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Festival do Rio: “Histórias que só Existem quando Lembradas” tem maturidade de iniciante

Dando início a competição pelo cada vez mais cobiçado Redentor de Melhor filme nacional do Festival do Rio 2011, Histórias Que só Existem Quando Lembradas é o primeiro filme de Júlia Murat, que parece carregar em seu DNA o tino para coisa da mãe, a diretora Lúcia Murat.

Passado no Vale do Paraíba, em sua imensidão campestre e de forte ranços melancólicos, o filme é um verdadeiro tratado sobre o tempo e sua interjeição entre os extremos do jovem e do velho. Num povoado onde parece que só habitam idosos em suas conformidades de fim da vida, a chegada de uma forasteira jovem irradia as costumeiras correlações que ilustram o lugar.

Júlia transforma sua câmera em um espelho que vai revelando as vicissitudes que emanam do contraste entre gerações, perspectivas e visões de mundo. Mas é pela humanidade que tudo vai se tornando homogêneo, e no meio de tanto silêncio e aparente falta de movimento, uma singela e inesperada cena com enérgica trilha sonora de Franz Ferdinand, entendemos que a diretora sabe muito bem o caminho que quer seguir tanto em seu universo, como no cinema brasileiro em geral.

Um belo trabalho, respaldado pelo talento de Sonia Guedes (Madalena) e Luiz Serra (Antonio) que manipulam muito bem suas sensibilidades cênicas em prol de um resultado orgânico.

E a Premiere Brasil do Festival do Rio 2011 começa muitíssimo bem, justificando a sua aposta em novos talentos de nosso cinema, sem nenhum motivo paternalista… Apenas ciente de seu papel na plataforma cinematográfica do país.

[xrr rating=3.5/5]
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