Atsuki Ohkubo traz em Fire Force, um shonen divertido com um tema insólito: a combustão humana espontânea

Atsushi Ohkubo, criador do popular mangá e anime Soul Eater, está de volta com uma nova série, Fire Force. Publicado pela Panini, em seu selo Planet Manga, o primeiro volume chega com a prerrogativa de manter o que Ohkubo já fez com sua série famosa.

Fire Force Vol. 1 introduz um fenômeno mortal que assola a cidade de Tóquio: a combustão humana espontânea! Mas as pessoas explodindo em chamas do nada é apenas o começo do problema; as vítimas são “possuídos” pelo poder do fogo e se transformam em monstros demoníacos com chamas que causam destruição em massa e morte. Para lidar com esse problema, os corpos de bombeiros têm suas próprias forças especiais treinadas para lidar com esses problemas; Como Shinra, um jovem com um passado conturbado que se junta às forças especiais, como pirocinéticos e se prepara para ajudar de qualquer maneira que puder.
Fire Force me surpreendeu bastante, após uma primeira leitura, foi um dos mangás mais rápidos que li neste ano. A série não perde tempo em introduzir o protagonista, seu passado, seu rival, o elenco de apoio, os vilões e a narrativa, Ohkhubo com seis capítulos apresenta tudo isso em um ritmo que impressiona.
A série é bem interessante, mesmo com uma história familiar de muitas outras séries de estilo shonen, com Shinra tentando descobrir o que aconteceu em seu passado e ter que lidar com ser um pária, seu desenvolvimento e ritmo constante para evitar que as coisas fiquem chatas.
Obviamente, uma vez que é apenas o primeiro volume, não há profundidade excessiva para nenhum personagem, mas para caráter introdutório, os personagens são agradáveis e divertidos. O protagonista, Shinra Kusakabe, obviamente, obtém o maior desenvolvimento, mesmo com o clichê possui uma forte história de fundo. Seu maior traço de personagem é que involuntariamente sorri em situações tensas ou desajeitadas. Uma peculiaridade que aumentou seus problemas ao longo dos anos, pela maneira que as pessoas o vêem. O monomito de Shinra é bem utilizado e se liga a à sua tragédia passada, como foi com Harry Potter, em geral, não é um protagonista ruim.

Já o elenco de apoio definitivamente precisa de mais desenvolvimento, embora seja o primeiro volume. O diálogo é bem divertido e apesar de ser uma narrativa com tom sério e meio que engraçado, os tons nunca colidem.
O elemento mais fraco foi o uso de fanservice; a expressão, para quem não conhece, consiste na introdução de situações de forte conotação sexual ou erótica, com o simples objetivo de entreter o público. Não sou contra o seu uso, mas se for bem feito, como se fosse uma brincadeira. No entanto, o fanservice é colocado de uma maneira que é sentida fora do lugar, meio que desajeitado e bastante grosseiro.

A arte, em geral, segue o trabalho desenvolvido em Soul Eater, como as lutas entre as criaturas e os heróis, enquanto alguns dos personagens têm elementos familiares em sua aparência geral. No entanto, o estilo se encaixa no mangá e aqueles que gostaram da  aparência do Soul Eater vão gostar.
Os personagens e seus uniformes são todos bem desenhados são bem desenvolvidos. Os layouts de cada página são bem montados, com cenas e momentos que fluem bem de um painel para outro. As cenas de ação possuem energia e sinergia, enfatizando o poder de alguns personagens. Os desenhos das habilidades especiais das criaturas e dos personagens tem uma estrutura bem curiosa, que mostra uma boa composição.
Fire Force Vol. 1 é um ótimo começo para uma nova série de ação com uma premissa interessante, um protagonista forte, uma história em ritmo acelerado e roteiro/arte sólidas. Não é a série mais original que já li, mas o entretenimento com o primeiro volume (possivelmente tão quanto quando conheci séries como NarutoBlue Exorcist e One Piece). Se você gosta de Soul Eater ou qualquer uma das séries mencionadas, definitivamente dê uma chance a este título. Fire Force é uma das séries que me divertiu e merece ser conhecida.

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