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Chorume! Literatura independente (e irresponsável?)

A quarta edição da revista Chorume Brasil, ou simplesmente Chorume! – já que nem seus membros sabem ao certo como se chama oficialmente a publicação digital – começou com uma entrevista do grande ganhador da 60ª edição do Prêmio Jabuti, Maílson Furtado, e depois estampou um surpreendente falatório do presidente eleito Jair Bolsonaro sobre cultura. Assinada por Amoseu Pinto, icônico jornalista moçambicano radicado no Rio de Janeiro, o veículo alternativo foi o primeiro a arrancar impressões do novo governo sobre seus planos para a cultura nacional.
Embora independente, de modesta a revista não tem nada. Já se meteu a entrevistar grandes nomes da música, da literatura e do esporte brasileiro, isso tudo em menos de seis meses e em cinco edições – quatro convencionais e um especial sobre o futebol.
A Chorume, além do africano Amoseu, conta com um correspondente internacional, o jornalista Astier Basílio, radicado na Rússia, e que assina a coluna Casa da Carélia, sobre suas impressões enquanto quase exilado por opção. Com um time fixo formado ainda por Bruno Sanctus, André Diaz (a última aquisição), Marcelo Adifa, Luciano Portela, Samuel Mallentacchi e Giordano Andriola, a revista começou por acaso. Os membros haviam sido reunidos em um grupo de whatsapp por um outro escritor do norte do país, famoso por aplicar golpes no meio literário e que queria dinheiro. Quando os golpes foram descobertos, o tal escritor foi excluído do grupo e os remanescentes resolveram fazer uma revista digital, publicando tudo o que o mercado não seria capaz de digerir, “desde uma entrevista com o Bolsonaro sobre cultura, algo que a esquerda radical não admitiria em um periódico tradicional, até contos extremos, com uma literatura suja e rebuscada”, segundo Sanctus.
Com conteúdo sarcástico e irônico, a Chorume! se considera uma herdeira da extinta Planeta Diário, editada por Hubert, Reinaldo e Cláudio Paiva nos anos oitenta e início da década de noventa.
“A Chorume! se tornou uma opção de publicação e destaque da boa literatura brasileira, daquela que não está contaminada por esse negócio limpinho e politicamente correto, seja da esquerda ou da direita”, destaca Sanctus. “Publicamos o que é bom, fazemos divulgação do que é bom, não só da literatura, mas das artes gráficas, já que temos espaço aberto para ilustradores e fotógrafos”, destacou o paulista, apontado como um dos mais promissores poetas e contistas da sua geração.
Para 2019 a revista planeja ampliar a sua capacidade de publicação de novos autores e deve lançar o prêmio Chorume! de literatura com o melhor e o pior do que foi publicado no Brasil em 2018.
Ainda sem site ou versão impressa, as edições da Chorume! podem ser baixadas a partir da página da revista no facebook.
A próxima edição da revista trará um especial sobre o escritor Marcelo Mirisola. Sobre ele, Bruno é enfático: “Mirisola é um dos nossos melhores escritores, um cara que não desiste, apanha e não desiste, está sempre lá e merece ser abordado”. 

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