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Veriana Ribeiro apresenta obra na Flip 2024 que explora amor

Autora apresenta “Coletânea dos amores partidos” em Paraty; obra reflete sobre temas como o amor romântico, relacionamentos abusivos, bissexualidade, feminismo e o amor-próprio

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A escritora e jornalista acreana Veriana Ribeiro estará na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) 2024 com a sua mais recente obra, “Coletânea dos Amores Partidos”. A autora fará uma sessão de autógrafos no dia 11 de outubro, às 16h, no estande da com.tato, localizado na Casa Escreva, Garota (Travessa Gravatá 56c/d). Os visitantes da Flip poderão adquirir exemplares do livro diretamente no local e conhecer mais sobre a produção literária da autora.

Dividida em três volumes intitulados Fins, Começos e Meios, “Coletânea dos Amores Partidos” reúne uma seleção de poemas escritos ao longo de uma década, que explora os diversos estágios de um relacionamento amoroso de forma não-linear: desde o encantamento inicial até o desfecho e a redescoberta de si mesma. A coletânea é uma representação da trajetória pessoal e literária da autora, refletindo temas como o amor romântico, relacionamentos abusivos, bissexualidade, feminismo e o amor-próprio.

Segundo Veriana, os temas surgiram de maneira natural e orgânica, espelhando sua própria experiência de vida. “Ao olhar minha produção literária, percebi que a questão dos relacionamentos estava muito presente. Escrevia para entender meus sentimentos, e essa escrita acabou refletindo as questões de gênero e sexualidade que vivi ao longo dos anos”, explica a autora.

O processo criativo

Para Veriana, a construção do livro foi um processo de auto descoberta e amadurecimento. Após anos de escrita esporádica e de participação em projetos literários independentes, ela começou a reunir seus textos mais antigos e a revisar seus poemas com um olhar literário mais apurado. Foi com a participação no Clube de Escrita para Mulheres, coordenado pelas autoras Jarid Arraes e Anna Clara de Vitto, que Veriana começou a ver sua produção como uma obra literária coesa.

A obra foi finalizada com o apoio da Lei Aldir Blanc em 2020, através do edital de Arte e Patrimônio da Fundação Elias Mansour. “A Lei Aldir Blanc possibilitou que eu finalmente concretizasse o projeto que já tinha em mente há anos. Foi um momento importante, onde pude reunir meus poemas, incluir novas produções e contar com o apoio da minha família na construção do livro”, relata Veriana.

O projeto é, de fato, uma criação em família: o pai de Veriana, o jornalista e escritor Antonio Alves, atuou como editor do livro, enquanto as ilustrações e a diagramação foram realizadas pela artista plástica Marina Bylaardt, esposa de Antonio. As ilustrações complementam a escrita com traços intimistas em preto e branco, remetendo a anotações de caderno, uma escolha estética que traduz o caráter pessoal da obra.

As influências literárias e a importância da escrita

Entre as principais influências de Veriana estão poetas como Manoel de Barros, que a introduziu no universo da poesia e a inspirou a desenvolver seu estilo, e Florbela Espanca, cujos versos densos e emocionais sempre dialogaram com a sensibilidade de sua própria escrita. Além disso, Veriana destaca que sua escrita poética, por vezes comparada à de autoras como Rupi Kaur, também se conecta com as experiências de escritoras contemporâneas brasileiras que conheceu através do Clube de Escrita para Mulheres.

Apesar de escrever desde criança, Veriana confessa que demorou a se reconhecer como escritora. “O momento de autoconhecimento foi essencial para que eu pudesse olhar para os meus textos e entender que ali havia uma produção literária”, comenta. A “Coletânea dos Amores Partidos” simboliza essa fase de reconhecimento e amadurecimento, sendo o primeiro trabalho onde Veriana consolidou sua trajetória de forma consciente e organizada.

Confira um trecho do poema “Desbotando Você”:

eu fui desbotando você
tirando da minha pele 
todas as marcas que você deixou 
com seus gritos, choros e sorrisos 
lamentos no meu ouvido 
pedidos de perdão 

eu fui desbotando você 
e sua culpa 
que era sempre minha 
e sua dor 
que era minha heresia 

eu fui desbotando você 
tirando você 
apagando você 

mas você, 
ah você… 
é pior que tatuagem 

com.tato – curadoria de comunicação

Jornalistas responsáveis: Karoline Lopes e Marcela Güther
Contato para atendimento: (11) 99900-1682 (Laura Redfern Navarro)

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