformar nossa compreensão da era dos faraós e sua conexão com narrativas bíblicas.
A espada de cerca de 3.000 anos possuí uma gravação da insígnia do faraó Ramsés 2º, um dos mais famosos, e foi encontrada no delta do Nilo, a cerca de 48 km de Alexandria, segundo anunciou o Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito.
Apesar de a Bíblia nunca ter citado nominalmente quem foi o rei egípcio que escravizou os israelitas no Livro do Êxodo e não haver consenso científico até hoje, há uma corrente de pesquisadores que acredita que teria sido no reinado de Ramsés que Moisés liderou a fuga do Egito rumo à terra prometida.
O fato de que ela foi encontrada em uma área de trabalho — em vez de dentro de uma tumba — é que torna este achado incomum, na opinião da especialista em egiptologia Elizabeth Frood, da Universidade de Oxford, no Reino Unido. “Para um objeto possuir as insígnias de Ramsés 2º, isso sugere para mim que ele pertenceu a alguém de um relativo alto escalão. Ser capaz de exibir um objeto assim, mesmo que estivesse presumivelmente em uma bainha, era um sinal de status e prestígio”, destacou ao jornal The Washington Post.
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