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Thaís Martins conta como a educação transformou sua vida após ser abrigada em orfanato

Educada em orfanato na Asa Norte em Brasília (DF), a autora foi a primeira dos internos a passar em um vestibular.  

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“Sou grata às minhas origens, mas sabia que poderia fazer mais. Não só por mim, mas para servir de exemplo para tantas outras pessoas que também queriam sair daquela realidade.” 
(Trecho do livro, pág. 13)

A história de Thaís Martins é um exemplo de superação. Nascida em Brasília, cresceu até os 7 anos no povoado de Riachinho (até então pertencente ao município de São Romão, no Norte de Minas Gerais). Nessa idade, ao perder sua avó com quem morava,  teve de voltar para a capital federal e foi abrigada na Casa de Ismael – Lar da Criança, orfanato localizado na Asa Norte, em Brasília

Essa experiência é contada em “Do Orfanato ao Ministério: Como rompi com o ciclo da pobreza e alcancei a carreira pública em 7 passos simples” (88 págs)primeiro livro da escritora, no qual ela reflete sobre perdas, superação e a educação como força transformadora em sua vida. Recém-lançada, a obra alcançou o título de best-seller na Amazon, ficando em primeiro lugar de vendas nas categorias “Casos Verdadeiros”, “Novidades em Casos Verdadeiros” e “Novidades em Autoajuda” durante três dias. Todo o valor arrecadado com a venda do livro eletrônico será doado à Casa de Ismael. 

Jornalista formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), Thaís é analista de comunicação do Ministério Público Federal desde 2015. Atualmente, reside em Águas Claras, no Distrito Federal, e oferece mentorias para mulheres que enfrentam dificuldades ou buscam se aperfeiçoar em redações de concursos públicos. Em sua autobiografia, conta o que aprendeu ao longo dessa jornada em uma conversa sincera, em que fala de sonhos e sacrifícios, guiando e motivando o leitor. “Meu objetivo é inspirar leitores a acreditar em si e a verem suas próprias jornadas como valiosas e repletas de potencial.”

O ciclo de pobreza descrito no subtítulo deste trabalho foi quebrado pelo que a autora chama de “a potência infinita da educação”. Após ter percorrido essa estrada, convida os leitores a caminharem nessa mesma direção. Oferecendo uma perspectiva de esperança, reforça a importância da persistência e do conhecimento para todas as vidas. Foi assim que Thaís começou a questionar o sentido de sua vida e é isso que deseja partilhar, dividindo questionamentos e métodos que a impulsionaram rumo aos sucessos que alcançou. “Do Orfanato ao Ministério” apresenta ainda um emocionante prefácio escrito por Valdemar Martins, presidente da Casa de Ismael, com quem a autora conviveu enquanto interna na instituição.

A ideia de contar sua história veio de sua primeira formação em coaching, em 2017. Através do incentivo de colegas durante a imersão de uma semana, Thaís foi tocada por questionamentos sobre abandono. Ela, que tinha na escrita uma forma de expressar suas ideias e emoções, faltava com coragem para escrever sobre sua vida pregressa, até então desconhecida até pelos colegas de trabalho. Reconhecendo-se na posição de quem conhece a frustração, se viu de cara com as próprias verdades e valores, que abraçou para transformação que a permitiu compartilhar suas experiências, dores e dúvidas. “A escrita do livro me permitiu revisitar minha trajetória com um olhar mais profundo, intensificando minha gratidão por todas as conquistas e desafios que moldaram quem sou hoje”, aponta. Entre suas referências para a escrita estão Augusto Cury, Napoleon Hill e David Goggins. “A maneira como Nelson Mandela narrou sua trajetória no livro Long Walk to Freedom foi outra grande inspiração, mostrando que as histórias de vida têm o poder de transformar outras vidas.”

Abrir novas portas com a redação 

Atualmente, a jornalista e escritora best-seller se encontra imersa na escrita de um segundo livro, técnico e diferente deste, mas que também discorre sobre sua vida pessoal e profissional. A intenção de Thaís é falar da redação como ponto determinante para o sucesso em concursos públicos.

Segundo ela, apesar de ser um projeto previamente técnico, também explora questões de autoconhecimento com a experiência de quem já foi aprovada em cinco concursos, marcando 98 pontos na redação de um deles: “Quero desmistificar o processo de redação e mostrar que, com a preparação adequada, escrever uma boa redação não é tão intimidante quanto pode parecer. Meu objetivo é desatar os nós da mente e ajudar os leitores a reconhecer e superar suas próprias barreiras, transformando a redação em uma ferramenta poderosa para alcançar o sucesso”.

Leia um trecho de “Do Orfanato ao Ministério” (pág. 31):

“Traumatizada por tamanha instabilidade, mirei em um novo ideal: a estabilidade do serviço público. Por ter passado por muitas incertezas em minha infância, queria que meu ofício fosse uma fonte de concretude e segurança. Por isso, optei por um caminho tão desafiador. (…)Eu estava pronta para romper com meu ciclo de pobreza e dar saltos mais altos rumo à prosperidade.” 

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