"Irmãs" usa o carisma de Tina Fey e Amanda Poehler como combustível – Ambrosia

“Irmãs” usa o carisma de Tina Fey e Amanda Poehler como combustível

Tina Fey e Amanda Poehler são dois dos maiores nomes da comédia atualmente. Comediantes femininas que eram raras, uma Ellen aqui, uma Whoopie acolá, de uns anos para cá ganharam bastante destaque protagonizando filmes feitos sob medida para elas, em um gênero que costumava ser um veículo masculino. O filme “Missão Madrinha de Casamento” já havia apontado na direção da nova comédia protagonizada por mulheres, e a versão feminina de Caça-Fantasmas vem para corroborar a tendência.

Os nomes de Fey e Poehler combinados seriam fortes o bastante como chamariz no letreiro, e daí surgiu “Irmãs” (Sisters, EUA/2015), estreia desse fim de semana. Na trama Maura Ellis (Amy Poehler) é avisada por seus pais (Dianne Wiest e James Brolin) que a casa da família em Orlando será vendida, e eles pedem para que ela vá arrumar as coisas do seu quarto de infância junto com sua irmã, Kate (Tina Fey), porque ela não aceitaria bem a notícia.

Maura é uma enfermeira recém-divorciada, está constantemente tentando ajudar as pessoas, e Kate é uma estilista desorganizada e irresponsável, que está vivendo na casa de seu amigo, enquanto sua filha adolescente, Haley (Madison Davenport), vive em outro lugar e se recusa a dizer a Kate onde. Maura convence a irmã a voar para Orlando, e chegando na casa onde cresceram, elas decidem fazer a última festa com os amigos dos tempos de escola.

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É a típica comédia de picardia, tão comum nos anos 1980 que na última década voltou a ganhar força, sobretudo com um elenco beirando ou girando em torno dos quarenta. O carisma das duas é incontestável, elas são amigas desde os tempos de “Saturday Night Live”, o que muito contribui para a química em cena, mas a falta de consistência no roteiro e nas motivações das personagens acabam empalidecendo as performances em vários momentos. Algumas piadas até funcionam, mas a maioria é manjada. Raríssimos são os momentos de gargalhada espontânea.

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A bela atuação de Dianne Wiest e James Brolin (o pai de Josh) são um dos pontos positivos do filme. No mais, o diretor Jason Moore (de “A Escolha Perfeita”), em sua segunda incursão no cinema capitaneando um longa, não tem muito o que fazer a não ser seguir a receita de bolo, apoiado no roteiro de Paula Pell. Autora de scripts de especiais do “Saturday Night Live”, episódios de “30 Rock” e das duas últimas cerimônias do Oscar, ela faz sua estreia como roteirista de longa para cinema.

Irmãs é uma comédia ligeira que pode divertir os pouco exigentes, mas mesmo esses dificilmente terão o filme na memória por muito tempo.

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