Jogo dos 7 (graves) erros do filme Bohemian Rhapsody

Bohemian Rhapsody, filme que conta a trajetória do Queen, estreou com sucesso – nos EUA foi a segunda maior abertura de uma cinebiografia, perdendo apenas para “Straight Outta Compton” – mas alguns deslizes incomodaram alguns. Críticos acharam a narrativa certinha e superficial demais e fãs da banda inglesa se irritaram com erros cronológicos e fatos que aconteceram de maneira diferente na vida real.
Separamos aqui sete erros que o filme cometeu, lembrando que o texto possui spoilers

Início

Jogo dos 7 (graves) erros do filme Bohemian Rhapsody – Ambrosia
O filme mostra que o Smile, banda de Brian May e Roger Taylor, logo após um show, acabara de perder seu vocalista Tim Staffell, que não acreditava no futuro da banda Freddie Mercury, que estava na plateia, se apresentou aos futuros companheiros oferecendo seus préstimos. Na verdade, Freddie já seguia a banda, e os integrantes sabiam de seu talento vocal, pois estava à espreita esperando por uma oportunidade como cantor. Com a saída do vocalista, nem precisaram queimar neurônios para escolher o substituto.

Primeiro encontro com Mary Austin

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“Bohemian Rhapsody” mostra Freddie Mercury conhecendo sua futura noiva, Mary Austin (a quem é dedicada a música ‘Love of My Life’), 30 segundos antes de entrar para o Queen. O fato é que Freddie já era vocalista da banda quando tomou conhecimento dela, que tinha sido namorada de Brian May.

Ray Foster

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Nunca existiu. O personagem interpretado por Mike Myers foi criado para o filme em substituição a Roy Featherstone, CEO da EMI na época, que se opôs ao lançamento da faixa do disco “A Day at the Races” como single por ser muito longa para as rádios, que só tocavam músicas de no máximo 3 minutos.
No longa, o roteiro aproveita para fazer uma referência ao filme “Quanto Mais Idiota Melhor”. Foster diz que a música não vai pegar por não ser do tipo que os garotos ouvem no carro batendo cabeça. Na comédia de 1992, Wayne (Myers) e Garth (Dana Carvey) ouvem ‘Bohemian Rhapsody’ no carro chacoalhando as cabeças. A cena se tornou icônica na época e o sucesso do filme ajudou a trazer a música de volta às paradas.

Separação da banda

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O Queen nunca se separou como mostra no filme. A carreira solo de Freddie Mercury, apontada como motivo, sequer foi a primeira na banda. Roger Taylor já tinha lançado disco antes de Mercury gravar “Mr. Bad Guy”, e até Brian May já tinha um trabalho solo. A apresentação do Live Aid não foi uma reconciliação, como foi colocado no roteiro. O Queen tinha acabado de terminar a turnê do álbum “The Works”.

We Will Rock You

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Essa foi de doer fundo o coração dos conhecedores da história da banda. A música, lançada no álbum “News of the World”, de 1977, aparece sendo composta no início dos anos 80, com Freddie Mercury já de bigodinho e tudo.

Rock In Rio

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E essa dói no fundo do coração do fã brasileiro. Além de a primeira vinda do Queen ao Brasil (que foi em 1981, em São Paulo) ter sido colocada no final dos anos 70, ainda foi confundida com o primeiro Rock In Rio, que aconteceu em 1985.
No show do Morumbi, Freddie Mercury já usava o visual com cabelo curto e bigode. Mas no filme, ainda adotava o look glam, com cabelo longo e rosto limpo. A produção passa de roldão por esses “detalhes” para dar mais dramaticidade à revelação de Freddie a Mary sobre sua sexualidade – ele mostra na TV o coro de centenas de milhares, em um país que não fala inglês, cantando ‘Love of My Life’, música que foi composta em homenagem a ela. Mas, para isso, cometeram uma tremenda gafe com um momento tão importante na carreira do Queen.

Descoberta da doença

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“Bohemian Rhapsody” mostra Freddie descobrindo ser portador do vírus da AIDS em 1985, pouco antes do Live Aid. Na vida real, o vocalista só foi diagnosticado com a doença em 1987, e contou aos companheiros dois anos depois. Imprensa e público souberam apenas dois dias antes de sua morte, em novembro 1991.

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