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Relembre a saga dos "X-Men" no cinema até agora

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Rivalizando com Os Vingadores pelo coração dos fãs na disputa pelo título de grupo de heróis mais popular da Marvel, os X-Men conquistaram muitos admiradores pelo mundo não só pelas histórias bem construídas nos quadrinhos por feras como Stan Lee, Chris Claremont, Len Wein (o “pai” do Wolverine) e até mesmo o diretor Joss Whedon, como também pelas bem sucedidas adaptações de suas aventuras no cinema. Mesmo que alguns admiradores de longa data dos mutantes reclamem aqui ou ali de algumas mudanças nas histórias ou nos personagens que inspiraram as produções, isso não impediu que cada filme anunciado cause uma grande expectativa entre os iniciados e os novatos neste universo. Até agora, já foram lançados seis filmes da série e o sétimo, “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, está sendo lançado no fim de maio de 2014. Portanto, nada melhor do que relembrar o que aconteceu de bom e de ruim para o Professor X, Wolverine, Magneto, Ciclope, Tempestade, Jean Grey e muitos outros na telona:

“X-Men: O filme” (“X-Men”, 2000)
Assim como a maioria das criações da Marvel, não foi fácil levar para o cinema os X-Men. O processo levou anos e envolveu diversos diretores e atores. No fim das contas, o escolhido pela Fox para comandar a adaptação foi Bryan Singer, que vinha de dois sucessos de crítica, “Os Suspeitos” (1995) e “O Aprendiz” (1998). O elenco foi composto por veteranos, como Patrick Stewart (Professor X) e Ian McKellen (Magneto), rostos pouco conhecidos, como James Marsden (Ciclope) e Famke Janssen (Jean Grey), além duas ganhadoras do Oscar, Anna Paquin (Vampira) e Halle Berry (Tempestade). Mas o verdadeiro destaque foi a escalação de Hugh Jackman para viver o mais conhecido e controverso mutante dos X-Men, Wolverine. Depois de ganhar o papel quando Dougray Scott (alguém aí ainda se lembra dele?) se machucou durante as filmagens de “Missão: Impossível 2”, Jackman ficou mais do que convincente na pele (e nas garras) de Logan.
A trama (escrita por David Hayter), apresenta um mundo que questiona e teme a presença dos mutantes, pessoas que nascem com diferentes poderes devido a uma anomalia genética, num futuro não muito distante. Enquanto Charles Xavier, que comanda uma escola para alunos que apresentam algum tipo de mutação, defende uma coexistência entre humanos e mutantes, seu velho amigo Eric Lensherr, também conhecido como Magneto, lidera a Irmandade de Mutantes, que visa justamente o oposto. As coisas mudam para os dois lados com a chegada de Vampira, que descobriu seus poderes após ter sugado a energia de um namorado com um simples beijo, e de Wolverine, que além de ter garras retráteis nas mãos e um esqueleto de Adamantium (metal indestrutível criado nos quadrinhos), possuía um fator de cura, que o deixava praticamente invencível.
Apesar de algumas liberdades com que era mostrado nas HQs, “X-Men: O Filme” foi um grande sucesso daquele ano, graças a boa direção de Singer, especialmente nas cenas de ação, em destaque as lutas entre Wolverine e Dentes de Sabre (Tyler Mane) no topo da Estátua da Liberdade e o momento em que os X-Men se unem para deter Magneto no clímax do filme. Mesmo com algumas falhas aqui e ali, o resultado final ficou acima da média e fez todo mundo esperar por mais aventuras dos heróis mutantes na telona.

 

“X-Men 2” (“X2”, 2003)
Poucas franquias do cinema podem se orgulhar de ter uma continuação que seja superior ao primeiro filme e a de “X-Men” é uma delas. Tudo foi ampliado e melhorado para “X-Men 2”, que mostrou que Bryan Singer, assim como os mutantes, evoluiu como diretor num curto espaço de tempo. Desta vez, a história foi inspirada na Graphic Novel de Chris Claremont, “Deus Ama, o Homem Mata” (também conhecida no Brasil como “O Conflito de uma Raça”, quando foi lançada pela primeira vez por aqui pela Editora Abril) e começa já em alta voltagem com um misterioso ataque à Casa Branca executado pelo misterioso Noturno (Alan Cumming), numa das melhores sequências de abertura de filmes dos últimos anos. O atentado é investigado pelo Professor Xavier e Ciclope, que acabam presos numa armadilha feita por William Stryker (Brian Cox), que tem um plano para acabar com todos os mutantes do mundo. Ele convence o presidente dos EUA a realizar uma operação militar na escola de Xavier, o que acaba com a prisão de vários alunos. Mas Wolverine, Vampira, Homem de Gelo (Shawn Ashmore) e Pyro (Aaron Stanford) conseguem fugir e, após reencontrarem Jean e Tempestade, que foram investigar os motivos que levaram Noturno a ser dominado por Stryker, acabam forjando uma inusitada aliança com Magneto e Mística (Rebecca Romijn) para salvar seus líderes e impedir que Stryker cometa um verdadeiro massacre.
Com um ótimo roteiro, que usa a mutação para discutir o preconceito e o medo da sociedade a respeito sobre o que é diferente e fora do tradicional, aliado a espetaculares cenas de ação, “X-Men 2” foi o filme que todos os fãs (e também os não-fãs) esperavam. O elenco estava bem mais confortável e mais uma vez Jackman (ao lado de Ian McKellen) foi o grande destaque, tornando seu Wolverine o mais respeitado e querido pelo público. Além disso, a produção conta com emocionante final, que está ligado a uma outra famosa saga do grupo nos quadrinhos e que deixou muita gente com água na boca no cinema, com vontade de pedir mais uma sequência.

 

“X-Men: O Confronto Final” (“X-Men: The Last Stand”, 2006)
A primeira grande surpresa desta terceira parte aconteceu atrás das câmeras. Quando todos pensavam que Bryan Singer voltaria à cadeira de diretor, ele deu um tchau para a Fox e foi para a Warner dirigir o ambicioso “Superman – O Retorno”. Mas a sua cadeira não ficou muito tempo desocupada e Brett Ratner, famoso pela série de filmes “A Hora do Rush” (e que, curiosamente, quase dirigiu uma produção sobre o Homem de Aço), tomou o seu lugar. Desta vez, a história gira em torno da descoberta de uma vacina que pode “curar” mutantes e torná-los pessoas comuns. A novidade mexe com a comunidade e há divergências até dentro dos X-Men. Magneto resolve, então, montar um exército de descontentes para acabar com o laboratório que produz a droga, pois acredita que ela pode ser usada como uma arma. Para piorar, Jean Grey, que aparentemente tinha morrido na aventura anterior, volta ainda mais poderosa e imprevisível como a Fênix, capaz de se voltar até contra seus amigos e pode colocar todos em risco.
O roteiro, de Simon Kinberg e Zak Penn, mistura duas sagas: a da “Fênix Negra”, escrita por Chris Claremont, e “Superdotados”, de “Joss Whedon, com resultados que dividiram opiniões do público e da crítica. Apesar da ousadia de matar até mesmo personagens essenciais durante a trama, o texto peca por colocar um enorme número de mutantes que, praticamente, não têm muito do que fazer, como, por exemplo, o Anjo (Ben Foster), que nos quadrinhos fazia parte da equipe original. Pelo menos outro integrante, o Fera (Kelsey Grammer) aparece com um papel bem mais relevante. Houve quem também reclamasse do perfil um pouco mais de mocinho romântico dado a Wolverine e seu destaque maior, em detrimento aos outros heróis, e algumas subtramas mal resolvidas. Mas as cenas de ação mais uma vez chamam a atenção e ajudaram “X-Men: O Confronto Final” a se tornar a maior bilheteria da franquia até agora. Mas dessa vez, a satisfação não foi completa, mesmo com um interessante final surpresa que acontece depois do fim dos créditos.

 

“X-Men Origens: Wolverine” (“X-Men Origins: Wolverine”, 2009)
Com a popularidade de Hugh Jackman atravessando a estratosfera do céu de estrelas de Hollywood, a Fox resolveu produzir, ao invés de uma quarta parte de “X-Men“, um filme que contasse de onde surgiu o mutante mais invocado do grupo. Inspirado nos quadrinhos “Wolverine” (1982), “Arma X” (1991) e “Origem” (2001), o roteiro de David Benioff e Skip Woods mostra quando, ainda criança, Logan (que antes se chamava James) descobre seus poderes após uma tragédia familiar. Ele foge com o meio-irmão Victor Creed (Liev Schreiber), também mutante, e passa a lutar em diversas batalhas durante anos. Os dois acabam fazendo parte de uma força especial, comandada por William Stryker (agora vivido por Danny Houston) e composta somente por agentes com dons especiais, até que, um dia, Logan decide ir embora. Algum tempo depois, ele é avisado por seu ex-chefe que seus ex-companheiros estão sendo mortos por Victor (que nos quadrinhos, se tornou o Dentes de Sabre) e que ele pode ser o próximo. Uma trágica reviravolta faz com que Logan queira se vingar do meio-irmão e aceite participar de um projeto onde será colocado Adamantium em seu esqueleto, algo que só pode ser feito por causa de seu fator de cura. A partir daí, surge o Wolverine. Só que ele descobre que as coisas não são bem o que parecem.
O grave problema deste filme é que ele acaba se tornando pouco relevante em relação aos anteriores, que pelo menos tinham algumas questões mais interessantes. Além disso, a dinâmica repetitiva que leva Logan de um lugar ao outro, só para enfrentar adversários que mais parecem “chefes de fase” de vídeo games, como Blob (Kevin Durland) e John Wraith (o cantor Will.i.am) é cansativa. Isso sem falar na péssima direção de Gavin Hood, obtendo um resultado inferior até do que Ratner fez em “X-Men: O Confronto Final” e na total descaracterização de alguns personagens que ganharam legiões de fãs, como Gambit (Taylor Kitsch) e Deadpool (Ryan Reynolds). O filme, apesar disso, foi um grande sucesso de bilheteria, mas acabou sendo massacrado pelos fãs do herói e da franquia. Até a produtora Lauren Shuler Donner, responsável por todos os filmes da série, hoje admite que ele foi um erro. Mas Liev Schreiber conseguiu ser um dos únicos destaques positivos como o vilão Victor Creed.

 

“X-Men: Primeira Classe” (“X-Men: First Class”, 2011)
Mesmo com resultado insatisfatório obtido com “X-Men Origens: Wolverine”, a Fox não desistiu de investir no universo mutante, que desta vez sofreu uma espécie de reboot. Desta vez, a história se centra no início da amizade entre os jovens Charles Xavier (James McAvoy) e Eric Lensherr (Michael Fassbender) e como os dois se uniram em criar o computador Cérebro para o governo. Eles também ajudam um grupo de jovens mutantes a desenvolver seus poderes, como Mística (Jennifer Lawrence), Fera (Nicholas Hoult) e Destrutor (Lucas Till) numa escola que começam a montar, quando são chamados para impedir os planos de Sebastian Shaw (Kevin Bacon), Emma Frost (January Jones) e seus integrantes do Clube do Inferno, que desejam causar um grande conflito entre americanos e russos, para saírem como os dominadores do mundo no final. A questão acaba marcando a vida de Charles, que deseja uma convivência pacífica entre humanos e mutantes, enquanto Erik começa a se sentir contrário a essa ideia, ao mesmo tempo que quer acertar as contas com Shaw, responsável pela morte de sua mãe durante a Segunda Guerra Mundial.
Com uma qualidade inesperada tanto da direção de Matthew Vaughn (que quase dirigiu “X-Men: O Confronto Final”), além do roteiro, que contou com a ajuda de Bryan Singer (de volta após os fracassos de “Superman – O Retorno” e “Operação Valquíria”), para criar uma trama divertida, que brinca com fatos históricos, como a Guerra Fria o conflito na Baía dos Porcos, em Cuba, que quase provocou a Terceira Guerra Mundial. Todo o elenco está bem, com destaque para McAvoy, Fassbender, Bacon e Lawrence, apesar de ter tornado a sua Mística um tanto simpática demais para uma personagem conhecida por sua maldade. Parecia que, desta vez, os X-Men estavam colocando o trem de volta aos trilhos.


“Wolverine: Imortal” (“The Wolverine”, 2013)
Na tentativa de (mais uma vez) se redimir dos pecados cometidos em “X-Men Origens: Wolverine”, a Fox deu o sinal verde para que fosse realizado mais um filme solo de Logan. Desta vez, o mutante aparece isolado do mundo e amargurado pela morte de Jean Grey. Tanto que seu antigo amor aparece em estranhas visões, como se fosse sua consciência. Até que, um dia, é contactado por Yukio (Rila Fukushima), que o chama para ir ao Japão e se despedir de Yashida (Hal Yamanouchi), um homem que ele salvou durante a Segunda Guerra Mundial. Chegando lá, Logan acaba se envolvendo numa trama com ninjas, a Yakuza e descobre alguns segredos que mostram que a situação é mais complicada do que parece. Para piorar, Wolverine é envenenado por Viper (Svetlana Khodchenkova) e perde parte dos seus poderes de cura, o que o deixa mais vulnerável a balas e espadas.
O roteiro de Mark Bomback e Scott Frank se baseou na minissérie “Eu, Wolverine”, escrita por Chris Claremont e desenhada por Frank Miller (“Batman: O Cavaleiro das Trevas”), nos anos 80. O texto tomou algumas liberdades aos quadrinhos, mas mesmo assim acabou tornando o filme divertido e conta com a sempre boa interpretação de Jackman. A direção do polivalente James Mangold perde um pouco o controle no final, porém não chega a comprometer, como fez Hood em “Origens“, e prepara o terreno para o próximo filme da série, “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, dirigido por Bryan Singer.

 
Mas ainda não acabou!!! Além de “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, devem estrear em 2016 “X-Men: Apocalypse”, também dirigido por Singer, e “X-Force”, que pode ir para as mãos de Jeff Wadlow (“Kick-Ass 2”), além de um possível terceiro filme estrelado por Wolverine. Portanto, tenha certeza de uma coisa: os X-Men ainda vão durar no cinema por muito tempo!

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