A 45ª cerimônia do Oscar, em 27 de março de 1973, consagrou Marlon Brando como melhor ator por seu papel de Vito Corleone em “O Poderoso Chefão”, de Francis Ford Coppola. Porém, o ator surpreendeu a todos recusando a estatueta. Brando, que já havia ganhado o prêmio na mesma categoria em 1955 por “Sindicato dos Ladrões”, não compareceu à premiação e mandou em seu lugar a ativista indígena Sacheen Littlefeather para subir ao palco e fazer um discurso trajando roupas típicas ameríndias.
Essa foi a forma que o ator escolheu para demonstrar seu repúdio à forma como os nativos eram tratados nos EUA e como eram retratados em Hollywood, sobretudo nos westerns. Sabendo do que ia acontecer, a organização do Oscar proibiu que a índia falasse mais do que 45 segundos. Foi o que ela fez, se dirigindo ao backstage logo em seguida para apresentar o texto de Brando na íntegra à imprensa. Os outros indicados eram Peter O’Toole por “A Classe Dominante”, Paul Winfield por “Lágrimas de Esperança”, Laurence Olivier por “Trama Diabólica” e Michael Caine também por “Trama Diabólica”.
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