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Crítica: "Transformers – A Era da Extinção" chove no molhado, mas diverte

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TRANSFORMERS: AGE OF EXTINCTION
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TRANSFORMERS: AGE OF EXTINCTION

Existem algumas franquias que não deveriam ter se tornado franquias. Mas, ainda assim, de alguma forma, há um apelo e continuamos indo ao cinema para assistir ao filmes mesmo que no final acabem não sendo lá grandes coisa.
Desde que lançou o primeiro filme dos Transformers, Michael Bay parece ter gostado tanto da história que não quer largar osso. Em meio a brigas, mudanças no elenco, acidentes, entre outros problemas, Bay retorna mais uma vez como diretor de “Transformers – A Era da Extinção”.

No quarto filme da franquia, após o ocorrido em Chicago, os Autobots assim como os Decepticons são considerados perigosos e qualquer um que for avistado deve ser reportado ao governo americano. A CIA monta um esquadrão de elite para caçá-los juntamente com a ajuda de Lockdown, um Decepticon que está disfarçado. Com isso, há cada vez menos Autobots na Terra e os que restaram estão se escondendo, sem saber o porquê de estarem sendo caçados. Bem longe dali, numa fazenda isolada no Texas, Cade (Mark Walhberg) vive com sua filha adolescente Tessa (Nicola Peltz). Cade é um inventor, ou acha que é um, e recolhe sucatas e ferro velho para tentar construir algo que preste. Mas, vem falhando miseravelmente e eles estão a ponto de perder o terreno. Em uma de suas caçadas ele compra a carcaça velha de um caminhão e ao consertar parcialmente descobre se tratar de ninguém menos que Optimus Prime, líder dos autobots e que tem a cabeça a prêmio. Contrariando as ordens dadas pelo governo a todos, Cade decide esconder Optimus, porém a CIA consegue localizá-lo e começa a perseguição de proporções internacionais.

Bay pode ter diminuído a quantidade de Autobots e Decepticons, mas aumentou a duração para 165 minutos tornando o filme extremamente cansativo. O personagem principal não são mais os humanos e sim, Optimus Prime que após ser salvo por Cade deve decidir se continuará protegendo os humanos ou deixá-los a própria sorte. O que foi uma escolha sábia, pena que tardiamente. Outros Autobots são igualmente interessantes como o querido e conhecido Bumblebee e Hound, que é dublado por John Goodman.

Além do mais, ele usou e abusou de alguns recursos que acabaram deixando o filme ainda mais clichê como cenas repetidas de pôr-do-sol e inúmeras referências a bandeira americana para convencer o público do patriotismo inesgotável deles. Sem contar os costumeiros planos de câmera abertos, explosões, trilha sonora cativante, em suma, igual aos outros filmes.
As atuações também caíram na mesmice e Mark Wahlberg não consegue convencer, nem de longe, que é um inventor/engenheiro, pois ao empunhar uma arma encarna imediatamente o militar e passa a ter comportamento tático, cobertura de terreno, algo que deveria passar longe da natureza do personagem. Nicola Peltz e Jack Reynor em nada acrescentam a trama e servem apenas para embelezar o quadro. Já Stanley Tucci, mesmo com um papel medíocre, consegue fazer rir.

Contudo, nada é tão gritante aos olhos quanto as propagandas que saltam ao longo da película. Temos anunciantes como Gucci, Budweiser, Victoria’s Secret, Tom Ford, isso claro, sem mencionar as montadoras de carros que já patrocinam o filme como um todo. No final, fica parecendo que a franquia deixou há muito de ser sobre continuar contando uma história e se tornou apenas uma ferramenta para engordar o cofrinho da Michael Bay e companhia, assim como alavancar as vendas de brinquedos da Hasbro.
Portanto a ida ao cinema será apenas significativa para aqueles que amam a franquia, curtem um filme pipoca e/ou vão levar as crianças.

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